Nos últimos dias os “colonistas” da imprensa corporativa tiveram dois chiliques: primeiro, quando o governo criou órgão na AGU para combater fake news. E, nessa semana, quando Lula visitou o presidente Fernández na Argentina. Cenários distópicos orwellianos começaram a ser pintados: um Governo que não só controlará a liberdade de informação, mas também decretará o fim do real no Mercosul da “moeda única”. Esses dois chiliques guardam uma oculta conexão: a grande mídia, supostamente produtora de “informação de qualidade e profissional”, é a principal fornecedora de matéria-prima para conteúdos das redes de extrema-direita. Entre a sensacionalista expressão “moeda única”, o déjà vu das críticas ao BNDES financiando “ditaduras de esquerda” e a crítica ambiental seletiva do gás de xisto argentino, fica clara a dialética grande mídia e estratégias de desinformação da extrema-direita.