quarta-feira, abril 30, 2025

O resgate de Regina Duarte e a "Festa da Firma" dos 60 anos da Globo: o que há por trás?


Enquanto a TV Globo tenta resgatar a bolsonarista atriz Regina Duarte, o Jornal Nacional despacha a apresentadora Renata Vasconcellos para a casa de telespectadores do telejornal. O que há em comum entre esses dois episódios? Além da comemoração dos 60 anos da TV Globo, como o projeto militar de monopólio da criação da primeira network brasileira beneficiou a Globo, permitindo-a controlar não só a pauta noticiosa, mas, principalmente, ter a hegemonia construção da memória afetiva do imaginário coletivo nacional. Se a Globo não mostrou, logo não aconteceu! Do arco da reapresentação de matérias jornalísticas antigas à reunião das vilãs mais icônicas da teledramaturgia na “Festa da Firma”, a Globo quer comemorar uma suposta fusão entre a biografia dos espectadores com a pauta do noticiário e entretenimento da emissora. O que explica o porquê da Globo, de repente, ficar tão interessada na crítica à comunicação do Governo Lula: quer mantê-lo na estratégia ineficaz de comunicação centrada na propaganda e marketing.

segunda-feira, abril 28, 2025

Síndrome do vídeo de casamento toma conta da transmissão do funeral do Papa


“É o pior momento, porque nada acontece!”, certa vez disse para mim um videomaker de cerimonias de casamento sobre os minutos da liturgia e da comunhão dos noivos diante do padre. A edição e montagem tem que ser criativa nesse momento para o vídeo não ser enfadonho. Mas para uma instituição de 2000 anos, é o momento simbolicamente mais importante. Mas na linguagem audiovisual não existe o simbólico. Apenas o instante e o simultâneo. A cobertura televisiva ao vivo do funeral do Papa Francisco também se ressentiu dessa “síndrome do vídeo do casamento”: se cada plano era rico em simbolismos e significados, foram esvaziados por uma abordagem bipolar: ou narrar estritamente o que já estávamos vendo ou ativar o clichê do “povo fala” e colocar em ação o “emocionômetro” de repórteres em busca de personagens que dessem a medida de “emoção” de cada momento. Pior do que a perda de qualquer curiosidade informativa, foi a estratégia semiótica da “ideogenia” – retirar do legado do Papa qualquer expressão materialista incômoda e substituir por clichês do neoliberalismo progressista: desigualdade, vulneráveis etc.

domingo, abril 27, 2025

Drops News #11: enterro do Papa e a "síndrome de vídeo de casamento"; o jogo semiótico do escândalo do INSS: governo pego de surpresa?


Ao cobrir ao vivo o enterro do Papa ao vivo, a mídia caiu na “Síndrome de Vídeo de Casamento”. Quer saber que anomalia midiática é essa? Então assista ao Drops News Cinegnose 360 #11. Que começa com os polêmicos Comentários Aleatórios: Selfies e a “História Deteriorada” no enterro do Papa; Adaptação cinematográfica de “Geni e o Zeppelin”: como a ideologia Woke reproduz o discurso da supremacia racial eugenista e nazista; Neoliberalismo e narcisismo: na cultura do empreendedorismo a marca é você. No Cinema e Audiovisual, a atualidade da comédia italiana de 2011 “Habemus Papa”: Kierkegaard, fé e angústia. E Na Crítica Midiática: o culto da emoção – cobertura midiática do enterro do Papa é dominada pela “Síndrome de Vídeo de Casamento”; a metalinguagem indesejada na Globo News; Estratégia semiótica Nem-Nem: mídia quer provar que Trump e Lula são iguais; Escândalo do INSS é a necessidade de um Gabinete de Inteligência Semiótica: Governo pego de surpresa? UTI com Bolsonaro vira quermesse com sanfoneiro, live e chilique: alguém vai investigar o hospital DF Star?



quinta-feira, abril 24, 2025

Fé e angústia existencial em 'Habemus Papam': não é uma coisa terrível ser Papa?


A comédia italiana “Habemus Papam” (2011) ganhou a fama de ter antevisto a renúncia inédita do Papa Bento XVI. Agora ganhou uma inesperada atualidade. Além de ser uma versão paródica do thriller eclesiástico “Conclave” (2024), também trata com humor a angústia existencial por trás de toda fé: não é uma coisa terrível ser Papa? “Habemus Papam”, é anunciado pelo cardeal do balcão da Basílica de São Pedro. Então ouvimos um grito sobrenatural vindo por trás das cortinas que decoram a sacada. É o Papa escolhido tendo uma crise de pânico agarrado ao trono. O anúncio cessa, para escalar uma crise sem precedentes. Um psicanalista é chamado, mas as coisas só pioram: o Papa foge e ganha as ruas de Roma em busca da solução do seu diagnosticado “déficit parental”. Fé é crer no absurdo, dizia o existencialismo cristão do filósofo Kierkegaard. Como um ser finito pode ter fé e encontrar acolhimento numa totalidade infinita chamada Deus? Esse é o absurdo paradoxo da fé, satirizado pela comédia “Habemus Papam”.

quarta-feira, abril 23, 2025

Drops News #10: Papa não resiste à visita de JD Vance: o que isso tem a ver com fim da Globalização? Petrobrás e Modo Conspiração

 




O que há em comum entre a morte do Papa Francisco e o incêndio em uma plataforma da Petrobrás na Bacia de Campos? O MODO CONSPIRAÇÃO acionado nesse humilde blogueiro. Essa é a pegada do Drops News Cinegnose 360 #10. Que começa com os aguardados Comentários Aleatórios: técnico do Flamengo, Felipe Luís, detona a presença das Bets no futebol; IA no mercado da pornografia: precarização do sexo? Travestismo digital em desfile de moda em Milão. Depois, vamos falar sobre o novo filme de David Cronenberg, “O Senhor dos Mortos” – sexo e morte, os dois eventos mais significativos na existência. E na Crítica Midiática: Papa Francisco não sobreviveu à visita surpresa de JD Vance? O fim da Globalização e o interesse de Trump no Conclave; como grande mídia neutralizou progressismo do Papa Francisco com retórica Woke; mundo foge do dólar atrás de ouro; Trump ataca FED e grande mídia compara com ataque de Lula ao BC; Blindagem para 2026: cresce roubo de motos e celulares em SP e Fantástico some com governador e prefeito; Greenpeace e incêndio em plataforma da Petrobrás: Ocidente não quer petróleo no Sul Global; IA de Musk diz que internação de Bolsonaro é fake.

terça-feira, abril 22, 2025

A muleta tecnológica do pós-morte transmitido online no filme 'O Senhor dos Mortos'

Tirando fora as produções de cunho moralista e/ou religioso, o tema da morte vem sendo abordado pelo cinema e audiovisual por dois vieses tecnognósticos: ou pela tecnologia prometeica que tenta ressuscitar a carne (Frankenstein), ou pela tecnologia que promete a imortalidade através do atalho de uma consciência digitalizada que transcenderia a carne graças a um upload final. Mas o emblemático diretor canadense David Cronenberg criou uma terceira via em “O Senhor dos Mortos” (The Shrouds, 2024): um cemitério/mausoléu conectado à internet que permite aos visitantes assistirem ao apodrecimento gradual da carne até aos ossos, em tempo real, de seus entes queridos enterrados, por meio de um aplicativo criptografado para iPhone. Uma muleta tecnológica que transforma o processo de luto num evento voyeurístico no qual sexo e morte se transformam em duas faces de uma mesma moeda. Até o sistema ser atacado, e o cemitério depredado, por algum tipo de ativismo: ambientalista ou contra um suposto ateísmo tecnológico.

domingo, abril 20, 2025

Drops News #9: os sentidos simbólicos e políticos das encenações da Paixão de Cristo; mídia esquece feriadão e abre guerra contra Lula

Que tal discutirmos os sentidos simbólicos, ideológicos e políticos da “Paixão de Cristo”? Ou como o jornalismo corporativo mandou às favas a pauta da “Sexta-Feira Santa” e resolveu bater bumbo contra o Governo Lula? Então assista ao Drops News Cinegnose 360 #09 especial do feriadão. Começando com os indefectíveis Comentários Aleatórios: os sentidos ideológicos e simbólicos das Encenações da Paixão de Cristo pelo Brasil; motoqueiros de entrega e Necrocapitalismo; Neoliberalismo subliminar: CLT está virando xingamento entre os jovens. No Cinema e Audiovisual, a comédia geopolítica do “David Lynch canadense”, Guy Maddin, “Rumours”. E na Crítica Midiática: Análise crítica das capas dos jornais de sábado; consumo no feriado da Sexta-Feira Santa derruba pauta de repórteres da grande mídia ao vivo; para a Banca, a culpa é do salário mínimo; jornalismo corporativo tenta ressuscitar Lava Jato e dar munição para bolsonaristas com a fabricação da crise do asilo político no Brasil da ex-primeira dama do Peru; Trump: nos EUA o Banco Central não é independente.

sexta-feira, abril 18, 2025

Drops News #8: o que mídia esconde ao insistir que Trump é "louco"? Agenda do "sem anistia" oculta avanço neoliberal no País

 


Você quer informações e críticas sobre cultura pop, cinema e audiovisual, mídia e jornalismo e para onde vai a economia política? É aqui, no Drops News Cinegnose 360 #08. Que começa com os costumeiros Comentários Aleatórios: para quais “baixinhos” Xuxa canta atualmente? O “travestismo digital” da inteligência artificial e a “missão espacial” de Jeff Bezos. No Cinema e Audiovisual, o filme “Death of a Unicorn”: por que os unicórnios invadiram a cultura pop? E na Crítica Midiática: Mídia progressista e esquerda sequestrados pela agenda da “defesa da Democracia” e “sem anistia”. Enquanto isso, STF e extrema direita tocam para frente o futuro neoliberal para o País. Por que grande mídia insiste com o mantra de que Donald Trump é “louco autocrático”? Como o jornalismo corporativo esconde a conta da Globalização: o “Acordo Mar-a-Lago” de Trump se choca com o pensamento taoísta do Oriente.

quarta-feira, abril 16, 2025

A peleja final da Globalização: Capitalismo Pentescostal X antropofagia espiritual taoísta

 


“O Trump é louco!” É o mantra da propaganda dos Democratas de dez em cada dez especialistas entrevistados pelos jornalões e telejornais do jornalismo corporativo. Porém, há uma realidade na guerra tarifária: historicamente sempre o fascismo foi o botão eject do Capitalismo: Trump terá que fazer o serviço sujo da conta que chegou da ordem mundial sustentada pelos democratas. Para além dos aspectos econômicos da guerra tarifária, está em jogo um choque cultural entre Ocidente e o Oriente – tendo a China como o grande oponente. Lévi-Strauss distinguia dois tipos de cultura: as que introjetam, absorvem, devoram - as “culturas antropofágicas” – as orientais; e as que vomitam, ejetam, expulsam – as culturas “antropoêmicas”. Que seriam as modernas culturas ocidentais. Através de Hollywood e Big Techs, o Império “vomitou” por meio de narrativas e algoritmos, seu “destino manifesto” da Democracia e Liberdade para todo o planeta. É o Capitalismo Pentecostal. Enquanto o Oriente leva ao extremo um velho princípio taoísta de que a vitória não se consegue afirmando-se, mas, pelo contrário, desvalorizando-se, cedendo-se. Assim como no jiu-jitsu onde não se vence impondo sua própria força ou valor, mas absorvendo a força do oponente.

terça-feira, abril 15, 2025

"Death of a Unicorn": por que os unicórnios invadiram a cultura pop?

 


Saem tiranossauros e velociraptors. Entram os míticos unicórnios... mas com garras de velociraptos em seus cascos. Muitos críticos apontam que o filme “Death of a Unicorn” (2025, chega aos cinemas daqui em maio) é o clássico “Jurassic Park” (1993) do século XXI – enquanto os dinossauros invadiram a cultura pop dos anos 1990, agora é a vez dos unicórnios: de símbolos alegres do movimento LGBTQI+ à figura que designa startups tecnológicas que supostamente valeriam mais de um bilhão de dólares. Um pai e uma filha acidentalmente atropelam e matam um unicórnio enquanto estavam a caminho de um retiro de fim de semana numa mansão isolada, onde seu chefe bilionário de uma Big Pharma tenta explorar as propriedades curativas milagrosas do sangue e chifre da criatura. Para tudo virar em um massacre vingativo da Natureza contra bilionários: “rich explotation”. Em cada época, dos seres pré-históricos do passado e agora as lendárias criaturas, cada qual representou o zeitgeist do seu tempo: em 1993, a Globalização triunfante. E o unicórnio atual, o triunfo das Big Techs e Big Pharmas na financeirização.

domingo, abril 13, 2025

Drops News #07: outra internação com timing de Bolsonaro; "Projeto Marte" e "Technocracy Inc.": origens ficcionais da engenharia social de Musk

 


Diretamente do Departamento Médico em que esse humilde blogueiro se encontra, Drops News Cinegnose 360 #7. Começando com os trepidantes Comentários Aleatórios: o sofrimento instagramável das celebridades nas redes sociais e a cultura confessional; e IA destrói a arte se apropriando do traço e estilo de artistas. Na sessão do Cinema e Audiovisual, o filme “Branca de Neve” (fracasso do Estúdio Disney mostra que o Woke não é Esquerda). E Crítica Midiática: o Estado Mínimo policial em SP na morte de ambulante senegalês; pequena semiótica da inflação dos alimentos; PL da anistia avança no Congresso: grande mídia comemora com mais desgaste do Governo; Alopragem política: mais uma vez (e com timing) Bolsonaro é internado; Prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, confirma análise sincromística do Cinegnose sobre Donald Trump; as origens ficcionais da engenharia social de Elon Musk: futurismo italiano, “Projeto Marte” de Von Braun, Isaac Asimov e a “Technocracy Inc.” de Howard Scott.

sábado, abril 12, 2025

Fracasso da nova versão Disney de 'Branca de Neve' explica porque o Woke não é Esquerda

 



A nova versão de “Branca de Neve” (Snow White, 2025) se tornou um dos maiores fracassos da Disney na leva de adaptações live-action de seus clássicos animados. Nos seus primeiros três meses em cartaz, as bilheterias não conseguiram sequer cobrir os custos de produção! Muitos críticos norte-americanos denunciam que a culpa é o tom excessivamente “esquerdista” da nova produção. Outros temem uma “fadiga das princesas da Disney”. Nem um, nem o outro. A crítica norte-americana confunde a esquerda com o wokeísmo, principal motivação do rebot de “Branca de Neve”: entrar na recorrência atual no cinema do tema da desigualdade, transformar o Reino de fadas num paraíso socialista cujo narcisismo e egoísmo da Rainha Má acabou com tudo. Solução? Substituir a Economia Política pela Política de Identidades. Mas o problema principal foi o timing: mexer em um arquétipo moderno tranquilizador em plena era Trump de incertezas. Pelo menos o modelo das princesinhas da Disney parecia ser eterno. Era uma tranquilização para jovens pais ansiosos em tempos difíceis.

quinta-feira, abril 10, 2025

O Oculto: Trump e a Magia do Caos; Tarcisão blindado na Avenida Paulista; "Pesquisismo": como percepção" vira "opinião" na grande mídia


Chegamos `a edição #6 do Drops News Cinegnose 360, Direto do Departamento Médico. Começando com os intrigantes Comentários Aleatórios: O que o Fórum Econômico Mundial tem a ver com a proibição de escavações em sítios arqueológicos que questionam a História da humanidade? O caso do magistrado de SP que era um falso nobre inglês; Sônia Guajajara adora canecas com bandeira dos EUA. No Cinema e Audiovisual, o filme taiwanês Netflix “Sociedade dos Talentos Mortos”: Cinetanatologia e o Além como um Tiktok. Na Crítica Midiática: a insegurança pública para desgastar Governo; Tarcisão blindado na Avenida Paulista; A media prank involuntária de Felipe Neto; Pesquisismo e Pierre Bourdieu: a opinião pública não existe. O que existe é a manipulação da percepção. Trump, irracionalidade e Magia do Caos.

quarta-feira, abril 09, 2025

"Pesquisismo" revela que a opinião pública não existe. Governo Lula deve entender isso


Nesse momento acompanhamos a publicação frenética de números e gráficos de pesquisas de opinião, diligentemente repercutidas pelo jornalismo corporativo: o derretimento da popularidade de Lula é o prato servido principal. Mas também quer municiar a oposição com simulações de cenários eleitorais com nomes de outsiders como. p.ex., Gustavo Lima. É o “pesquisismo”. Sob o álibi metodológico científico da “pesquisa de opinião pública”. PsyOp clássica de guerra híbrida: transformar em números e gráficos não opiniões, mas PERCEPÇÕES. É o paroxismo de um alerta feito pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu há 58 anos: a opinião pública não existe! O que existe é a fabricação de um artefato que impõe a ilusão de de que existe algo que seria uma coisa assim como a média das opiniões ou a opinião média. Dissimula sistema de forças e tensão política. Se o Governo aceitasse essa natureza viciada do pesquisismo, mudaria sua estratégia: da Comunicação-propaganda para a Comunicação-acontecimento.

sábado, abril 05, 2025

Vídeo de Felipe Neto prova que o hábito do cachimbo entorta a boca do jornalismo corporativo

 

Ele já foi influenciador-militante nos tempos do jornalismo de guerra, dizendo que a Dilma Rousseff tinha “escarrado na Nação”. Depois se arrependeu e disse que era um “babaca”, que precisava “estudar”. E estudou. Leu o livro “1984” de George Orwell. E nessa semana divulgou um vídeo em que se lançava pré-candidato à presidência porque gostaria de ser o “Grande Irmão” do Brasil... A grande mídia acreditou e deu como notícia séria... assim como, há pouco tempo, acreditou na candidatura do milionário cantor sertanejo Gustavo Lima. Mas tudo não passou de uma ação de marketing de Felipe Neto para promover o audiobook do livro que ele orgulhosamente diz ter lido. Involuntariamente, Felipe Neto criou uma “media prank” (pegadinha) em que o jornalismo corporativo experimentou do próprio veneno. Ou melhor, revela a boca torta de tanto fumar o cachimbo de querer sangrar Lula com pesquisas. Foi tentador para o jornalismo corporativo: um outsider com bons serviços prestados querendo aloprar o cenário pré-eleitoral... só que não!

sexta-feira, abril 04, 2025

Drops News #05: "pesquisismo" derrete Lula; Judicialização e o projeto de desmobilização da esquerda; para além do show de Trump

 

Demorou, mas saiu o Drops News Cinegnose 360 #05. Começando com os Comentários Aleatórios – centrados em eventos midiáticos: telenovela, futebol e festival de música pop. E depois, a Crítica Midiática: Meteorologia e hipernormalização das política neoliberais; Derrete  a popularidade de Lula das pesquisas: da tipologia da negação no Governo à construção de uma estratégia de comunicação; “pesquisismo” e a natureza tautológica das pesquisas: furando a agenda midiática dominante com alopragem; julgamentos do STF como pautas desmobilizadoras para a esquerda; show midiático de Trump esconde como a Globalização voltou-se contra os EUA.

quinta-feira, abril 03, 2025

Filme 'Sociedade dos Talentos Mortos': a cultura Tiktok nos espera após a morte

 


O filme Netflix taiwanês, “Sociedade dos Talentos Mortos” (Dead Talents Society, 2024) procura reproduzir o mesmo impacto de Os Fantasmas Se Divertem, de Tim Burton, de 1988: o senso de inovação, novidade e humor subversivo, e a construção de mundo pós morte totalmente único. O filme revela a tendência do século XXI de ver a morte como evento absolutamente banal. Tão banal como o próprio cotidiano dos vivos que abandonamos após a morte. E na atualidade, os ansiosos desafios virais da cultura Tiktok. O Grande Além tomado por talk shows, celebridades e vídeos de influenciadores, reality shows sobre estilo de vida, programas de competição ou programas de caça-fantasmas. Fantasmas buscando fama e tentando se tornar lendas urbanas. Para evitar o esquecimento — no mundo dos fantasmas, um evento existencial que pode ser a segunda morte: o apagamento etérico.

terça-feira, abril 01, 2025

A pauta desmobilizadora e bestializante do julgamento de Bolsonaro no STF


 

"O Brasil não tem povo", observou admirado o biólogo francês Louis Conty quando a República foi proclamada no Brasil. Para ele, a população assistiu a tudo "bestializado" - sem entender um acontecimento aparentemente longe da diária luta pela sobrevivência. Esse foi o imaginário fundador da República. No século XIX, iniciado como tragédia. Agora, no século XXI, como farsa, ardil. O julgamento pelo STF dos indiciados pela PGR por tentativa de golpe de Estado no 8/1, e o principal deles, o líder Bolsonaro, foi acompanhado na TV pela esquerda como uma final de Copa do Mundo: a derradeira "defesa da Democracia". Nem a grande mídia ou a esquerda se esforçam em mostrar o que essa agenda tem a ver com o dia a dia do brasileiro onde precarização e financeirização dominam na luta cotidiana. Ardil da extrema direita: abduzir a esquerda com a judicialização numa agenda sem aderência popular. Enquanto grande mídia cria personagens como a "Débora do Batom" para contaminar as eleições de 2026. 

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