domingo, setembro 18, 2022

Live Cinegnose: Mamonas Assassinas e o Plano Real, como combater fake news e crítica midiática da semana

Depois de uma semana inteira de propaganda política e bombas semióticas explodindo por aí, venha fazer um detox mental na Live Cinegnose 360 #73, nesse domingo (18/09), às 18h, no YouTube. Nesse domingo, mais uma sessão híbrida vinil/CD com o fenômeno brasileiro “Mamonas Assassinas”: a Teoria da Classe Ociosa de Thorstein Veblen e a MPB no auge do Plano Real. Vamos também discutir os filmes “A Garota Ideal” (Pets, boneca sexual inflável e multidão solitária) e “O Preço do Amanhã” (controle do Tempo é poder). Depois, vamos terminar a série sobre a classe média, estudando o seu papel na guerra híbrida brasileira. Na crítica midiática: a inutilidade do combate contra fake news ao confundir informação e comunicação; Por que as pesquisas eleitorais...

sábado, setembro 17, 2022

Mito da informação e fake news: como grande mídia confunde comunicação com informação

Agências de checagem, projetos de educação midiática em escolas públicas da periferia e nos grupos de WhatsApp, além da cada vez maior judicialização da política. Tudo apoiado pela grande mídia que acredita que o único antídoto para fake news é a informação. Pudera! É o produto que ela vende. E seu marketing é o mito da informação: a ingênua crença propagada para o distinto público de que a informação verdadeira é a única forma para combater a mentira. Do ponto de vista da ciência da Comunicação é um esforço inútil, porque há um mal-entendido conceitual: confundir os conceitos de sinalização, informação e comunicação. Fake news são fenômenos comunicacionais, enquanto as metodologias de checagem e apuração estão no campo da informação....

quinta-feira, setembro 15, 2022

'O Preço do Amanhã': a imortalidade de poucos implica na mortalidade de muitos

Sempre ouvimos falar que Tempo é dinheiro. Com a financeirização do capital e a crescente utilização do dinheiro eletrônico e digital no lugar do papel-moeda, esse provérbio torna-se cada vez mais metafórico: não se trata mais tanto de dinheiro, mas da logística do Tempo – quanto mais rápido, maior oportunidade de lucros no cassino global em que se transformou o Capitalismo. Mas ainda temos que manipular signos do dinheiro (títulos, ações etc.). Mas, e se o próprio Tempo em si virar uma moeda acumulável e estocável? Esse é o intrigante argumento de “O Preço do Amanhã” (In Time, 2011), num futuro em que a imortalidade de poucos implica na mortalidade de muitos: uma elite consegue estocar séculos de Tempo, tornando-se virtualmente imortal, enquanto...

quarta-feira, setembro 14, 2022

Boneca sexual, multidão solitária e alienação no filme 'A Garota Ideal'

Um filme que tinha tudo para dar errado pelo seu argumento: um homem solitário, incapaz de se relacionar com a própria família e conhecidos no trabalho, compra através da Internet uma boneca sexual de látex em tamanho natural. Ela se chama Bianca e, orgulhoso, apresenta a todos como sua “namorada”. O que poderia virar um conjunto de piadas grosseiras se transformou em um filme inteligente, reflexivo e tocante. Ele usa Bianca como uma espécie de alter-ego terapêutico para seus traumas familiares e uma forma de conseguir aprovação social.  O filme “A Garota Ideal” (“Lars and the Real Girl”, 2007) expressa o fenômeno psicológico comum numa sociedade de multidões solitárias: de animais de estimação aos gadgets promovidos pela sociedade...

sábado, setembro 10, 2022

Detox do domingo: Jungle Music, o gnóstico 'Liquid Sky', o gato no telhado do Brasil e pânico semiótico da mídia

Depois do Sete de Setembro, nada melhor do que fazer um detox na Live Cinegnose 360 #72, nesse domingo (11/09), às 18h, no YouTube. Para esquentar, uma seção híbrida CD/vinil com jungle music de Shy-FX e Uk Apache: luta de classes, racismo e gentrificação musical. Depois, vamos discutir os filmes “O Grande Hotel Budapeste” (o estranho imaginário dos hotéis no cinema) e “Liquid Sky” (mitologia gnóstica pop de sexo, drogas e euforia). Em seguida, vamos continuar dissecando o imaginário da classe média, agora no cinema e audiovisual. Na crítica midiática da semana, filme “No” e a derrota da esquerda no plebiscito chileno: o gato subiu no telhado? O Sete de Setembro e a estratégia de apropriação semiótica alt-right; a morte da Rainha Elizabeth...

Morte da rainha evita pânico semiótico do jornalismo corporativo

“Saída pela direita!”, dizia o Leão da Montanha naquele velho desenho animado da Hanna-Barbera. Parece que o espírito do felino animado possuiu o jornalismo corporativo que viu na morte da Rainha Elizabeth II a saída mais rápida do pânico semiótico após o Sete de Setembro protagonizado por Bolsonaro: o forçoso desgaste do malabarismo semiótico que teria que despender - como normalizar, neutralizar e diluir os crimes eleitorais em série que o chefe do Executivo cometeu no suposto desfile cívico militar? Como, mais uma vez, executar o script da normalidade e dizer que “as instituições estão funcionando”? Saindo rapidamente pela direita, jornalistas e “colonistas” mergulharam no infotenimento + viralatismo para deixar tudo esfriar. Porém, criou...

sexta-feira, setembro 09, 2022

'O Grande Hotel Budapeste': lapsos de civilização no matadouro que conhecemos como humanidade

No cinema, o imaginário em tornos dos hotéis os torna intrinsecamente estranhos. De Norman Bates em “Psicose” a Jack Torrance de “O Iluminado”, esse imaginário parece traduzir uma ambiguidade desse serviço entre o turismo e os negócios: são lugares transitórios, mas também um lugar que, por um tempo, podemos chamar de lar. Wes Anderson brinca com esse imaginário em “O Grande Hotel Budapeste” (2014): um hotel decrépito entre as montanhas, mas que teve seus tempos aristocráticos de opulência. Com sua linguagem irônica e cenas densamente compostas, com aventuras que mais lembram as HQs de “Tintim”, Wes Anderson nos conta um tema sério e sombrio: como a guerra total nazista destruiu uma bela e frágil civilização da Europa Central, trazendo uma...

quarta-feira, setembro 07, 2022

Filme 'No' e derrota da esquerda no plebiscito chileno: será que o gato subiu no telhado?

A direita ganhou no plebiscito que recusou a nova constituição para o Chile. Quer entender o porquê? Então assista ou reveja o filme “No” (2012) – indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2013. Um filme sobre outro plebiscito chileno, trinta e quatro anos atrás, no qual o país decidiria se o General Augusto Pinochet permaneceria mais nove anos no poder, estendendo a ditadura militar. Um filme sobre a campanha de propaganda do “Não” que enfrentou vitoriosamente a campanha de desinformação do “Sim”, mostrando que o “hype” das fake news não é nenhuma novidade. Porém, o que torna as estratégias nas redes digitais mais letais do que a propaganda política do passado é sua contaminação semiótica de natureza metonímica, exponencial, em tempo...

segunda-feira, setembro 05, 2022

O lado oculto do universo de Sandman, por Andreas Dao

"Sandman", a aclamada obra-prima em quadrinhos do genial escritor e roteirista Neil Gaiman, finalmente ganhou sua versão live action pela plataforma de streaming Netflix. Como admirador da obra me sinto honrado em poder escrever este artigo para os leitores do blog Cinegnose! Nas próximas linhas vamos entrar no universo de Sandman, analisando alguns aspectos ocultos da obra num contexto não linear, abrangendo diferentes campos do saber (Xamanismo, Hinduísmo, Budismo, Cabala, Psicanálise etc.) e como não poderia deixar de ser, o tema principal serão os sonh...

sábado, setembro 03, 2022

No discurso midiático da polarização, a vítima também é culpada por "polarizar"

Diante da adversidade de ver Lula livre dos cárceres da PF de Curitiba, a grande mídia rapidamente buscou uma mais-valia semiótica: criou o discurso da “polarização” – Lula livre faria crescer a “radicalização”, atrapalhando as “reformas” que fariam a economia “crescer”. O discurso da polarização criou toda a mitologia da “terceira via”: o bom-senso, o nem-nem, e toda uma associação de ideias que desmoraliza a política e a militância, enaltecendo o “suprapartidário” e o “ativismo social”. Nesse ano eleitoral, o discurso da polarização ganha novos sentidos estratégicos: empoderar a terceira via para forçar um segundo turno (no qual o consórcio PMiG e grande mídia apontarão seus tradicionais canhões semióticos) e reforçar a pedagogia do medo...

Venha polarizar no domingo! Banda 801, fantasmas da classe média, mídia ataca com 'nem-nem', um Taxi Driver na Argentina?

Para a grande mídia, “polarização” é a raiz de todos os males. Mas nesse domingo (04/09), às 18h, no YouTube, a Live Cinegnose 360, na edição #71, vai polarizar. Depois dos comentários aleatórios, na sessão dos vinis do humilde blogueiro, vamos falar de um obscuro experimento musical dos anos 1970: a banda 801 – banda-conceito e psico-história. Depois, vamos discutir os filmes “Não! Não Olhe!” (a monetização do horror cósmico) e “Freeway” (Chapeuzinho Vermelho nos anos 1990 se reencontra com suas origens). Em seguida, vamos fazer um inventário dos fantasmas e do imaginário da classe média como paiol da guerra híbrida. E na crítica midiática da semana: uma análise semiótica do debate na Band; a crítica da polarização e a mitologia midiática...

sexta-feira, setembro 02, 2022

'Freeway': Chapeuzinho Vermelho cai nos anos 1990. E descobre que os lobos são mais malvados

Desde que o conto de Chapeuzinho Vermelho chegou na Europa em 1697, passou por um longo processo de depuração. Até os Irmãos Grimm tirarem todo o sangue e canibalismo da versão original. E Disney transformar em entretenimento moral. Porém, na década de 1990 Chapeuzinho descobriu que os lobos são maiores e mais malvados. Lenhadores não irão salvá-la e a heroína precisará de muito mais recursos. Essa é a premissa do filme “Freeway – Sem Saída” (1996) um filme que, à época, passou sem o devido impacto. Porém, envelheceu bem, virando um cult. Principalmente pela performance selvagem de Reese Witherspoon e Kiefer Sutherland. Uma “white crap” foge dos pais delinquentes e da assistente social e viaja para a casa da avó. Mas no caminho, está a sua...

quarta-feira, agosto 31, 2022

'Não! Não Olhe!': resta algo na galáxia que não possa ser explorado como entretenimento?

Em “Não! Não Olhe!” (Nope, 2022) Jordan Peele abandona o terror racial de “Corra” e “Nós” para ingressar no terreno híbrido sci-fi, terror e muita metalinguagem e alusões ao cinema e cultura pop. Aproximando-se da crítica social de “Não Olhe Para Cima”. Algo ameaçador está vindo do céu sobre um rancho que fornece cavalos para produções de cinema e TV. A primeira reação dos protagonistas não é a de lidar com o horror cósmico, mas encontrar uma maneira de monetizar o estranho fenômeno. Numa cultura na qual Tik Tok, YouTube e canais de notícias 24 horas subliminarmente oferecem diante dos nossos olhos a promessa de fama da noite para o dia, como seria possível a expressão do horror cósmico com toda a sua intensidade numa cultura com...

segunda-feira, agosto 29, 2022

Terceira Via, "botão eject" e mais-valia semiótica no debate da Band

Para a grande mídia a senadora Simone Tebet foi a vencedora. Lula teve um “apagão”. E Bolsonaro fez um “ataque misógino”, ironicamente contra um notório desafeto de Lula, a jornalista Vera Magalhães. Somada à mais-valia semiótica de um estúdio que parecia alguma coisa entre o filme Tron e o Metaverso de Mark Zuckerberg, a fórmula de debate engessada, fragmentada e um intervalo publicitário ideologicamente maroto, o script era esse: Lula e Bolsonaro, os dois lados da mesma velha moeda, contra uma “Terceira Via” tão “moderna” quanto o cenário: digital e empreendedora. Lula não caiu na armadilha e ficou na retranca. Enquanto Bolsonaro conseguiu o que pretendia: criar um escândalo no campo simbólico em que fica mais confortável e engaja a base...

domingo, agosto 28, 2022

Cat Stevens, modernidade líquida, viagem no tempo, nas entrelinhas das entrevistas do JN. É a Live de domingo

Tão espantado quanto o Kevin de “Esqueceram de Mim”, esse humilde blogueiro descobre que a Live cinegnose 360 chega na edição #70, nesse domingo (28/08), às 18h, no YouTube... E resistindo a todas as distopias. Depois dos comentários aleatórios, vamos abrir com os vinis de Cat Stevens e sua conversão ao Islamismo: a felicidade de estar triste. E também os filmes “Men” (a masculinidade tóxica na modernidade líquida) e “Efeito Flashback” (a angústia da geração millennial e a necessidade de filmes sobre viagem no tempo). E depois a derradeira edição do Pequeno Dicionário dos Eufemismos e Clichês Linguísticos da Grande Mídia. E a crítica midiática da semana: flagrante de manipulação da mídia OTAN na Ucrânia; Putin espera o “General Inverno” entrar...

sábado, agosto 27, 2022

Entrevista de Lula no JN: Globo subliminarmente prepara o front 'se ganhar, não vai governar'

Lula foi impecável e vibrante. Mas para aqueles que ainda lembram do jornalismo de guerra da Globo, com seus “colonistas” e âncoras no modo “pitbull hidrófobo espumando de raiva” foi surpreendente o comportamento de Bonner e Renata Vasconcellos: uma espécie de fastio ou previsibilidade nas perguntas, como se estivessem fazendo um condensado ou “digest” de todos os clichês dos anos de guerra híbrida: corrupção, MST, Venezuela, Cuba... Na verdade, diante da ascensão irresistível de Lula, a Globo desistiu de confrontá-lo. A entrevista parece que serviu para um outro propósito subliminar: o reforço de pressupostos que servirão de munição para um hipotético segundo turno e além: “foi inocentado, mas não é inocente”; o presidencialismo de coalizão...

sexta-feira, agosto 26, 2022

Viagem no tempo e a angústia dos millennials no filme 'Efeito Flashback'

A Relatividade e a mecânica quântica alteraram radical nossa percepção tempo-espaço, ao ponto do tema da viagem no tempo se tornar um tema recorrente – o fascínio da “segunda chance” em que o passado poderia ser alterado. Mas nada como nesse século, em que o boom de produções sobre o tema reflete a angústia existencial da geração millennial: a angústia do crescimento, maturidade e a necessidade de fazer escolhas. “Efeito Flashback” (2020) é um bom exemplo: um jovem analista de informações que renunciou ao desejo de se tornar um artista visual encontra casualmente um antigo amigo do ensino médio. Um encontro que traz do passado memórias esquecidas que retornam como um flashback. Na verdade, o efeito de uma droga misteriosa da época que...

quinta-feira, agosto 25, 2022

A masculinidade tóxica e líquida no filme 'Men'

Tradicionalmente inspirada na matriz freudiana do Édipo (inocência, culpa etc.), o gênero do terror nesse século está mexendo em um novo lugar nos porões do inconsciente: a má consciência. Como mostra, por exemplo, o terror racial de Jordan Peele. “Men” (2022), de Alex Garland, dessa vez ingressa no terror de gênero: um conto de fadas sombrio no qual a masculinidade tóxica assume uma forma mutante, informe, amoral numa ordem patriarcal que se tornou “líquida”, na acepção de Zygmunt Baumann. Uma jovem viaja para uma idílica vila rural para se recuperar do trauma da morte do seu marido. Não demora muito para ela descobrir que se colocou no centro de um tipo diferente de trauma. Há algo de errado com este lugar, com essas pessoas, que por...

quarta-feira, agosto 24, 2022

Entrevista do Jornal Nacional revela o domínio total de espectro da guerra híbrida

O mais importante na entrevista de Bolsonaro no JN não foram os seus 40 minutos, mas o que veio depois: de ponta a ponta no espectro político, dos QGs de campanhas às forças políticas, todos acharam que venceram. Por que essa espiral interpretativa? Porque há algo de anômalo que vai muito além do dito popular “cada um puxa a brasa para sua sardinha”: o domínio total de espectro do consórcio Partido Militar/Grande Mídia que conseguiu impor o script de normalização “as-instituições-estão-funcionando”. Por isso, o que chamou a atenção na entrevista foi o que não foi questionado a Bolsonaro: crimes de responsabilidade, inconstitucionalidade dos militares fiscalizando eleições, procrastinação da PF e Judiciário diante das provas semanais que...

domingo, agosto 21, 2022

Live Cinegnose: Ella Fitzgerald, privatizações metonímicas, golpe e pedagogia do medo, mídia e hipernormalização

Mudanças climáticas, ameaça de golpe, inflação, o humilde blogueiro fazendo parte das estatísticas dos desempregados e desalentados... mas a Live Cinegnose 360 resiste... nesse domingo (21/08), às 18h, chegamos à edição #69. Na sessão dos vinis, continuamos na vibe do jazz: Ella Fitzgerald – na encruzilhada entre a indústria cultural e a cultura das drogas no jazz. Depois, vamos para o cinema e audiovisual: como entender a série “Sandman” com a filosofia de Alfred Whitehead; e o filme “Viveiro”: o micro e o macrocósmico em um filme gnóstico. E a Parte IV do trepidante “Pequeno Dicionário de Eufemismos e Clichês Linguísticos da Grande Mídia”. Em seguida, a crítica midiática da semana com pauta cheia: grande mídia quer transformar eleições em...

sexta-feira, agosto 19, 2022

Vai ter golpe? A História jamais será transmitida ao vivo pela TV

Nos últimos dias, nunca se ouviu ou se leu tanto o adjetivo “histórico”. Seja na mídia hegemônica ou na progressista. Adjetivando eventos que foram transmitidos ao vivo pela TV: a leitura da Carta em Defesa da Democracia na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, SP, e o discurso do ministro Alexandre de Moraes na solenidade de posse na presidência do TSE. "Históricas" defesas da Democracia. Mas será que a TV consegue mesmo mostrar ao vivo acontecimentos históricos? Ou será que a mídia só escolhe aqueles eventos que confirmem um script pré-estabelecido que já esteja rodando? Qual script? O roteiro do “golpe-pode-estar-à-nossa-espera-na-esquina”. Pedagogia do medo diariamente alimentada por notas plantadas (“agrojornalismo”) nos...

quinta-feira, agosto 18, 2022

Para entender a série "The Sandman" com a filosofia de Alfred Whitehead

A “Filosofia do Processo” de Alfred Whitehead e os mundos fantásticos da obra de Neil Gaiman têm mais coisas em comum do que podemos imaginar. Ambos pensam numa inusitada cosmologia que rompe com a dualidade cartesiana ao proporem universos (no caso de Whitehead, de elétrons a pessoas) no qual se ingressam entidades metafísicas que criam o potencial, a criação, o novo. Em “The Sandman”, de Neil Gaiman, Morpheus e o reino dos sonhos; em Whitehead, os “objetos eternos”. A série Netflix “The Sandman” (2022-), adaptada pelo próprio autor, repleto de seres míticos que governam seus reinos que tangenciam com o mundo “real”, figura o mundo dos sonhos e sua espécie de “Biblioteca Akáshica” (referência teosófica de Gaiman) que representam como a humanidade...

domingo, agosto 14, 2022

Live de domingo: Louis Armstrong, delírios do mundo conectado e o Brasil no dia da marmota

Vai ter golpe? Quem vai dar o golpe? Onde será o golpe? Certamente não aqui, na Live Cinegnose 360 #68, nesse domingo (14/08), às 18h, no YouTube. Pra melhorar o astral, na sessão dos vinis desse humilde blogueiro vamos conversar sobre Louis Armstrong: conflitos e contradições da personificação do jazz com a indústria cultural. Depois, dois filmes sobre tecnologia: “Dark Cloud” (a “patafísica” da Inteligência Artificial); e Werner Herzog e o seu documentário “Eis o Delírio do Mundo Conectado” fazem a pergunta: a Internet sonha com ela mesma? Em seguida, continuamos com o nosso épico trabalho: parte III do Pequeno Dicionário de Eufemismos e Clichês Linguísticos da Grande Mídia. E na crítica midiática da semana: o “hacker de Araraquara” tira...

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