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sexta-feira, maio 20, 2022

Bandeira "woke exploitation" da TV Globo não passa da página dois


Ao vivo, com imagens aéreas, o telejornal local da TV Globo acompanhou a reintegração de posse no Centro de São Paulo: sob a truculência de escudos e armas antimotim da PM, 250 famílias foram despejadas às vésperas do dia mais frio do ano. Em sua maioria, mulheres e crianças negras, pobres. A cobertura foi anódina, sem repercussão nacional, apesar do termômetro do jornalismo da emissora, o dominical Fantástico, ter se convertido em um show de “woke exploitation” e as questões identitárias terem tomado a pauta. A bandeira woke da emissora não passa da página dois: negros, trans, mulheres etc. podem se organizar, protestar e levantar suas bandeiras. Tudo, menos fazer a mesma coisa no campo político da luta de classes por direitos civis e econômicos. No fundo, é uma estratégia de comunicação casada com a de Bolsonaro: empurrar as eleições para a guerra cultural. Mas também, outras pautas da grande mídia não têm passado da página dois: a terceira via e a urgência climática da União Europeia.

sexta-feira, novembro 26, 2021

Medo e pecado são a matrix de todo totalitarismo na série 'Profecia do Inferno'


Milícias fundamentalistas, líderes de seitas e crentes cegos começam a girar em torno de um fenômeno inexplicável: de repente, um ser celestial visita uma pessoa para anunciar a data e hora da morte da vítima. No momento marcado surgem três imensas bestas peludas cinzentas que implacavelmente a perseguem até matá-la com crueldade, incinerá-la e levar embora a alma. Para o Inferno? Uma nova igreja se impõe racionalizando o fenômeno como a ira divina contra a humanidade pecadora. Aliado às mídias sociais cria um sistema totalitário sob a tolerância da polícia e Estado. A nova série sul-coreana da Netflix, “Profecia do Inferno” (Hellbound, 2021- ) mostra como o medo, pecado, delação, confissão e punição são a matrix imaginária que sustenta todos os regimes políticos ocidentais, sejam seculares ou religiosos. Porém, no século XXI, essa ancestralidade é turbinada pela desinformação espalhada pela Internet.  

quinta-feira, novembro 25, 2021

Entrevista com ex-agente da CIA: um 'limited hangout' para Moro



No momento em que se lança candidato à presidência, além da voz de “marreco de Maringá” (que uma fonoaudióloga da Globo está tratando), a grande dificuldade do ex-juiz Moro será lidar com uma verdade repercutida pela imprensa internacional, em veículos como o “Le Monde”: um magistrado parcial que conspirou, junto com a CIA, para destruir a Odebrecht e prender o “rei” Lula. Então, nada como lançar mão de uma velha estratégia conhecida pelas comunidades de inteligência: o “limited hangout”. Principalmente quando é feita por um ex-agente da CIA. Em uma “bombástica” entrevista ao DCM, John Kiriakou (condenado em 2013 por vazar informações sobre torturas de prisioneiros da Al Qaeda) afirmou que “ódio e dinheiro” alimentaram a parceria CIA-Lava Jato. Assim como Edward Snowden, revelou verdades de polichinelo. Para ocultar as verdades mais sensíveis: uma estrutura de inteligência e guerra híbrida que vai muito além de “acordos laterais”.

quinta-feira, novembro 18, 2021

A propaganda do futuro pós-humano no filme 'Finch'


Depois de vermos Tom Hanks, na virada do século, fazendo grandes monólogos com a bola “Wilson” em “O Náufrago”, no século XXI o ator aprimora sua expertise sustentando linhas de diálogos com uma inteligência artificial androide chamada Jeff. “Finch” (2021) é o veículo perfeito para Hanks: com a sua imagem de “Pai da América” é a escolha perfeita para dar calor a mais um filme de plataforma orientado por algoritmos: fim do mundo + um cãozinho + um robô. Porém, o “Pai da América” vai muito além disso: o tom agridoce que a maleabilidade de Hanks dá ao fim do mundo ajuda a confundir o individualismo do espírito americano com altruísmo. E ajuda a transformar o robô Jeff em garoto propaganda perfeito para tornar fofinho tudo que envolve as gigantes tecnológicas e os desenvolvedores de IA. Afinal, antropomorfizar cãezinhos e robôs é a receita perfeita para criar a imagem propagandística ideal para uma determinada agenda ser aceita pela opinião pública. 

sábado, novembro 13, 2021

As mentiras do Capitalismo que lava mais verde em 'Bright Green Lies'



Antes de ler qualquer coisa a respeito da conferência ambiental COP 26 e a urgência midiática a respeito das mudanças climáticas, assista ao documentário “Bright Green Lies” (2021) e o leitor terá um perfeito contraponto. O documentário da cineasta Julia Barnes, baseado em livro homônimo, desvenda a principal mentira na qual se baseia todo o hype verde: a de que as chamadas “tecnologias limpas” parecem nascer em árvores – energia elétrica, solar e eólica são produtos de uma indústria tão ou até mais devastadora dos recursos naturais do que a velha “indústria marrom”. “Bright Green Lies” revela como o ambientalismo tornou-se uma estratégia de propaganda para “lavar mais verde” o sistema predatório do capitalismo e sociedade de consumo. E transformar seus ativistas em lobistas de uma indústria sedenta por verbas públicas e incentivos fiscais. 

quarta-feira, novembro 03, 2021

A presunção da catástrofe da COP 26: engenharia de consenso do Capitalismo Verde


É mais fácil imaginarmos o fim do mundo do que o fim do Capitalismo”, disse certa vez Fredric Jameson. Por quê? Basta uma olhada nos títulos de filmes sci-fi nas plataformas de streaming e a retórica metonímica diária dos telejornais: acompanhamos a engenharia do consenso em torno de uma presunção da catásfrofe – as mudanças climáticas e o esgotamento dos recursos naturais estão levando à destruição do planeta! Mas não do Capitalismo, que vê na crise a repetição de uma velha lógica descrita por Marx e Weber: a pressuposição subjetiva da escassez gera valor. Esse é o pressuposto do “Capitalismo Verde” ou “Green New Deal”: o problema não está na sociedade, está numa Natureza tão frágil que precisa de ajuda: iniciativa privada, financeirização mas, principalmente, socializar as perdas e privatizar os ganhos. Três pequenos contos relacionados com a COP 26 mostram isso: o clichê “Ethno World” dos organizadores da Conferência, a carreata de 85 veículos de Joe Biden pela ruas de Roma e a “galhofa” de um diplomata norte-americano.

terça-feira, setembro 28, 2021

'Our Brand is Crisis': como Hollywood apaga os rastros das PsyOps na América Latina


Rachel Boynton conseguiu registrar os bastidores da consultoria política Greenberg Carville Shum (GCS) que levou a vitória de Gonzalo Lozada à presidência, em 2002, na Bolívia, com o documentário “Our Brand is Crisis” (2005). Para depois, Lozada enfrentar as manifestações populares, resultando em dezenas de mortos, renunciar e fugir para os EUA. O documentário descreve como a propaganda política clássica foi substituída por operações psicológicas que exploram o medo e o ressentimento coletivo. “Modus operandi” padrão das “revoluções coloridas” das décadas seguintes. Dez anos depois, Hollywood produz “A Especialista em Crise” (“Our Brand is Crisis”, 2015), versão ficcional do documentário que tenta apagar os rastros da PsyOp da geopolítica dos EUA na Bolívia e América Latina - os aspectos mais comprometedores são apagados pela típica pseudo-neutralidade psicológica que envolve mecanismos de personalização narrativa, happy end mas, principalmente, a visão do processo eleitoral como uma mera competição de marcas na liberdade de um mercado de ofertas.

quinta-feira, julho 15, 2021

Filme "A Guerra do Amanhã" é propaganda da Doutrina Biden para guerras do futuro


Desde que a Primeira-Dama Michelle Obama abriu o envelope de Melhor Filme do Oscar em 2013 em link ao vivo direto da Casa Branca, tornou-se explícita e sem rodeios a função de Hollywood como máquina de propaganda política. O Filme “A Guerra do Amanhã” (2021, disponível na Prime Video) é mais uma peça de propaganda, dessa vez escancarando a “Doutrina Biden” para o planeta. Do futuro vem uma força tarefa alertando que a humanidade está sendo dizimada por alienígenas xenomorfos e pede ajuda: enviar para lá mais tropas que auxiliem na batalha. Um mix dos clichês do gênero: viagem no tempo, monstros alienígenas, problemas mal resolvidos entre pai e filha, um herói que ao mesmo tempo tenta salvar o mundo e reunir a família etc. Mas também os indefectíveis RAVs (russos, árabes e vilões em geral e, agora, chineses também) que estão no filme, porém, de forma indireta, metonímica, com efeitos subliminares de propaganda política.

quinta-feira, maio 27, 2021

'When The Wind Blows': nada mudou do holocausto nuclear à pandemia global


O impacto cultural da animação “When The Wind Blows” (1986) foi esquecido por décadas. Mas o seu relançamento em DVD revela uma estranha sensação de que as coisas nada mudaram: a Guerra Fria e a ameaça do Holocausto Nuclear podem ter passado, mas foram apenas substituídos pelo medo do terrorismo e da escalada das pandemias – sejam virais ou digitais. Com músicas de Roger Waters e David Bowie, a animação é muito mais do que um libelo pacifista: mostra como a propaganda e a desinformação, aliados à nostalgia nacionalista, nos tornam cegos e motivados mesmo diante das políticas de extermínio. Num lugar remoto no interior da Inglaterra, um doce casal de velhinhos tenta sobreviver aos primeiros impactos de uma explosão nuclear. Com fleuma e patriotismo acreditam na propaganda governamental que parece ocultar algo de muito mais sinistro. Como se sabe, a primeira vítima da guerra é a verdade.

terça-feira, janeiro 26, 2021

A fé é uma bomba semiótica da guerra híbrida na série "Messiah"


Certamente a série “Messiah” (2020), produção original da Netflix, é uma das produções audiovisuais recentes que melhor detalha o fenômeno de psicologia de massas de como fé, religião e propaganda podem intencionalmente convergir numa bomba semiótica capaz de aglutinar as dores individuais em um denominador comum, criando um sentido coletivo: o acontecimento comunicacional. Surge um homem misterioso em pleno ataque do Estado Islâmico na Síria, que a pessoas acreditam ser o verdadeiro Messias. Ganha as manchetes internacionais para reaparecer nos EUA e provocar comoção cultural e política. Uma farsa? Um terrorista cultural? Mas se for verdade, é um Messias do quê? Católicos, Evangélicos, Muçulmanos, Judeus, CIA, FBI, governos de Israel, EUA, Estado Islâmico, Hamas, cada qual cria interpretações numa espiral alucinante. Provocando polarização, confusão e caos político e social. Os reais objetivos de uma Guerra Híbrida. Mas de quem? Da Rússia? De algum trabalho interno do próprio governo norte-americano? Ou será mesmo o final dos tempos?

sexta-feira, outubro 09, 2020

Trump e Bolsonaro desconstroem a lógica do Papai Noel na Propaganda

Até aqui as estratégias de comunicação da chamada “direita alternativa” vêm sendo bem-sucedidas. Fala-se muito no poder de eleições viciadas, cheias de aplicativos, robôs e fake news com postagens automáticas em grupos de Whatsapp e mineração de dados pessoais de usuários de redes sociais. Porém, essas ferramentas somente são potencializadas através de uma deliberada desconstrução do campo da Política. Principalmente de duas instituições que são a alma dessa esfera pública: a Propaganda e a Publicidade – através de discursos hiperbólicos cheio de pegadinhas e iscas para jornalistas fisgarem, desconstrói o seu núcleo: a “Lógica do Papai Noel”. A eficácia da Propaganda e Publicidade sempre esteve muito menos na persuasão e muito mais na fábula e adesão. Trump e Bolsonaro ridicularizam não apenas a política, mas a própria Propaganda ao expô-la como uma piada. Um exemplo: a forma proposital como o presidente expõe os currículos fraudados de seus indicados.

quinta-feira, setembro 10, 2020

A canastrice na política: os vídeos do Porta dos Fundos, Bolsonaro e Lula

Três vídeos marcaram esse feriado da Independência. O primeiro, um vídeo da série “#Polêmicadasemana” da trupe de humor Porta dos Fundos. E depois, o pronunciamento do presidente Bolsonaro e a fala de Lula à Nação. Dois paradigmas comunicacionais opostos: o vitorioso, até aqui, da viralização (através da canastrice na política em linguagem audiovisual tosca) da direita alternativa; e do outro o paradigma da “sedução”, com vídeo profissionalmente produzido trazendo o discurso racional de um estadista. E o vídeo do Porta dos Fundos, mais um exemplo da estranheza do humor que tenta fazer a paródia da política que já faz de antemão uma paródia de si mesma. Onde as esquerdas encontrarão o alfinete para furar a bolha que separa esses dois paradigmas comunicacionais? No campo semiótico da canastrice,  meta parodiado no vídeo do Porta dos Fundos.  

terça-feira, agosto 18, 2020

Cinegnose lança versão impressa do "Bombas Semióticas na Guerra Híbrida Brasileira (2013-2016)"


Por último, mas não menos importante... Finalmente saiu a versão impressa do livro “Bombas Semióticas na Guerra Híbrida Brasileira” (2013-2016): Por que aquilo deu nisso”. Junta-se à versão digital “Kindle Edition”, lançada primeiramente. Como os leitores deste Cinegnose sabem, o livro reúne de forma cronológica e narrativa a série de 52 postagens que o blog fez, acompanhando o dia-a-dia da guerra híbrida brasileira iniciada com as “Jornadas de Junho em 2013” e executada com o impeachment de 2016. 

quarta-feira, agosto 05, 2020

Com Felipe Neto Fake News vira bomba semiótica


Combate às fake news voltou à pauta da grande mídia depois de anos de silêncio desde o hipe de 2016 e a omissão durante a campanha presidencial de 2018. Volta à pauta com um garoto propaganda: o youtuber Felipe Neto, a versão digital de Luciano Huck em seu momento mercadológico de reposicionamento de discurso, fazendo “mea culpas” e dizendo que “leu muito” e mudou de opinião. Com o influenciador digital, convidado por Rodrigo Maia para debater o tema no Congresso, a grande mídia volta a repercutir o combate às fake news como mais uma bomba semiótica: desviar o foco da atenção do respeitável público para os malvados favoritos de sempre – o “gabinete do ódio” do clã Bolsonaro e as buchas de canhão do “Brasil profundo”. Desviar do quê? Da embaraçosa questão de quem financia as caras táticas digitais e que o Projeto de Lei das Fake News faz parte de um movimento em pinça: hoje, enquadra os perfis “fascistas”. Amanhã, será a mídia alternativa de oposição. Tudo dentro da legalidade. Como sempre, “em defesa da Democracia”.

sexta-feira, julho 31, 2020

Cinegnose lança livro "Bombas Semióticas na Guerra Híbrida Brasileira: Por que aquilo deu nisso?"


Desde a primeira semana daquilo que se chamou "Jornadas de Junho", em 2013, este Cinegnose desconfiava de tudo que estava ocorrendo. Iniciou então, naquele momento, uma crônica das bombas cognitivas informativas que a grande mídia passou a detonar diariamente. Moldando a opinião pública à base do choque de notícias que utilizavam ferramentas linguísticas e semióticas inéditas pela acumulação e consonância. Este blog denominou essa estratégia simbólica de "bomba semiótica" - matéria-prima daquilo que foi definido por "Guerra Híbrida", a novidade geopolítica do século XXI. O livro "Bombas Semióticas na Guerra Híbrida Brasileira (2013 - 2016)" é uma contribuição desse humilde blogueiro para entender a cronologia dessa extensiva guerra semiótica que resultou no golpe político de 2016 com o impeachment. E responder à questão que deve ser encarada para podermos pensar o futuro: por que aquilo deu nisso?  

segunda-feira, julho 27, 2020

De predador o alien se transforma em metáfora política no filme "Sputnik"


Aliens como criaturas que parasitam o corpo humano são famosos no gênero sci-fi desde o clássico “Alien” (1979), de Ridley Scott. Mas na produção russa “Sputnik” (2020), a criatura não é mais um predador, mas agora um sobrevivente. Para ganhar o status de uma poderosa metáfora política. No auge da Guerra Fria, cosmonautas soviéticos sofrem um estranho incidente em órbita, para um deles retornar carregando em seu corpo um parasita. Que se alimenta do medo (mais especificamente, o cortisol, hormônio produzido pelo cérebro), a matéria-prima de toda propaganda política, principalmente no regime totalitário soviético. Num planeta onde historicamente o medo sempre foi a principal emoção no qual se fundamenta a submissão política, a criatura extraterrestre encontrará uma alimentação farta... Filme sugerido pelo nosso leitor Alexandre Von Keuken.

sexta-feira, julho 03, 2020

Vídeos da Quarentena da Universidade Anhembi Morumbi: Comunicação, Mídia e Política #2


A polarização política turbinada pela grande mídia nos últimos anos continua na atual crise da pandemia? Quais as relações semióticas criadas pelas capas de revistas e primeiras páginas de jornais foram usadas para impulsionar essa engenharia de opinião pública? Qual o papel dos memes nos ambientes digitais para reforçar essas operações semióticas? Essas são algumas questões levantadas pelos vídeos do segundo volume da série “Vídeos da Quarentena da Universidade Anhembi Morumbi”, produzidos pelos alunos do curso de Teorias da Comunicação ministrado por este editor do “Cinegnose”. O segundo volume da série é complementado por vídeos sobre a Escola de Frankfurt e Teoria Hipodérmica aplicado em análises sobre a indústria da música e os telejornais.

quarta-feira, julho 01, 2020

Vídeos da Quarentena da Universidade Anhembi Morumbi: Comunicação, Mídia e Política #1


Essa é a primeira postagem da série “Vídeos da Quarentena” – uma coletânea de vídeos produzidos pelos alunos da Universidade Anhembi Morumbi na disciplina Teorias da Comunicação, ministrada por este editor do Cinegnose. Fizeram parte dos trabalhos de conclusão da disciplina nos quais os grupos se concentraram em estudos de casos para aplicar conceitos de diversas teorias da história das pesquisas em comunicação – teorias clássicas e atuais, como Media Life e Memética. Um semestre inédito no qual aulas on line substituíram as presenciais por conta da pandemia e quarentena. Um desafio para o trabalho em equipe que envolve as produções de natureza audiovisual. Neste primeiro volume da série, o cinema entre guerras; Media Life e redes sociais; fake news; programa Fantástico; reality shows e Agenda Setting; e as conflituosas relações entre o grupo Racionais MC’s e a grande mídia.

domingo, junho 21, 2020

Guerra Híbrida: de homem-bomba, Queiroz vira bomba semiótica


“Onde está o Queiroz?”. Era a pergunta que não queria calar. Bem, agora o acharam. Mas no timing conveniente para reforçar a atual agenda da batalha das instituições de uma “democracia vibrante” contra os “terroristas” antidemocráticos. E a lareira do esconderijo do Queiroz, caprichosamente decorada com bonecos do mafioso hollywoodiano Tony Montana e um cartaz do AI-5, revelam signos sincrônicos para inflar semioticamente a sucessão de acontecimentos. E a esquerda vibra: é o fim do Governo Bolsonaro!... cada vez mais isolado politicamente e blá, blá blá... mais parecendo aquele penetra animado que fica na porta da festa tentando entrar de qualquer jeito. De homem-bomba Queiroz virou bomba semiótica – mais uma bomba cognitiva detonada na guerra híbrida cujo movimento estratégico em pinça atingirá a própria esquerda. Que agora baba ovo até para o Jornal Nacional e o STF, seus velhos algozes. Sem entender que por trás dessa guerra híbrida está o fim de uma era: a liquidação do pacto da luta de classes do Estado de Bem-Estar Social, acelerado pela pandemia.

domingo, maio 24, 2020

Suposto vídeo devastador revela aliança oculta entre o Brasil Renitente e o Brasil Profundo


“Conteúdo devastador!”. Seria a bala de prata para as pretensões de Bolsonaro. Finalmente o STF liberou o “fatídico” vídeo da reunião ministerial. Mas a decepção foi diretamente proporcional às expectativas criadas em relação à divulgação. Nesse momento, a grande mídia faz esforço hercúleo para manter a narrativa das “provas” do ex-ministro Sérgio Moro. E manter Paulo Guedes afastado da “ala ideológica”, poupando-o (e também a agenda neoliberal) da contabilidade dos palavrões e xingamentos. Virou uma peça de propaganda do “Bolsonaro-raiz”. Porém, o tiro de festim do vídeo acertou naquilo que não mirou: revelou a aliança oculta entre o “Brasil Profundo” e o “Brasil Renitente” (a elite obstinada em manter a ordem “Casa Grande e Senzala”) com o apoio da grande mídia. Graças à guerra híbrida, o “Brasil Profundo” de seitas ao estilo Jim Jones e David Koresh ganharam tradução política e chegaram ao Estado. Lances de guerra criptografada como esse vídeo são jogadas do “Brasil Renitente” - com um roteiro de teledramaturgia traçado pela grande mídia, mantém o distinto público eletrizado pela montanha russa dos acontecimentos. 

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