Mostrando postagens com marcador Alquimia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Alquimia. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, dezembro 07, 2017
Mídia dilui significado da descoberta de papiro com "ensinamentos secretos" de Jesus
quinta-feira, dezembro 07, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
As
notícias foram dadas como alguma coisa entre Indiana Jones, conspirações do
“Código da Vinci” de Dan Brown ou sobre Jesus convenientemente próximo do
Natal. As notícias sobre a descoberta do manuscrito em grego do “Primeiro Apocalipse de
Tiago” (manuscrito apócrifo gnóstico até então conhecido em linguagem copta da
chamada “Biblioteca de Nag Hammadi”), perdido no acervo da Universidade de
Oxford, foram cercadas por uma mitologia midiática que sempre é acionada para
diluir aquilo que é de mais virulento e revolucionário no Gnosticismo (razão pela qual
foi tão perseguido por toda a História): os conflitos políticos e econômicos como
parte do drama de uma luta cósmica entre o Bem e o Mal, sem superação dialética
ou solução evolutiva. A grande mídia cobriu a descoberta como “religiosa”,
diluindo a potencial ameaça às instituições desse mundo: de que Jesus não
veio para nos “salvar”, mas para nos revelar algo que já existe dentro de nós –
apenas nos fazem esquecer através de ilusões. E a mídia que “noticia” a
descoberta do manuscrito é uma delas.
terça-feira, agosto 08, 2017
Como escapar da Matrix: 10 definições de "gnose" através do cinema
terça-feira, agosto 08, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Desde os
clássicos filmes gnósticos “Show de Truman” e “Matrix” a espécie humana é
representada como prisioneira em uma gigantesca ilusão cósmica – tecnológica,
psíquica ou midiática. Como escapar dela? Para o Gnosticismo, através da “gnosis”
(“conhecimento”). Mas que tipo de conhecimento é esse? Uma epifania
místico-religiosa? Algum tipo de comunhão secreta com o Divino? Iluminação
espiritual? O Cinegnose reuniu dez definições de estudiosos sobre o conceito de
“gnose” e como os filmes gnósticos figuram essa espécie de rota espiritual de
fuga: quem
éramos, o que nos tornamos, onde estávamos, para onde fomos lançados, para onde
estamos indo, do que estamos libertos, o que é o nascimento e o que é
renascimento.
sexta-feira, junho 30, 2017
Quando sorrir soa parecido com gritar em "Helter Skelter"
sexta-feira, junho 30, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Mais um filme
japonês que trabalha com simbologias alquímicas de transmutação pessoal.
Adaptado de um mangá homônimo e iconografia inspirada no filme “Beleza
Americana”, “Helter Skelter”(Herutâ Sukerutâ, 2012) do diretor e fotografo Mika
Ninagawa é um exemplo de como a cultura japonesa conseguiu filtrar a sociedade
de consumo ocidental através de valores milenares, combinando tudo isso com
cenários futuristas e distópicos: uma top model chamada Lilico, ícone dos
adolescentes conectados 24 horas em dispositivos moveis atrás de mexericos de
famosos, é uma celebridade de capas de revistas, publicidade e TV, cuja beleza
esconde um sinistro segredo – uma clínica de estética com revolucionário método
combinando tráfico de órgão e placentas humanas, no qual corpos são
reconstruídos como verdadeiros frankenteins. Uma modelo que se transforma numa
gueixa pós-moderna, uma máquina de processamento de desejos de milhões. A beleza leva a juventude
para o fundo do poço, onde destruir a si mesmo é a única saída: no caso de
Lilico, quando sorri, na verdade está gritando.
quarta-feira, junho 28, 2017
Tricô, lã e Alquimia no filme "Wool 100%"
quarta-feira, junho 28, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Um filme para
os cinéfilos amantes do surreal e do estranho. “Wool 100%” (“100% Lã, 2006) do
escritor/diretor japonês Mai Tominaga é uma curiosa comédia que combina a fábula
gótica e fantástica com o humor negro repleto de simbolismos: duas irmãs idosas
passam os seus dias acumulando objetos e sucatas em seu casarão, recolhidos e
catalogados diariamente em uma pequena cidade japonesa. Até que encontram um
cesto cheio de novelos de lã vermelha. Do emaranhando de fios surge uma jovem
que tricota sem parar o próprio suéter que veste, para depois desfiar e recomeçar tudo de novo. A jovem intrusa dará início a
uma complexa simbologia de transformação alquímica envolvendo a cor vermelha,
tricô, infância, sexo e amor – simbolismo de libertação das protagonistas
presas nas memórias do casarão, como fosse a cartografia das suas próprias
mentes.
terça-feira, maio 02, 2017
Em "Almas à Venda" a chave do sucesso é a perda da alma
terça-feira, maio 02, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Com ironia e com humor negro, "Almas à Venda" (Cold Souls, 2009), tematiza criticamente como o mundo dos negócios (management + tecnologias do espírito) invade nossa última morada que ainda tenta resistir: a alma. No mundo atual dominado pelo paradigma da financeirização na qual qualquer coisa (ações, títulos, carros, pessoas, sentimentos e até a alma) tem que ser submetida aos princípios da liquidez e mercantilização totais, um homem descobre a chave do sucesso: o "Armazém de Almas" - clínica especializada em estocar a sua alma para substituir por outra de um doador anônimo, mais bem sucedido. Mas o protagonista descobre algo mais: quando estamos vazios e sem alma conseguimos ser mais bem sucedidos profissionalmente.
segunda-feira, abril 17, 2017
Propaganda e a demonização do inimigo, por Marcelo Gusmão
segunda-feira, abril 17, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
O filme “1984” foi exibido esse ano em 165
cidades nos EUA como forma de protesto contra o presidente Donald Trump. Ele
demoniza imigrantes e a oposição também o demoniza, definindo-o como o “novo
Big Brother”. Enquanto isso o Brasil está um caos, dividido, semelhante a final
de um campeonato: de um lado do campo os “Coxinhas”, no outro lado os “Mortadelas”.
Há quem prefira dizer “esquerda” contra “direita”, ou ainda “amarelos”
(canarinhos) contra os “vermelhos”. Essa divisão não é novidade - desde que o
mundo é mundo há violência e luta pelo poder. “Nós contra Eles” sempre foi um
princípio de identidade entre os “Iguais” das diversas irmandades, seja times
de futebol, equipes em gincanas escolares, entre bairros, cidades, países,
partidos políticos e, é claro, ideologias. Demonização e a divisão do inimigo
são grandes princípios de propaganda e persuasão. Como lidar com essa
dualidade? Qual a sua origem? Há como
anular sua força?
quarta-feira, dezembro 14, 2016
"Elle Brasil" une Cabala e Tecnognosticismo com modelo robô
quarta-feira, dezembro 14, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Na edição de dezembro a revista de moda “Elle
Brasil” figurou na capa a robô Sophia, um dos projetos de inteligência
artificial mais avançados do mundo. Clicada pelo fotografo Bob Wolfeson, a
ideia do editorial era apontar versões para o futuro da indústria da moda. Mas
um robô vestindo roupas vitorianas nada mais fez do que revelar as arquetípicas
e milenares origens da Moda, Estilismo e manequins na longa tradição esotérica
e hermética da Teurgia, Alquimia e a Cabala Extática – uma longa e secreta
história de seres artificiais mágicos como homúnculos, golens e frankensteins.
Até chegar aos atuais manequins das vitrinas de shoppings e modelos vivos das
passarelas – seres ainda “não formados”, à espera do “espírito” (o Estilo) que
lhes dê vida. Assim como o código binário que dá "vida" à robô Sophia. A atual agenda tecnognóstica se encontra com a Moda. Pauta sugerida pelo nosso leitor Nelson Job.
segunda-feira, julho 11, 2016
A Simbologia Alquímica em "As Tartarugas Ninjas", por Claudio Siqueira
segunda-feira, julho 11, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Dia
16 de junho deste ano estreou nos cinemas o filme "As Tartarugas Ninjas: Fora das Sombras" (Teenage Mutant
Ninja Turtles: Out of the Shadows). Após sua primeira edição
em maio de 1984 pela editora Mirage
Studios, os quatro esdrúxulos personagens tiveram diversas obras midiáticas
envolvendo seu universo, de desenhos animados a videogames. Mas, desde o novo
filme de 2014, é apresentada uma versão mais diferenciada entre os personagens.
E com razão, já que os quatro diferem bastante não apenas em sua personalidade,
mas nos elementos alquímicos que representam.
quarta-feira, julho 06, 2016
Motivação, alquimia e rebelião: 7 cenas sobre demissão no cinema
quarta-feira, julho 06, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Por decurso de prazo e fim do prazo de validade, depois de 30 anos lecionando e pesquisando na Universidade esse humilde blogueiro foi demitido. Para espiar os demônios internos, nada melhor do que dar uma olhada em como o cinema representa esse divisor de águas na vida de qualquer um. Representações alquímicas, mensagens motivacionais, meta-demissões, cruel antropologia corporativa e mergulhos nas águas profundas da rebelião, com direito a automutilação e chantagens, estão nas sete melhores sequências de demissão no cinema recente selecionados pelo “Cinegnose”.
sábado, julho 02, 2016
Alquimia e esoterismo em "Os Goonies", por J. B. de Oliveira
sábado, julho 02, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Os filmes de Spielberg sempre foram carregados de pistas sobre teorias conspiratórias e simbolismos esotéricos como em “E.T.” ou “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”. Spielberg foi fundamental para a mudança da opinião pública em relação a existência de seres-extraterrestres. Ele foi um dos principais precursores da guinada metafísica de Hollywood com a exploração de um mix de esoterismo, Ufologia (“Contatos Imediatos”, por exemplo, contou com a consultoria do ufólogo Allen Hynek) e simbolismo hermético. Mesmo o filme “Os Goonies” (1985), que mergulha no imaginário infanto-juvenil de caças a tesouros, trapalhadas e travessuras, está repleto de simbolismos herméticos e alquímicos.
terça-feira, junho 28, 2016
Cinegnose discute no Rio formas do Cinema escapar da caverna de Platão
terça-feira, junho 28, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
O cinema é um dispositivo que descende diretamente o Mito da Caverna de Platão. Partilha da construção da irrealidade do mundo, mas também pode ser uma porta da saída dessa caverna por meio da criação do “acontecimento comunicacional” que induza a estados iluminados ou alterados de consciência. E que, por fim, favoreça a “gnose”. Essa foi a conclusão final da jornada que esse humilde blogueiro participou ministrando palestra e workshop no Rio de Janeiro nessa última sexta e sábado. Realizados na Casa da Ciência da UFRJ e na livraria Estação das Letras, e organizados pelo Coletivo Transaberes, tive a oportunidade de apresentar um amplo painel dos diversos renascimentos do Gnosticismo nas ciências, artes e literatura, até o momento atual do Gnosticismo Pop hollywoodiano. É mais uma forma de aumentar o véu da ilusão, mas também abre fissuras por onde podemos escapar.
sábado, março 26, 2016
Em "Closer To God" o mito de Frankenstein enfrenta a Ciência, Mídia e Religião
sábado, março 26, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Como o clássico terror gótico “Frankenstein” seria contado no século
XXI? Certamente o cientista teria a sua disposição a clonagem e contra ele o
sensacionalismo midiático alimentando uma turba enfurecida de fundamentalistas
religiosos pregando o fim da Ciência e uma nova Idade Média. Esse é o terror
independente “Closer To God” (2014) de Billy Senese, onde vemos o drama de um
geneticista criador do primeiro clone humano e que terá que enfrentar uma
extensa cobertura midiática que o transforma em alvo de diversos grupos
religiosos radicais e violentos. Um filme que evita os clichês hollywoodianos
do “cientista louco” e do maniqueísmo “Ciência versus Religião”. Todos os lados
(Ciência, Mídia e Religião) têm suas mazelas e culpas. E o único ser próximo de
Deus é a pequena Elizabeth, o bebê clone inocente de toda a tragédia ao redor. Filme sugerido pelo nosso leitor Antonio Oliveira.
sábado, janeiro 30, 2016
No filme "O Novíssimo Testamento" Deus não morreu - apenas se tornou inútil
sábado, janeiro 30, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Deus existe, e ele está em algum lugar em
Bruxelas. Arrogante e grosseiro, passa os dias digitando em um computador
ultrapassado regras para tornar a vida de todos um inferno. Mas o que ninguém
sabe é que Ele tem uma filha que está decidida a ser mais bem sucedida do que
seu irmão, Jesus – libertar a humanidade do jugo de um Demiurgo através do
Novíssimo Testamento. Esse é o filme “O Novíssimo Testamento” (Le Tout Nouveau
Testament, 2015) do belga Jaco van Dormael, uma comédia de humor negro
blasfema, herética mas, principalmente, gnóstica: se soubéssemos o momento
exato da nossa morte, paradoxalmente viveríamos melhor a vida que nos resta, sem
o medo do caos e do aleatório que impedem o nosso livre-arbítrio. Para Van Domael, Deus não morreria, mas se tornaria inútil.
O que faria o leitor se soubesse o dia, a hora e o minuto exato da sua
morte? Continuaria levando a vida normalmente cumprindo seus deveres e
reponsabilidades à espera do fim? Ou mandaria tudo às favas e realizaria tudo
aquilo que seus deveres e responsabilidades não deixavam?
Mas quem enviou essa informação tão precisa e perturbadora? Uma pessoa
que teve acesso ao computador de Deus, roubou as informações e, por vingança, as enviou para todos os celulares do planeta via mensagem SMS.
sábado, dezembro 05, 2015
O sobrenatural pode ser digital?
sábado, dezembro 05, 2015
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Até aqui nos filmes de terror o Mal, fantasmas e maldições sempre se
espalharam principalmente por meio de linhas telefônicas, monitores de TV e
ondas de rádio. Isso sem falar das contaminações biológicas pelo sangue ou ar.
Ou seja, o Outro Mundo sempre nos alcança no mundo cinematográfico através das
tecnologias analógicas e meios físicos. O que dizer então de filmes recentes
onde o sobrenatural manifesta-se através das tecnologias digitais como Internet
e dispositivos móveis? É verossímil espíritos agirem através de sinais
fragmentados e binários? Se os fenômenos ocultos, mágicos ou espirituais
baseiam-se em um princípio de semelhança (o Outro Mundo precisa sempre de um
meio físico ou contínuo para estabelecer uma ponte com o mundo físico), seria
possível fantasmas ou forças espirituais manifestarem-se por meio das mídias digitais?
quarta-feira, outubro 28, 2015
Curta da Semana: "Rabbit" - Alquimia e a essência sombria dos contos de fadas
quarta-feira, outubro 28, 2015
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Um curta que é um prato cheio de alusões a mitos alquímicos e à essência
sombria dos contos de fadas originais, perdida desde as adaptações comerciais
da Disney: é o Curta da Semana do “Cinegnose” – “Rabbit” (2005) do animador
inglês Run Wrake. Um conto de fadas invertido onde as crianças tornam-se vilãs
em uma narrativa surreal onde os pequenos protagonistas descobrem uma
fantástica maneira de transformar moscas em joias – um homúnculo viciado em
geleia de ameixa vermelha.
sexta-feira, agosto 28, 2015
Por que Hollywood está interessada na mente humana?
sexta-feira, agosto 28, 2015
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Por que Hollywood anda tão interessada na mente humana? De filmes como
“Amnésia” (2000) até a atual animação da Pixar “Divertida Mente” (2015) é
recorrente o tema da possibilidade representação, mapeamento ou virtualização
da mente para que possamos melhor controlá-la ou aumentar suas potencialidades.
Sabendo-se que desde a II Guerra Mundial Hollywood tornou-se uma poderosa
ferramenta de repercussão das agendas políticas ou econômicas dos EUA, o que
representaria essa recorrência temática desse início do século? Esse foi o tema
desenvolvido por esse humilde blogueiro na CONACINE 2015, onde procurei expor
que nesse momento o cinema estaria repercutindo duas agendas: uma
“tecnognóstica” e a outra religiosa, cujo epicentro estaria no Vale do Silício: a propagação da “religião das máquinas”.
Por que o roteiristas e diretores do cinema andam tão interessados pelo
tema da mente humana? É visível a recorrência desse tema na cinematografia
desse início de século, desde Amnésia (2000), passando por Vanilla
Sky (2001) e Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (2004) até os
recentes Transcendence, Lucy e a animação da Pixar Divertida Mente.
Nesse conjunto de filmes está sempre presente a ambição pela
possibilidade de mapeamento, simulacão e controle da mente humana. Por que esse
tema é tão recorrente no cinema nesses últimos tempos?
domingo, maio 24, 2015
Parapolítica e subversão ocultista no filme "A Montanha Sagrada"
domingo, maio 24, 2015
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Em
1980 John Lennon concedeu entrevista à “Playboy” onde dizia que caíra fora dos
Beatles porque eles teriam sido criados por “craftsmen” (termo ambíguo que pode
designar tanto “artistas” ou “artesãos” quanto “iniciados ao ocultismo"). Sete
anos antes Lennon ajudou a financiar o filme “A Montanha Sagrada” (1973) do
chileno Alejandro Jodorowsky, sobre oito "craftsmen" (poderosos industriais e
políticos) que são iniciados por um alquimista na busca da verdadeira
fonte do Poder: a imortalidade e o aprimoramento espiritual. Verdadeiros magos
negros donos dos mercados de armas, moda, arte, brinquedos, drogas e sexo. Pretendem alcançar a chamada “montanha sagrada” em uma distante ilha. Jodorowsky buscou no filme uma
dupla subversão: denunciar a
dimensão parapolítica onde magos ocultistas formariam a elite mundial que
aplicaria sofisticadas técnicas psíquicas de controle social; e do outro
didaticamente mostrar para os espectadores os passos da iniciação ocultista que poderia
nos livrar das ilusões que nos prendem ao mundo material e ao julgo dessas
elites ocultistas.
Depois de conseguir a atenção do
público alternativo e das chamadas “sessões da meia-noite” em cinemas
underground de Nova York com o filme El
Topo (1970), o diretor chileno Alejandro Jodorowsky conseguiu o
suporte financeiro de John Lennon e Yoko Onno para o seu projeto espiritual
cinematográfico A Montanha Sagrada –
a princípio, um filme que continuaria a temática de El Topo, isto é, sobre purificação, a descoberta da Verdade por
trás das aparências do mundo (Maia) e, por fim, a constante busca pelo
aprimoramento espiritual.
quarta-feira, dezembro 03, 2014
O Inferno alquímico de Dante no filme "O Reflexo do Medo"
quarta-feira, dezembro 03, 2014
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Conhecida como "Cidade Luz", Paris também é escura e misteriosa: sob a cidade se estende uma vastíssima rede de mais de 300 quilômetros de túneis e labirintos. São as chamadas “catacumbas de Paris” ou “cidade dos mortos” onde jaz os restos de seis milhões de pessoas, além de vestígios de cultos celtas, franco-maçons, gravuras e sinais ritualísticos sagrados. Nessa atmosfera claustrofóbica e sombria se movem os arqueólogos urbanos do filme “O Reflexo do Medo” (As Above, So Below, 2014), misturando terror com thriller psicológico no estilo falso documentário ou “found footage”. Como informa o título original, a narrativa explora o princípio alquímico da Correspondência, repleto de referencias ao chamado esoterismo cristão presente na obra de Dante Alighieri “A Divina Comédia”, na qual o diretor John Erick Dowdle se inspirou para escrever o roteiro.
sexta-feira, outubro 31, 2014
Em "Amantes Eternos" a melancolia dos vampiros denuncia a decadência dos vivos
sexta-feira, outubro 31, 2014
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Conhecido pelos seus protagonistas que vivem sempre à margem da
sociedade, arrebatados pelo vazio existencial e, por isso, capazes de um olhar mais
crítico e verdadeiro, o diretor Jim Jarmusch (“Estranhos no Paraíso”, “Down By
Law”, “Dead Man”, “Flores Partidas”) agora acrescenta os vampiros a sua
galeria de anti-heróis. Em “Amantes Eternos” (Only Lovers Left Alive, 2013) Jarmusch questiona
como seria viver eternamente em um mundo de seres mortais. Como seres que atravessaram séculos por todas as cenas culturais, científicas e artísticas
poderiam viver num mundo que parece ter esquecido de tudo que de mais
importante a História ofereceu (como, por exemplo, o trágico destino das ideias do
cientista Nikola Tesla), e vê no You Tube a sua única fonte de cultura e
entretenimento. Ironicamente, para os
vampiros os mortais não passariam de “zumbis” – seres condenados
pela morte a recomeçarem sempre do zero do esquecimento.
Parecia que
o cinema já tinha mostrado tudo sobre os vampiros: seres da noite, mortos
vivos, encarnação do próprio Mal, seres dotados de perigoso poder de sedução,
amores platônicos entre vampiros e mortais, amaldiçoados com a imortalidade,
doentes contagiosos etc. Mas faltava um diretor como Jim Jarmusch para trazer
esse personagem para a sua galeria de anti-heróis underground, aqueles que
vivem à margem da sociedade e que, por isso, são capazes de um olhar crítico
para uma sociedade de resignados.
quarta-feira, setembro 17, 2014
A Química transforma-se em Alquimia na série "Breaking Bad"
quarta-feira, setembro 17, 2014
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Após cinco temporadas, a premiada série televisiva de dramas, crimes e thriller “Breaking Bad” (2008-2013) ingressou na lista de filmes de diversos gêneros que exploram simbologias alquímicas de transformação como “Blue Velvet” de David Lynch ou “Beleza Americana” de Sam Mendes. Narrativas que exploram as possibilidades de transformações íntimas em nossas vidas através de elementos que tradicionalmente tomamos como negativos: caos, trevas e morte. Um professor de Química confronta a morte, o câncer e um vida fracassada por meio de uma jornada radical de redenção no submundo do narcotráfico. A metanfetamina azul se transforma na série em simbologia alquímica ao mesmo tempo de redenção espiritual e destruição de um mundo de aparências. Por isso, “Breaking Bad” também foi um “experimento sociológico”, segundo seu criador Vince Gilligan.
Tecnologia do Blogger.