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sábado, março 30, 2024

Bach e o rock; Lula e Macron muito além da espuma midiática; golpe de 64 vira bomba semiótica; como mídia cria conteúdos para o Bozo


Enquanto Lula se casa com Emmanuel Macron e se divorcia de Nicolas Maduro entre bombas semióticas cruzadas, acontecerá a Live Cinegnose 360 #150 nesse domingo (31/03), às 18h, no YouTube e Facebook. Que começará com Johann Sebastian Bach: qual a conexão entre a música barroca do sec. XVIII e o rock’n roll do século XX? E logo depois dos infalíveis Comentários Aleatórios, vamos discutir os seguintes filmes: o premiado com um Oscar “Anatomia de uma Queda” (o drama hermenêutico e semiótico da incomunicabilidade) e “Questão de Tempo” (a viajar para o passado vira ferramenta para consertar o presente). Nos livros do humilde blogueiro, vamos explorar as conexões entre “tautismo” e ciências cognitivas. E na Crítica Midiática da semana: depois de Israel, grande mídia inventa mais uma crise diplomática com Venezuela; Lula e Macron: para além da espuma midiática; flagrantes de como o jornalismo corporativo cria conteúdos para redes bolsonaristas; mídia cria a bomba semiótica do Golpe de 1964... com ajuda do DataFolha; interlúdio teórico: Teoria do Two Step Flow, Contínuo Midiático Atmosférico e práxis política; Tarcísio de Freitas, Operação Escudo e dissonância cognitiva: a morte da mãe de seis filhos; ex-ministra de Israel explica modus operandi do truque sionista... e outras bombinhas semióticas! Venha também conspirar!

sexta-feira, fevereiro 23, 2024

Tautismo e viralatismo: como dar pernas à não-notícia do "Holocausto"



A última vez foi quando o então presidente Obama humilhou a repórter Globo News, Sandra Coutinho, em uma coletiva para imprensa, em 2015, na Casa Branca ao desmenti-la quando tentou colocar uma opinião da Globo na boca dele. E agora, o drible humilhante que o secretário de Estado Antony Blinken deu na correspondente em Washington, Raquel Krähenbühl, tentando dar pernas à não-notícia da palavra que Lula jamais disse: “Holocausto”. Mais uma vez a emissora submete jornalistas ao vexame, revelando o seu tautismo (tautologia + autismo midiático) e viralatismo crônicos. Tautista, não entende que Globo é uma emissora do quintal geopolítico dos EUA. E que sua única função é o de caixa de ressonância da extrema-direita: se limitar a repercutir postagens de Netanyahu e Israel Katz para tentar das pernas à não notícia, pelos menos até à manifestação convocada pelo inelegível e sem cargo Bolsonaro.

terça-feira, fevereiro 20, 2024

Não-acontecimento crise Brasil-Israel: viralatismo e tautismo; Fetiche por Israel: Teologia do Domínio; PCC? Vai sobrar para Xandão?


Auschwitz ou Gaza? Holocausto ou extermínio? Guerra ou genocídio? O jornalismo corporativo se atira no tautismo das nuances retóricas. E a Live Extra Cinegnose 360 #38 vai explicar, nessa quarta-feira (21/02), às 18h, no YouTube e Facebook. Depois dos vibrantes e vertiginosos Comentários Aleatórios, a Crítica Midiática do meio da semana: como se fabrica um não-acontecimento: viralatismo e tautismo midiático na “crise” diplomática entre Brasil e Israel; Porque Netanyahu e Israel são o Plano B da grande mídia; “Teologia do Domínio” por trás do fetiche da extrema-direita por Israel; na Rússia, Anti-Spiegel começa contagem regressiva para impeachment de Lula; Netanyahu derrubará Joe Biden? Outrora ocultados, agora PCC e CV escalam as manchetes da mídia: vai sobrar para o “Xandão”? A PL das “saidinhas”: como mídia fabrica crises para ajudar seu Plano B: a extrema-direita. Essas e outras bombas semióticas nessa quarta! 

quinta-feira, fevereiro 01, 2024

Mídia no modo Alarme: pesquisa tautista dá folego ao lavajatismo



O jornalismo corporativo bate bumbo sobre o relatório “Índice da Percepção da Corrupção” da pouco transparente ONG Transparência Internacional – de relações promíscuas passadas com a Operação Lava Jato. Segundo a pesquisa, o Brasil caiu dois pontos no primeiro ano do governo Lula. É a grande mídia de volta ao modo alarme com a pauta da corrupção. Enquanto Moro é sacrificado como um anti-herói que, em seu último ato, deve morrer para salvar o seu legado: o lavajatismo. Por enquanto, corrupção ainda é vista como ameaça futura. A pedra angular da pesquisa é o conceito de “percepção”, confundida com “opinião”.  A questão é que a percepção não é um juízo pessoal, mas uma “ignorância pluralista” moldada pela consonância, acumulação e onipresença da pauta midiática.  Por isso, o índice da pesquisa é “tautista” (tautologia + autismo midiático): reflete apenas o ecossistema midiático - espelha o modus operandi da grande mídia na guerra híbrida.

quarta-feira, dezembro 21, 2022

Filme 'France': quando o jornalista vira o protagonista da notícia


“France” (2021, disponível na HBO Max), do cineasta francês Bruno Dumont, foi recebido com um coral de vaias no Festival de Cannes no ano passado. Parece que a plateia formada principalmente pela imprensa especializada não recebeu muito bem a sátira de um cineasta sobre fama e celebridade no jornalismo – jornalistas não costumam receber muito bem críticas de alguém que não pertença ao próprio campo jornalístico. O filme acompanha uma jornalista-celebridade chamada France de Meurs e o fenômeno tautista em que jornalistas deixam de ser testemunhas da história para se transformarem em protagonistas da própria notícia. Regularmente abordada nas ruas para selfies e autógrafos, France parece confortável no interior de uma bolha tautista social/profissional protetora. Até o sentimento de alienação e depressão assombrá-la depois de atropelar um motoboy e começar a colocar em xeque sua profissão. Mas como encontrar a realidade para além do estúdio e da ilha de edição?

terça-feira, novembro 22, 2022

Filme 'Cadáver': luzes, câmera... e Inteligência Artificial!


Todos conhecem o papel da Inteligência Artificial (“machine learning”) de plataformas como Netflix que “aprende” com as escolhas e comportamento do usuário, customizando sua “experiência”. Mas hoje a IA faz mais do que isso: analisa e prevê as avaliações dos filmes, interferindo nos estágios iniciais da fase da produção criativa, ajudando decisivamente na produção de roteiros. Economizando tempo e dinheiro. Reversibilidade irônica: uma plataforma de comunicação que não mais comunica. Apenas sinaliza e informa, retroalimentando o repertório do usuário. Um exemplo é o filme de terror norueguês “Cadáver” (Kadaver, 2020): num mundo pós-apocalíptico, uma peça de teatro num hotel com jantar incluído atrai uma multidão faminta. Que descobrirá da pior maneira possível que o preço do ingresso é uma cilada mortal. Um pastiche de “tropos” do gênero que torna tudo previsível e inverossímil – feedback tautista. Porém, para usuários que conheceram o cinema a partir do streaming, essa incomunicabilidade talvez não seja perceptível.

sexta-feira, setembro 30, 2022

Debate da Globo tenta abduzir Lula e dar pernas à terceira via para forçar segundo turno


Não é por menos que sempre o último debate antes da eleição ocorre na maior emissora do País, a Globo – emissora com maior audiência, é sempre a janela de oportunidade para a “bala de prata”: a criação de um acontecimento que controle o cenário eleitoral, seja com um freio ou um contrapeso. Pela primeira vez a “Terceira Via” atuou em casa, ou seja, na emissora que a criou e deu pernas. Para gerar o contrapeso que impeça a vitória de Lula no primeiro turno. Aquilo que foi esboçado no debate da Band, na Globo foi colocado exponencialmente em prática: abduzir Lula para o ciclo vicioso de ataques e pedidos de resposta, enquanto Tebet, Soraya e D’Ávila olhavam para a câmera, balançando a cabeça e se queixando da “polarização” que impede “propostas”. Além do chefe do Executivo poder contar com um alter ego, o simulacro de padre chamado “Kelmon”, fazendo o trabalho “hard” para Bolsonaro poder falar mais mansinho. Para a Globo, ficou um farto material para uma possível edição “matadora” às vésperas da eleição.

quinta-feira, agosto 11, 2022

A patafísica da inteligência artificial em 'Dark Cloud'


Nada de bom pode vir de uma inteligência artificial. Pelo menos no cinema, desde que HAL 9000 decidiu matar a tripulação de uma nave no clássico “2001” de Kubrick. À primeira vista, um filme com o título “Dark Cloud” (2022), sobre uma paciente num tratamento terapêutico pioneiro em uma casa remota totalmente controlada por uma IA, já sugere ao espectador que as coisas também não vão acabar muito bem. Porém, “Dark Cloud” vai muito além do confronto máquina versus humanidade. Se no passado a IA tentava emular a inteligência humana revelando ser maligna pelo fato de não possuir alma, no pós-humanismo o Mal é de natureza “patafísica”: justamente por ser tão complexa, eficiente e precisa, ironicamente uma IA pode se voltar contra a própria finalidade para a qual foi construída – a Teoria dos Sistemas de Varela e Luhumann e o Teorema da Incompletude de Gödel talvez expliquem essa cilada lógica de todo sistema tecnológico.

sábado, julho 30, 2022

Domingo com The Residents, um dicionário de clichês midiáticos e a pedagogia do medo da psyOp militar


Um domingo com mais Live Cinegnose 360, na edição 66, às 18h, no YouTube. Depois dos comentários aleatórios, a sessão híbrida dos Vinis/CDs do humilde blogueiro com a Teoria da Obscuridade do “The Residents”: a banda mais misteriosa do rock. Em seguida vamos discutir o afrofuturismo angolano do filme “Ar Condicionado” (memórias, perdas e condicionadores de ar) e o filme polonês “Sweat” (a ascese solitária dos influenciadores digitais). E vamos fazer também um pequeno dicionário dos eufemismos e clichês linguísticos da grande mídia. Crítica midiática da semana: o tautismo da sabatina dos candidatos a presidência da Globonews; o que o secretário da Defesa dos EUA veio fazer no Brasil? A “Carta em Defesa da Democracia” como efeito da psyOp militar da “pedagogia do medo”; Profecia autorrealizável nos números da pesquisa DataFolha? Tudo isso nesse domingo com o humilde blogueiro para animar o final de domingo.

sexta-feira, junho 10, 2022

Por que transtornos mentais são aderentes à extrema-direita?

  


Do nada, uma senhora começou fazer ofensas racistas contra uma família negra que entrou em um vagão do metrô em Belo Horizonte. Foi repercutido pela grande mídia e redes sociais como mais um caso de uma escalada de racismo, intolerância e ódio no País. Visivelmente os ataques partiram de uma pessoa que sofria de transtornos mentais. Esse não é um caso isolado: por que, na sua esmagadora maioria dos casos, os transtornos mentais se expressam através de significantes de extrema-direita? Por que o ódio, intolerância, racismo, preconceito, estereotipagem do outro etc. são signos aderentes aos transtornos psíquicos? Alguém já viu um psicótico tendo surtos “esquerdistas” de intolerância contra a classe dominante? Há uma farta bibliografia sobre pesquisas que conectam transtornos mentais com extremismo de direita. As mais recentes são sobre a hipótese da “cognição socialmente motivada” – quando casos como esse criam visibilidade midiática cria-se um paradoxal “efeito copycat”: o efeito de imitação como feedback, matéria prima psíquica da cismogênese da guerra híbrida.

sexta-feira, abril 22, 2022

Presunção da catástrofe da mídia cria arma geopolítica da mitologia da mudança climática


Fez 30 graus na Antártida! Por incrível que pareça foi isso que alguns telejornais (desses que transformam notícias em infotenimento) acabaram induzindo o distinto público a acreditar a respeito de “onda calor inédita” reportada por uma base francesa no continente gelado. É a presunção da catástrofe, construção semiótica operada pela mitologia das “mudanças climáticas” – depois da urgência biológica da pandemia, agora a grande mídia volta para a urgência climática. Uma operação semiótica de despolitização ao reduzir a questão ecológica ao “meio ambiente”, deixando de lado o fator socioeconômico. A mitologia das mudanças climáticas se transforma em chantagem ambiental na grande mídia: a substituição da matriz do combustível fóssil pela “energia limpa” (eólica, solar) além de igualmente destruir o meio ambiente, atende principalmente objetivos geopolíticos: transformar os países outrora chamados de “emergentes” em novas neocolônias high tech.

sexta-feira, março 25, 2022

Um mês de cobertura da guerra na Ucrânia revela clichês e mascara "video news releases"


A cobertura midiática da guerra na Ucrânia completou um mês e já demonstra as mazelas de todas as coberturas extensivas, de Olimpíadas a conflitos como esse no Leste europeu: a obrigação de cumprir o mesmo script por um tempo tão longo expõe a recorrência de clichês e contradições retóricas e das condições em que os fatos são reportados: a retórica da “guerra de narrativas”; civis mortos vs. apologia à resistência civil; o silencioso mascaramento da utilização de vídeo news releases nos telejornais; hipernormalização da tragédia com o pianista ou violinista mais próximo; a avaliação “sobrenatural” do poderio militar russo vs. fracasso militar russo; a retórica metonímica da “guerra nuclear” etc. Porém, o maniqueísmo midiático não faz a pergunta principal: quem ganha com a guerra? O jornalismo corporativo quer ocultar que tanto Biden como Putin ganham, dentro da atual agenda do Grande Reset Global.

terça-feira, março 15, 2022

Em 'The Seed' o horror cósmico invade a bolha virtual dos influenciadores digitais


Se em “Não Olhe Para Cima” a humanidade, fechada nas bolhas virtuais das mídias sociais, ficava indiferente a um asteroide em rota de colisão com a Terra, no terror sci-fi “The Seed” (2021) influenciadoras digitais veem num alien que cai do céu apenas um conteúdo para aumentar engajamento e monetização nas redes sociais. Três amigas vão passar o final de semana regado a bebidas e drogas em um rancho no meio do deserto do Mojave para assistir a uma rara chuva de meteoros. Mas o que até então era uma comédia de terror leve sobre adolescentes ricas e insípidas em férias de verão, de repente se transforma em uma mistura de alucinação alienígena erótica e horror corporal ao melhor estilo do horror cósmico do escritor gótico norte-americano HP Lovecraft. 

domingo, fevereiro 20, 2022

Live desse domingo: The Cure: melancolia e revolta na cultura pop; Bigbug e IA; a canastríssima crise OTAN-Rússia


E continua a crônica desses tempos distópicos. Mais uma Live Cinegnose 360 nesse domingo, edição #43, às 18h, no YouTube. Diretamente do sótão desse humilde blogueiro, os vinis da banda The Cure: Charles Baudelaire de calças de couro – a recorrente revolta e melancolia na cultura pop. Em seguida, precisamos falar do filme brasileiro “A Nuvem Rosa”: profecia ou espírito do tempo? Para depois, discutirmos o filme francês “BigBug”: Inteligência Artificial e o rebaixamento do conceito de “inteligência”. Essa discussão se conectará com o documentário de Adam Curtis “HyperNormalisation” – como a ficção contaminou a política ou como as IAs nos fizeram viver em bolhas virtuais. Midiacentrismo e tautismo na cobertura midiática do encontro Bolsonaro-Putin e na crise Russia vs. OTAN. A crítica midiática da semana... venha participar da Live Cinegnose 360! 

sexta-feira, fevereiro 18, 2022

Midiacentrismo da cobertura Bolsonaro-Putin oculta digitais do hackeamento eleitoral do PMiG



O jornalismo corporativo é midiacêntrico e tautista: os fatos só acontecem para serem transmitidos e noticiados, numa espécie de auto lisonja do jornalismo corporativo. Disso decorre uma perigosa ingenuidade: acreditam que a verdade só pode estar no próprio fato que noticiam. Ignoram que muitas vezes os acontecimentos são diversionistas (simulações, não-acontecimentos, factoides etc.) para desviar a atenção de todos da verdadeira cena. A escalada da crise Rússia-OTAN-EUA e a visita de Bolsonaro ao líder russo Putin revelou tudo isso: como jornalistas e “colonistas” são capazes de acreditar em qualquer coisa. Até em canastrices. Dia da invasão na Ucrânia com data marcada? Uma operação de hackeamento russo das eleições brasileiras feito às vistas da imprensa num encontro oficial de presidentes? Como sempre, a operação psicológica da dobradinha PMiG (Partido Militar Golpista) e mídia corporativa (no modo Alarme!). Para ocultar as digitais que comprovariam que o PMiG já deu um golpe híbrido (por isso, a mídia não viu) e que as eleições já foram hackeadas, desde 2018 – mesmo com as “pontes” construídas entre militares e civis no STF e TSE para “as instituições funcionarem”...

quinta-feira, fevereiro 10, 2022

Pais tautistas e crianças entre o espectro autista e a paranormalidade no filme 'The Innocents'


Pais tautistas e crianças autistas e paranormais. De um lado, pais tão absorvidos pelos seus problemas cotidianos que abdicaram do papel de transmissores de sabedoria e conhecimento. E do outro, filhos entre o autismo e poderes paranormais – na verdade, a metáfora do hiato geracional: sem conseguirem entender o mundo adulto, estendem a visão mágica e animista da primeira infância, numa espécie de infância estendida. O filme nórdico “The Innocents” (“De Uskyldige”, 2021) é um terror atmosférico e silencioso no qual deixa para trás toda a visão nostálgica adulta de uma suposta inocência infantil. Em um conjunto de apartamentos popular, crianças passam suas férias de verão descobrindo seus poderes telepáticos e telecinéticos, enquanto os pais estão alheios a tudo. Paradoxalmente a filha de espectro autista é a única que interage nessa rede psíquica, pressentindo uma ameaça entre as crianças.

terça-feira, dezembro 28, 2021

O irônico destino media life do filme 'Não Olhe para Cima'


O diretor e roteirista Adam MacKay é considerado o “profeta da raiva”: seu tema preferido é sobre pessoas que parecem estar anestesiadas ou indiferentes a catástrofes que se aproximam, como nos filmes “A Grande Aposta” e a série “Sucession”. A corrosiva sátira de “Não Olhe para Cima” (2021) retorna ao tema: um grande cometa destruidor de planetas aproximando-se da Terra é descoberto acidentalmente por uma dupla de astrônomos que, desesperados, procuram a presidenta e a mídia para alertar o mundo. Mas tudo que encontram é “media life”: um mundo tautista tão absorvido pela mídias que a realidade exterior evaporou, filtrada por memes, polarizações e lacrações que produziram a pós-verdade e a derrota da verdade científica no mar turbulento de vieses e opiniões. Ironicamente, os protagonistas do filme viraram memes também na não-ficção – as redes sociais veem neles representações de Bolsonaro, Carluxo e demais personagens da nossa tragédia política negacionista. Porém, não foram Trump, Steve Bannon, Bolsonaro e Olavo de Carvalho que criaram a pós-verdade. Foi a cibercultura originada nas tecnologias de convergência, o verdadeiro objeto da crítica de Adam MacKay. Esses personagens da extrema-direita alt-right apenas se aproveitaram desse contexto tecnológico para criarem as fake news.

sexta-feira, dezembro 24, 2021

Vitória de Boric, jantar Lula-Alckmin, fundo eleitoral: eventos sincrônicos da despolitização


Lula e Alckmin se reúnem em jantar de fim de ano do Grupo Prerrogativas em São Paulo; o ex-líder estudantil Gabriel Boric vence eleições no Chile, dois anos depois da onda de protestos que varreu o país e abriu as portas para uma nova Constituição; sob escândalo moralista da grande mídia, Congresso aprova o bilionário Fundo Eleitoral. Esses três eventos dessa semana podem estar distantes no tempo ou no espaço. Mas são significativamente sincrônicos: a vitória de Boric no Chile é o contraste com o desenrolar dos efeitos da guerra híbrida no Brasil - judicialização e despolitização do sistema partidário com a crise da representação política e a emergência dos “partidos-Estado” mantidos por fundões partidários e eleitorais. Desconectados da sociedade que, bestificada, assiste às “concertações” e “freios de arrumação”.  Enquanto isso, a estratégia comunicacional vitoriosa de Boric no segundo turno “Un millón de puertas” ecoa divisores de água da história das teorias de comunicação... algo fora dos propósitos dos partidos-Estado brasileiros.

terça-feira, setembro 21, 2021

Por que jornalismo corporativo está tão incomodado com documentário 'Bolsonaro e Adélio'?



Nesse momento, o jornalismo corporativo reage com o fígado (e com muitas falácias lógicas e adjetivos) contra o documentário “Bolsonaro e Adélio: uma fakeada no coração do Brasil”. Até o deputado arrependido, Alexandre Frota, ganhou manchetes com o seu pedido de “CPI da Facada” sob o impacto do documentário nas redes – mesmo bolsonarista arrependido, Frota continua útil na guerra criptografada de informações alt-right, ao contaminar uma CPI com sua “credibilidade”. Para além da estratégia morde-assopra da grande mídia (no fundo, Bolsonaro ainda é a sua única “esperança branca” neoliberal), há algo mais profundo: um misto de inveja e pânico ao ver um didático exemplo de jornalismo investigativo, há muito convenientemente esquecido pelos veículos corporativos de imprensa – um tipo de jornalismo preguiçoso que confunde “investigação” com “checagem” ou “apuração”, prática de um jornalismo que trabalha unicamente sentado.

segunda-feira, setembro 06, 2021

Bomba semiótica da Anvisa é o 'esquenta' para o 7 de setembro



Pelas telas da TVs, assistimos neste domingo ao vivo à detonação de mais uma bomba semiótica na guerra híbrida de comunicação: a bomba semiótica da Anvisa. Uma frenética “Health Authority” (como estampava o colete de campanha do agente) invadiu o campo do jogo Brasil e Argentina, decidido a retirar quatro jogadores argentinos por desrespeito a uma portaria sanitária interministerial. Bomba que começou a ser armada furtivamente pela Polícia Federal ao deixar os jogadores entrarem no País, para todas as decisões sanitárias serem propositalmente adiadas, preparando a explosão semiótica ao vivo com grande audiência. Mais um “apito de cachorro” para assanhar as manifestações prometidas para o 7 de setembro. Show de meganhagem e justiçamento para despertar a narrativa lavajatista da grande mídia: “algemas neles”... “a lei é para todos”, gritaram alguns notórios na grande mídia. Estratégia semiótica com as digitais da comunicação alt-right: polissemia, novidade, efemeridade, movimento e imprevisibilidade.

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