A pantomima do chefe do Executivo diante de embaixadores atacando as urnas eletrônicas, com inacreditáveis powerpoints by Dallagnol sobre inescrutáveis “malwares maliciosos”, foi mais um jogo de dissimulação e simulação (blefe) de um fusível para ser queimado. Tal como o jogo de prestidigitação do mágico (que com uma mão distrai o distinto público e com a outra puxa a carta secreta da manga), Bolsonaro não diz o mais importante de qualquer crítica consequente às tecnologias adotadas pelo TSE: o problema não é auditabilidade ou impressão de votos, mas de conflito de interesses e soberania: segurança criptográfica, armazenamento e contagem estão nas mãos de uma multinacional brasileira ligada visceralmente às Forças Armadas e outra com ligações comprovadas com CIA e NSA. O capitão da reserva distrai a patuleia com teorias conspiratórias. Enquanto as dúvidas justificáveis são ocultadas.