sábado, maio 22, 2021

Efeito Heisenberg na CPI: atirou no que viu, acertou no que não viu... e nem percebeu

Ao querer terceirizar as funções investigativas da CPI da Pandemia (ou do Genocídio?) para agências de checagem, o relator Renan Calheiros revelou a natureza midiocêntrica da Comissão: um grande efeito Heisenberg no qual prints de portais de notícias entram como “provas” e as “perguntas” dos senadores são na verdade longos discursos para gerar vídeos virais nas suas redes sociais. Não há nenhuma estratégia para cercar os depoentes com perguntas indiretas para induzi-los a contradições. Por isso, a CPI passou batida por duas verdadeiras confissões de culpa do ex-ministro Pazuello: justamente nos momentos em que ele ficou mais relaxado e desandou a falar, assumindo a persona de herói militar – orgulhoso, expôs a sua “missão cumprida” dentro da...

quinta-feira, maio 20, 2021

Freud e Jung encontram-se com o Gnosticismo em 'Super Me'

A produção Netflix chinesa “Super Me” (“Qi Huan Zhi Lv”, 2019) é um didático exemplo da complexidade atual dos produtos de entretenimento, muito além dos algoritmos da plataforma de streaming. O filme acompanha um roteirista insone, sem sorte e quase um sem-teto. Até que descobre, nos sonhos, uma forma de trazer tesouros para o mundo real, tornando-se super rico. Porém, hedonismo e ressentimento poderão destruí-lo. Uma fantasia que combina realismo fantástico, romance e comédia com uma narrativa bem adaptada às exigências ideológicas do  atual capitalismo chinês moderno e global. Porém, para não se tornar mais uma narrativa-clichê vazia, faz um mix de Jung e Freud dentro de uma cosmogonia PsicoGnóstica: somos prisioneiros nesse mundo...

terça-feira, maio 18, 2021

Objetofilia: a atração amorosa por objetos como espírito do tempo em "Jumbo"

Uma francesa casou-se com a Torre Eiffel. Mais tarde, divorciou-se do famoso monumento e, atualmente, vive um relacionamento com um guindaste. Uma norte-americana casou-se com uma roda gigante na Flórida, depois de um longo namoro de décadas. Esse é a estranha subcultura do “objectum” ou “objetofilia”: pessoas atraídas amorosamente por objetos. O filme francês “Jumbo” (2020) se inspira nesse universo ao acompanhar uma jovem que se apaixona pela nova atração de um parque temático de um vilarejo: uma enorme roda giratória multicolorida em neon com cadeiras cheias de turistas aos gritos. Um filme estranho que mergulha no psiquismo do desejo e do erotismo com placas de metais e óleo viscoso. Como todo filme estranho, é um sintoma do atual zeitgeist:...

segunda-feira, maio 17, 2021

Live Cinegnose 360 #3: aconteceu, apesar do Facebook

Apesar de um imprevisto no momento da transmissão no Facebook, aconteceu a “Live Cinegnose 360 #3”. Simplesmente a live programada na fanpage do Cinegnose não iniciava, obrigando esse humilde blogueiro a iniciá-la no perfil pessoal do Facebook. Mas não tem problema: para aqueles que perderam, a gravação está no Youtube (canal Wilson Ferreira), com minutagem na descrição. Ou assista aqui no blog.Na pauta os seguintes temas: os filmes “Titãs” (uma terrível produção Netflix, mas que revela sintomas do atual espírito do tempo) e o cultuado “Bagdad Café” (1987), do diretor alemão Pery Adlon, filme que se tornou urgente três décadas depois; CPI da Pandemia (ou do Genocídio?) como show midiático dentro da estratégia de guerra semiótica criptografada;...

sábado, maio 15, 2021

É a CPI da Pandemia ou do Genocídio? Pouco importa, o show psy op tem que continuar

Desde o primeiro dia, todo dia, incansavelmente, o governo Bolsonaro opera a psy op da guerra criptografada: gerenciamento de informações caóticas, dissonantes, repletas de pseudo-eventos, não-acontecimentos, balões de ensaio, que depois são desmentidos, confirmados... ou não! Para a grande mídia transformar em narrativas episódicas, com ação, drama, indignação, num jogo de morde-assopra. Com a CPI da Pandemia (ou do Genocídio?) o show continua com um novo pseudo-evento: timing, sincronismos, conflitos de interesse e logística para a cobertura midiática tautista na qual repórteres viram protagonistas da própria notícia em matérias metalinguísticas (primeira evidência de um pseudo-evento). Para quê tudo isso? Seguindo a cartilha de Milton Friedman...

sexta-feira, maio 14, 2021

Nesse domingo, Live Cinegnose 360: Filmes, receita de guerra híbrida e semiótica da macumba: bombas semióticas e magia

Neste domingo, 16/05/2021, às 18h00, acontece a terceira edição da “Live Cinegnose 360” que o leitor acompanha tanto no Facebook quanto aqui no blog. Esse humilde blogueiro traz para a pauta os seguintes temas: os filmes “Titãs” (uma terrível produção Netflix, mas que revela sintomas do atual espírito do tempo) e o cultuado “Bagdad Café” (1987), do diretor alemão Pery Adlon, filme que se tornou urgente três décadas depois; CPI da Pandemia (ou do Genocídio?) como show midiático dentro da estratégia de guerra semiótica criptografada; Receita para fazer uma Guerra Híbrida explicada para iniciantes; e, dando continuidade à discussão sobre Parapolítica da Live anterior, Semiótica da Macumba: bombas semióticas e Magia. Como sempre falamos, livre-se...

quinta-feira, maio 13, 2021

Mais de três décadas depois, 'Bagdad Café' revela um eterno-retorno sem solução

Assistir ao filme “Bagdad Café” (“Out of Rosenhein”, 1987), do diretor alemão Percy Adlon, nos remete a uma estranha sensação de nostalgia melancólica. É uma comédia dramática sobre encontros multiculturais e raciais num café e motel empoeirados e perdidos no meio do Deserto de Mojave. Um filme otimista sem ser agridoce sobre a possibilidade de que as diferenças culturais e raciais, num conjunto de personagens excêntricos e marginalizados pela sociedade, podem encontrar a redenção. Um microcosmo do mal-estar da subjetividade contemporânea sintetizada por personagens que representam todos nós: detetives, viajantes e estrangeiros, embalados pela música “Calling You”. Mais de três décadas depois, vemos que aqueles mesmos temas intensamente discutidos...

terça-feira, maio 11, 2021

Filme 'Titã': a patafísica tecnológica como sintoma do nosso tempo

“Titã” (“The Titan”, 2018) é um dos piores filmes que este humilde blogueiro já assistiu, com sérios problemas com o princípio básico de qualquer roteiro: verossimilhança e suspensão da incredulidade. E com um ator protagonista tão inexpressivo que os diretores insistem em transformá-lo em híbrido ou alienígena. Um filme destinado a ficar aninhado naquela lista do Netflix “Por que você assistiu...”. E por que este Cinegnose se interessou pela produção? “Titã” revela um sintoma do espírito do nosso tempo: o momento em que a tecnologia se torna tão hipertrofiada e invasiva que acaba inviabilizando as próprias finalidades para as quais surgiu para cumprir, cruzando um “vanish point”. É a patafísica dos sistemas, quando a tecnologia se torna non...

sábado, maio 08, 2021

Domingo, Live Cinegnose 360 #2: filmes, canastrice e ocultismo na política e bombas semióticas

Nesse domingo (09/05) acontece a segunda edição da “Live Cinegnose 360” que você acompanha no Facebook e aqui no blog. Esse humilde blogueiro trará a seguinte pauta: a série “Them”; o filme “Black Box”; a bomba semiótica da falsa capa do jornal The New York Times e a questão dos memes e guerra semiótica nas redes pelo ponto de vista da neurofisiologia; a canastrice na política: por que queremos acreditar em qualquer coisa?; e o conceito de Parapolítica: quando o ocultismo e o esoterismo se tornam ferramentas da política. Além dos últimos lances do xadrez da guerra híbrida brasileira. Fuja do tédio do final de domingo, com informação e conhecimento, na Live Cinegnose 360!Live Cinegnose 360 no Fecebook: https://www.facebook.com/cinegnose/live/Pauta...

quinta-feira, maio 06, 2021

Bombas semióticas e neurofisiologia: falso The New York Times, Globo e Paulo Gustavo

As eleições de 2022 aproximam-se e as primeiras bombas semióticas começam a ser ensaiadas: a ressurreição na TV Cultura do, até então, esquecido programa Manhattan Connection (que virou “o gabinete do ódio do Dória”) e a falsa primeira página do New York Times que circulou nos perfis bolsomínios repercutindo as manifestações das camisetas verde-amarelas no primeiro de maio. As denúncias de agências de checagem e das mídias progressistas são inócuas e só reforçam os efeitos dessas bombas semióticas. Porque elas jogam no campo do automatismo da percepção do aqui e agora, o “acontecimento comunicacional”. Muito mais eficiente do que qualquer denúncia “a posteriori”. A neurofisiologia explica. Enquanto isso, a política do “morde-assopra” da TV...

quarta-feira, maio 05, 2021

'Black Box' e a endocolonização: 'Total Recall' se encontra com 'Corra' e 'Amnésia'

O tema do “body insertion” é cada vez mais recorrente nesse século, no cinema e audiovisual: a habilidade tecnológica de inserir a mente de alguém no corpo do outro. Uma combinação de possessão com troca de mentes. Se no passado tínhamos a possessão demoníaca ou espiritual, hoje vivemos a tecnológica, no momento em que nossas mentes são traduzidas pelos modelos computacionais e os algoritmos parecem saber mais de nós do que nós mesmos. Dentro de um verdadeiro processo de endocolonização das mentes. A produção Amazon Prime Video “Black Box” (2020) é mais um exemplo dessa recorrência: depois de perder sua esposa e a sua memória em um acidente de carro, o pai viúvo de submete a um tratamento neurofisiológico experimental, colocando em crise quem...

segunda-feira, maio 03, 2021

O ódio racial pós-moderno na série 'Them'

Seguindo a esteira do terror racial de Jordan Peele “Corra” e “Nós”, a série da Amazon Prime Video “Them” (2021-) converge o clássico gótico americano de Lovecraft com o, por assim dizer, “afrogótico”. Dessa vez a casa mal assombrada é uma típica casa de um subúrbio de classe média dos anos 1950, o paraíso idílico do sonho americano. Só que agora, ameaçado pela chegada dos Emory, uma família afro-americana em pleno bairro supremacista branco. Uma família ameaçada por dentro por fantasmas e uma maldição do passado puritano religioso, e por fora pelo ódio racial da vizinhança. Passado e presente são confrontados: na história, a metanarrativa bíblica justificando o racismo. E no presente, a desconstrução pós-moderna que destruiu os meta-relatos,...

Primeira 'Live Cinegnose 360': xadrez da guerra híbrida, filmes gnósticos e bombas semióticas

Nesse domingo (02) rolou a primeira edição da “Live Cinegnose 360”. Quase duas horas passando em revista os acontecimentos da semana no xadrez da guerra semiótica (guerra híbrida e bombas semióticas), filmes gnósticos e a geopolítica internacional do Grande Reset Global. Além de responder as inúmeras perguntas e comentários dos interessados cinegnósticos que participaram da Live. Nesse próximo domingo, sempre às 18h00, teremos a segunda edição do “Cinegnose 360” no Facebook. Venha participar!... pelo menos fugirá do tédio do final de domingo e da indefectível música do Domingão do Faustão... Assista aqui no blog como foi a Live ...

sábado, maio 01, 2021

Nesse domingo, estreia a live do blog no Facebook: 'Cinegnose 360'

Neste domingo estreia a primeira live “Cinegnose 360” no Facebook, na página do “Cinema Secreto: Cinegnose”, blog que completará doze anos de existência nesse ano. Um olhar “360 graus” para a semana que passou, com informações e análise crítica. Sempre com o olhar gnóstico e transdisciplinar. No cardápio dessa estreia, vamos conversar sobre o grande vencedor do Oscar, “Nomadland”, o curta da semana “Coda”, os últimos lances do xadrez da guerra híbrida brasileira e geopolítica: o evento “Cyber Polygon” e o “Grande Reset Global. A guerra política semiótica brasileira, agora, no modo criptografado na fase “apito de cachorro”, como demonstrou o episódio da reunião vazada com as declarações de pornografia política explícita do ministro Paulo Guedes....

quinta-feira, abril 29, 2021

Guerra semiótica criptografada: o 'apito de cachorro' de Paulo Guedes

Grande mídia exclama fazendo-se passar por inocente: “quem é essa gente?” A mídia progressista comemora: “um terremoto na abertura da CPI da pandemia!”. Em vídeo vazado, vemos um Paulo Guedes raiz falando em “vírus chinês” e reclamando que “todos querem viver 100 anos!”. E depois vem candidamente para as câmeras dizer: “não sabia que a reunião estava sendo transmitida...”. Esse governo se notabiliza por uma deliberada e metódica estratégia de “vazamentos”, desde a infame reunião ministerial de maio de 2020. É a guerra semiótica de informações criptografada, que agora entra na fase “apito de cachorro” com a proximidade das eleições de 2022: manter a fidelidade da sua base eleitoral fundamentalista que garanta o segundo turno para Bolsonaro....

terça-feira, abril 27, 2021

No vencedor do Oscar 'Nomadland', as estradas que nos levam a lugar nenhum

Um filme que começa pelo fim, assim como na cosmologia gnóstica: todos vivemos agarrados aos destroços do que sobrou da Criação que na verdade foi o Apocalipse. Uma cidade inteira acaba com o fim de uma fábrica. Uma viúva pega a estrada levando numa van tudo o que restou da sua vida, para conhecer a subcultura dos nômades: vítimas do desemprego, casamentos desfeitos, pensões que foram perdidas e valores familiares em colapso na esteira da Grande Recessão pós-2008. Vivendo em veículos e sobrevivendo em “bullshit jobs” do capitalismo de plataforma. Esse é o grande vencedor do Oscar “Nomadland” (2020). Um olhar de uma diretora estrangeira (Chloé Zhao) para aqueles que se sentem estrangeiros dentro do próprio país, em desérticas paisagens com estradas...

sexta-feira, abril 23, 2021

'Godzilla Vs. Kong': muito além da jornada do herói, por Claudio Siqueira

“Godzilla vs Kong” fecha(?) o universo compartilhado conhecido como “MonstroVerso”, numa tradução livre. Muito bem, cinegnósticos, vamos mostrar que o filme não é apenas o embate entre duas figuras mitológicas da cultura pop. Muito além da clássica Jornada do Herói, a trama é fundamentada no acróstico V.I.T.R.I.O.L., “Visita Interiora Terrae, Rectificando, Invenies Occultum Lapidem” que significa “Visita o Centro da Terra, Retificando-te, encontrarás a Pedra Oculta” (a Pedra Filosofal) - o caminho a ser trilhado pelos adeptos da Maçonaria, Rosa-Cruz, ordens templárias, thelêmicas ou quaisquer que trabalhem o hermetismo em ger...

terça-feira, abril 20, 2021

Curta da Semana: 'Coda' - por que a morte é impaciente?

Poucas produções fílmicas ou audiovisuais escapam da tradicional representação do pós-morte, como uma espécie de julgamento que poderá nos levar para o Céu ou Inferno, entre a punição e a gratificação. O curta de animação “Coda” (2013), de Alan Holly, nos oferece um olhar entre o esotérico e o gnóstico: embriagado após sair de uma balada, acompanhamos o protagonista distraído ser mortalmente atropelado para depois tentar fazer um acordo com a Morte, na sua tradicional representação sombria do Ceifador. Ele quer mais tempo, mas a Morte é impaciente. Para o quê? A resposta está entre o Budismo e o Gnosticismo, muito próximo ao ciclo vicioso da vida-morte-reencarnação que nos prende a esse mundo. Passamos 1/3 das nossas vidas dormindo e sonhando,...

sexta-feira, abril 16, 2021

Guerra Híbrida: engenharia do caos cria o pseudo-evento da 'Vacina Prozac'

Em um teatro de operações de guerra semiótica híbrida, todos os atores funcionam no piloto automático, sob o loop OODA (Observação-Orientação-Decisão-Ação), retroalimentando o cenário caótico planejado pela operação psicológica. O melhor exemplo é a narrativa e o imaginário da vacina Covid-19. Tudo começa com a deliberada sabotagem do Governo Federal (negacionismo, omissão etc.) para hipervalorizar a vacina (através da escassez) como solução individual em detrimento de ações coletivas. Ato contínuo, governadores e prefeitos respondem com a corrida (maluca) das vacinas e se esmeram para criar pseudo-eventos de vacinação em conta-gotas ao estilo dos SACs corporativos. Enquanto a grande mídia vende imagens de “alegria” e “esperança” com imagens...

quarta-feira, abril 14, 2021

Experiência sensorial e anomalias telefônicas na série 'Calls'

Nove episódios constituídos por áudios de telefonemas que, pelo menos de início, não estão relacionados mas que eventualmente serão peças de um quebra-cabeças envolvendo um mistério. Áudios acompanhados de formas abstratas constituídas por ondas senoidais, oferecendo uma experiência sensorial inédita para o espectador, pelos menos em plataformas de streaming. É a série da Apple TV + chamada “Calls” (2021-). Uma espécie de podcast narrativo cuja virtude é o minimalismo e a imprecisão, instigando nossa imaginação a completar as informações que faltam. Em cada episódio acompanhamos diálogos telefônicos que são interrompidos por eventos inexplicáveis. O que quer que esteja acontecendo em um nível global tem elementos desagradáveis ​​de terror...

quinta-feira, abril 08, 2021

A gnose junguiana na tela mental dos sonhos no filme 'Come True'

Imagine combinar o clássico “A Hora do Pesadelo” com o filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, de Michel Gondry. Tudo numa atmosfera com referências a “O Iluminado” de Kubrick e plot twist ao estilo dos filmes de M. Shyamalan. E para completar, alusões aos conceitos junguianos de Persona, Anima e Animus, Sombra e Self. Teremos como resultado o ambicioso filme do cineasta canadense Anthony Scott Burns “Come True” (2020): uma jovem está imersa em um sonho ativo, no qual as fronteiras entre o onírico e o real estão desaparecendo até se transformar em cobaia de uma pesquisa de ponta em um laboratório do sono de uma universidade. Os sonhos são dotados de complexos mecanismos para nos manter inconscientes no interior de um fluxo onírico,...

segunda-feira, abril 05, 2021

Presidente argentino com Covid após vacina Sputnik V desperta o escorpião da grande mídia

O leitor deve certamente conhecer a fábula do escorpião e do sapo: um escorpião que pede para o sapo levá-lo nas costas através do rio e acaba picando-o, afogando a ambos. Eis que, em meio ao discurso da defesa da Ciência, da variedade de vacinas, da empatia e da compaixão, num rompante a grande mídia revela a sua natureza análoga a daquele aracnídeo que picou o pobre sapo. Depois que o presidente da Argentina, Alberto Fernández (já vacinado pela Sputnik V), anunciou nas redes que testou positivo num teste de Covid-19, a grande mídia não aguentou. O alvo era irresistível! Uma vacina russa e um presidente peronista! Mandou o discurso da Ciência às favas e politizou a pandemia, assim como faz o seu suposto rival, o negacionista Bolsonaro. Um...

quinta-feira, abril 01, 2021

Crise militar de Bolsonaro é a bomba semiótica do não-acontecimento

Desde que a Inteligência militar brasileira emulou a teoria da Guerra Híbrida dos think tanks dos EUA, traduzindo como “guerra cultural” e “operações psicológicas” (ironicamente citando pensadores como Jean Baudrillard e Umberto Eco em artigos de revistas do meio militar) acabou criando o principal protagonista político nesse século: o Partido Militar. Por isso, é absolutamente ridícula a narrativa que a grande mídia criou sobre a “crise” (na verdade, estratégia de dissonância cognitiva da guerra semiótica militar, um não-acontecimento) provocada pela “queda” do ministro da Defesa e dos comandantes das três Forças Armadas. A grande mídia liberta fantasmas e espantalhos que saem de buracos e armários numa espécie de nostalgia vintage (64’s style)...

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