quinta-feira, outubro 31, 2013

Cinema de ficção científica do Sul mostra o novo Big Brother


A fala do cientista chefe da NASA, Dennis M. Bushnell, de que a solução para todos os problemas globais seria despachar a humanidade para o mundo virtual das redes eletrônicas, livrando o planeta da ação daninha do homem, é o sintoma de uma crise da nossa percepção de futuro. Filmes de ficção científica da América Latina e de países periféricos à Zona do Euro refletiriam esse sintoma cultural onde o futuro não é nem utópico nem distópico, mas agora hipo-utópico: um estranho futuro cada vez mais parecido com o presente. A alta tecnologia convivendo com favelas, deterioração urbana, precarização do trabalho e muito lixo que, muitas vezes, se confunde com seres humanos ou alienígenas que necessitam ser controlados, confinados, descartados ou eliminados. O novo Big Brother não integra a todos obrigatoriamente como nas distopias 1984 ou Admirável Mundo Novo, mas agora exclui a maioria compulsoriamente como mostrado nos filmes da chamada “Ficção Científica do Sul”.

                Um mundo ameaçado pelo aquecimento global e guerras. Causa: política, religião, megalomania, crescimento populacional e disputas territoriais. Solução: inteligência artificial, nanoteconolgia e biotecnologia, substituindo progressivamente a ação humana pela automação e robótica. Afastado de profissões enfadonhas como “caixas de banco, frentistas de postos de gasolina, ensino, pilotos, soldados”, o ser humano ocuparia seu tempo livre habitando mundos virtuais tri-dimensionais simulando, por exemplo, “a experiência de se sentar numa praia tropical”. Mais do que isso, o planeta se livraria da ação econômica e política humanas historicamente danosas ao meio ambiente simplesmente transferindo a humanidade para o mundo virtual das redes eletrônicas conectadas com o sistema neuronal humano.

Sobre o quê estamos falando? A sinopse de algum filme de ficção científica ? Longe disso. Essa é a síntese de uma palestra proferida por Denis Bushnell, cientista chefe da NASA no Langley Research Center, na Conferência da World Futurist Society em Boston, EUA em Julho de 2010. Se essas projeções do cientista chefe da NASA vão ocorrer isso pouco importa. O mais importante é a estranha ironia que guarda essa notícia: no espaço de uma organização civil que pretende reunir cientistas e intelectuais para propor visões para o futuro, Bushnell propõe uma estranha utopia, onde a humanidade, de tão inútil e maléfica para o planeta, seria despachada para uma espécie de nowhere virtual. Contrariando a visão de um futuro como lugar que alcançaríamos (seja utópico ou distópico), Bushnell propõe uma migração da espécie humana desnecessária para um “não lugar”.

sexta-feira, outubro 25, 2013

A bicicleta como extensão do homem em dez cenas no cinema


Qual a relação entre rodas, bicicleta e aviões? O pesquisador canadense Marshall McLuhan (1911-1980) em seu livro clássico “Os Meios de Comunicação como extensões do Homem” faz interessantes interconexões históricas entre esses três meios técnicos e seus desdobramentos culturais como o cinema e a invenção de um veículo com rodas in line como o meio que conduzirá à aviação. Dos insights do pesquisador canadense podemos descobrir secretas conexões entre a invenção da roda, o cinema e as bicicletas na história da cultura. Mais do que isso, descobrimos a base tecnológica de todo o imaginário de iluminação espiritual e transcendência que a bicicleta passa a construir na cultura pop a partir do pós-guerra.

                No capítulo “Roda, Bicicleta e Avião”, McLuhan narra a trajetória dos veículos de tração por arrasto (trenó, esqui etc.) até a tecnologia da roda. Foi necessário muito esforço mental e abstração para separar os movimentos recíprocos com as mãos, do movimento livre das rodas. Os efeitos das carroças de quatro rodas sobre a vida urbana foram extraordinários: desenvolvimento das cidades, separação entre a vida urbana e rural etc. Com as ferrovias e estradas a força configuradora das rodas ganha ainda mais força, até a atual era da informação diminuir o seu poder de moldar as relações humanas.

                Mas as rodas deixaram dois importantes legados para a atualidade: o cinema e a bicicleta. A câmera e o projetor do cinema são significativos por serem constituídos por um conjunto sutil de rodas: enrolar o mundo em um carretel para depois desenrolá-lo na tela. Com a convergência tecnológica, testemunhamos mais um subproduto da era das rodas desaparecendo com a obsolescência do dispositivo cinematográfico: o fim dos rolos de filmes e o início da projeção de filmes digitais diretamente em streaming.

quarta-feira, outubro 23, 2013

A bomba semiótica do resgate dos cães de laboratório


Em tempos de atmosfera politicamente mais leve, certamente o resgate por ativistas de 178 cães de um instituto de pesquisas farmacêuticas em São Roque (SP) seria relegado pelas redações da grande mídia aos blocos noticiosos de notícias diversas. Mas o suposto descontrole das lideranças que viram ativistas quebrando portões, depredando e levando os cães para, depois, receberem a “ajuda” de black blocks elevou o evento à pauta nacional, para ser submetido ao script da engenharia das bombas semióticas: “era uma vez uma manifestação pacífica e...” Mas aqui temos uma novidade: a exploração da relação mágica e mítica que nós temos com os animais, relação didaticamente mostrada no filme “As Aventuras de Pi”.

Primeiramente quero me desculpar com os leitores desse humilde blogueiro pela insistência sobre o tema bombas semióticas. Para quem se dedica à pesquisa em meios e processos audiovisuais é impossível ficar indiferente à atmosfera cada vez mais saturada e pesada semioticamente – e por consequência politicamente. No futuro, pesquisadores certamente irão transformar os acontecimentos pelos quais passamos em objetos de dissertações e teses. Essa parece ser a miséria das ciências da comunicação: só conseguimos entender os acontecimentos a posteriori, isto é, interpretamos depois os acontecimentos como fenômenos filosóficos, psicológicos ou sociológicos. Nada conseguimos compreende-los no momento, no “aqui e agora” dos eventos, quando eles são acontecimentos comunicacionais.

                Nesse momento, representado pela metáfora do “gigante que despertou”, uma histeria das manifestações toma conta da agenda midiática: incêndio no Itamaraty, agressão a jornalistas, pedidos de intervenção militar, protestos dos médicos contra a “escravidão de médicos cubanos”, planos detalhe de carros virados e incendiados, Batmans Black Block do bem e uma infindável série de eventos iconicamente anabolizados pela mídia.

sábado, outubro 19, 2013

Tem alemão no Campus? Repórter sofre acidente com bomba semiótica na USP


A ansiedade em corresponder a uma pauta pré-estabelecida fez uma repórter da rádio CBN detonar precipitadamente uma bomba semiótica que estava sendo montada na cobertura de uma greve dos estudantes no Departamento de Letras da USP. Graças a uma “barrigada jornalística” (a repórter confundiu a mensagem “Alemão no Campus” de uma professora do Departamento com uma mensagem cifrada da malandragem ao enfrentar inimigos), a repórter expôs sem querer o mecanismo de funcionamento e a técnica de montagem de mais uma das bombas semióticas usadas na guerrilha semiológica midiática atual onde se pretende criar uma atmosfera de caos e pré-insurgência que supostamente estaria dominando o País. Além disso, foi criado um surpreendente evento sincrônico: um acidente com uma bomba linguística em um espaço justamente dedicado ao estudo, ensino e pesquisa da linguagem.

Uma repórter da rádio CBN foi vítima de um acidente durante a montagem de uma bomba semiótica na gravação de uma matéria, na USP, sobre a greve dos estudantes na manhã do dia 11 de outubro. Ansiosa por corresponder à pauta já pré-estabelecida pelos seus editores-chefes (criminalizar e desmoralizar as ações e discursos dos grevistas para transformá-los em exemplares do caos e desordem que estaria dominando o País), a repórter acabou dando uma “barrigada” (no jargão do Jornalismo, uma matéria falsa ou errada publicada com o estardalhaço de uma grande novidade). O arquivo foi prontamente retirado do ar pela emissora, reeditado e agora disponível sem a “barrigada” que detonou precipitadamente a bomba semiótica. Esse é a íntegra do áudio da matéria:
“Na Faculdade de Letras, grevistas montaram piquetes com cadeiras empilhadas para impedir o acesso às salas de aula. No interior do prédio, onde a gente conseguiu entrar, havia também um recado de uma das professoras, que dizia “Alemão no Campus”, uma referência ao termo dado nas favelas ao falar dos inimigos. Ela dizia também que os alunos deviam ficar atentos aos e-mails, para saber das próximas atividades.(...)”
Não é necessário muito esforço dedutivo para interpretar que “Alemão no Campus” dentro do departamento de Letras da FFLCH refere-se aos cursos extra-curriculares de língua alemã oferecidos a públicos internos e externos, assim como outros cursos oferecidos à comunidade acadêmica - “Italiano no Campus” ou “Francês no Campus”. E que os e-mails aos quais a professora se referia nada tinham a ver com informações de táticas de combate contra os “inimigos” ou “alemães”, mas sobre próximas datas do curso.

sexta-feira, outubro 18, 2013

Ao sul do futuro no curta "Why Cybraceros?" e no filme "Distrito 9"


Matéria-prima do cinema de ficção científica, as especulações sobre o futuro estão desaparecendo. Em filmes como “Distrito 9” ou no curta “Why Cybraceros?” de Alex Rivera o futuro transformou-se em uma projeção hiperbólica do presente. Mundos utópicos ou distópicos que estariam esperando por nós no futuro são substituídos por hipo-utopias: a precarização do trabalho e dos direitos humanos e a sociedade transformada em um sistema estruturado em rede com uma interface digital contínua semelhante a um jogo que apagaria as tensões étnicas e raciais. É a chamada “ficção científica do Sul”, conjunto crescente de filmes produzidos nas margens de Hollywood e que vêm projetando no futuro próximo ou distante as mazelas do presente criadas pelas economias globalizadas. E que guarda muitos paralelos com a ideia de Zygmunt Bauman sobre "modernidade líquida".

O filme “Distrito 9” (2009) talvez seja a parte mais visível de uma tendência de filmes que alguns pesquisadores em cinema têm definido como “ficção científica do Sul”. O curta digital on-line “Why Cybraceros?” (1997) e “Sleep Dealer” (2008) do diretor Alex Rivera, por exemplo, seguem essa tendência de filmes em estilo mockmentary (filmes feitos em estilo documentário com tom paródico) e com características globais, seja pelos atores e empresas de produção de países considerados periféricos, ou pela temática ligada às mazelas da globalização sócio-econômica – imigrantes ilegais, xenofobia, racismo e intolerência.

São filmes de ficção científica onde a alta tecnologia (ícone característico do gênero) convive com favelas, deterioração urbana, precarização do trabalho e muito lixo que, muitas vezes, se confunde com seres humanos que necessitam ser controlados, confinados, descartados ou eliminados – imigrantes e estrangeiros humanos ou de outros planetas.

sexta-feira, outubro 11, 2013

Cultura geek e tecnognosticismo nas animações "Hora de Aventura" e "Apenas um Show"


O non sense, surrealismo e o humor muitas vezes sombrio das animações “Hora de Aventura” e “Apenas um Show” (sugeridas pelo nosso leitor Paulo Massa) causam estranheza nos adultos, embora as crianças as compreendam muito bem. Essas animações são produtos culturais criados por representantes de uma geração que cresceu vendo “Os Simpsons” e jogando "Dungeons and Dragons". Seus criadores Pedleton Ward e J.G. Quintel são os mais acabados representantes de uma cultura geek que conseguiu mesclar a tecnociência com o misticismo e magia – o “tecnognosticismo”. Por isso conseguem dialogar com uma geração de crianças cuja sensibilidade se altera com o entretenimento em plataformas móveis como Ipods, tablets e celulares.

Hits do canal Cartoon Network, as animações “Hora de Aventura” (Adventure Time) e “Apenas um Show” (Regular Show) podem ser considerados produtos culturais criados por uma geração que cresceu vendo “Os Simpsons”, jogando o RPG e game de computador Dungeons and Dragons. E quem afirma isso são os seus próprios idealizadores, respectivamente Pedleton Ward e J.G. Quintel.

São típicos produtos de uma cultura geek que cresceu em contato com tecnologias de convergência e interfaces digitais e muita navegação em ambientes fragmentados por hipertextos. Acostumados que estamos com narrativas tradicionais em três atos, com muitas gags visuais, correria e perseguições ao melhor estilo slapstick dos desenhos animados tradicionais, assistir a esses novos produtos é uma experiência de estranhamento pelo total surrealismo e non sense.

terça-feira, outubro 08, 2013

A maldição do filme "Blade Runner - O Caçador de Andróides"



Clássico do cinema de ficção científica, “Blade Runner – O Caçador de Andróides” (1982) é marcado por coincidências significativas que muitos interpretam como uma “maldição”: as empresas que colocaram seus logos e produtos no filme tiveram ao longo da década problemas financeiros, queda de receita ou simplesmente faliram. Sabendo-se que o filme foi baseado no livro do escritor gnóstico Philip K. Dick e o título do filme retirado de livros dos autores undergrounds William Burroughs e Alan Nourse, propomos uma hipótese sincromística: poderia o filme “Blade Runner” ter se tornado um cavalo de Tróia que sob uma embalagem comercial inoculou em Hollywood uma egrégora gnóstica de contestação aos demiurgos corporativos?

Pesquisando o campo do Sincromisticismo e motivados pela nossa última postagem do blog sobre as estranhas coincidências nas últimas tragédias em Washington (vela links abaixo), resolvemos voltar nossa atenção para estranhas coincidências que podem ser encontradas no campo da produção cinematográfica. É uma área rica em sincronicidades ou “coincidências significativas”, talvez por trabalhar com tantos arquétipos, formas-pensamento e egrégoras do inconsciente coletivo da humanidade. Muitas vezes esses sincronismos são popularmente denominados como “maldições”.

Um dos mais conhecidos são as coincidências que envolvem o personagem do Coringa na série Batman, principalmente após a morte do ator Heath Ledger: a sombra do poderoso arquétipo teria feito mais uma vítima, suspeita que ficou ainda mais forte após a declaração do ator Jack Nicholson: “Eu o avisei!”. Nicholson já havia interpretado o sinistro personagem no “Batman” na versão de Tim Burton (1989) e parecia saber de algo mais.

domingo, outubro 06, 2013

Sincromisticismo na onda de tragédias em Washington DC


Um atirador mata 12 pessoas em uma Base Naval em Washington DC. Poucos tempo depois na mesma cidade um carro força a barreira de segurança da Casa Branca e o Serviço Secreto mata sua motorista. No dia seguinte, um homem ateia fogo a seu próprio corpo em uma esplanada próxima ao Capitólio. E para completar, um incidente que quase passou despercebido pelas agências de notícias: com duas horas de diferença, em Houston, Texas, um homem tentou fazer a mesma coisa, mas foi contido por populares que lhe arrancaram o isqueiro depois dele se encharcar com gasolina. Segundo Loren Coleman, pesquisador sincromístico e psicólogo social especialista nos fenômenos de suicídios e assassinatos seriais, há estranhas coincidências significativas que conectariam esses eventos a um inconsciente coletivo repercutido pela própria cobertura midiática.

Após o incidente com o atirador na Base Naval que matou 12 pessoas, Aaron Alexis, a mídia teve a atenção capturada para outro incidente bizarro em Washington DC em frente à Casa Branca: uma mulher tentou ultrapassar com o seu carro uma barreira de segurança e por causa disso começou uma perseguição por parte do Serviço Secreto (órgão encarregado pela segurança do presidente) em que ocorreram vários disparos. O veículo preto se chocou contra a área de controle de acesso ao Capitólio e foi rodeado por vários policiais armados que retiraram uma criança de um ano e a motorista morta.

Loren Coleman, um pesquisador em fenômenos sincromísticos, consultor do Maine Youth Suicide Program e um especialista nos estudos sobre as conexões entre a mídia e suicídios-atentados, observou uma série de aparentes coincidências entre os casos:

sábado, outubro 05, 2013

Em Observação: "O Segundo Rosto" (Seconds, 1966)


O ano é 1966, o olho do furacão de uma série de transformações comportamentais, culturais e políticas que estavam ocorrendo no mundo em meio à Guerra Fria e a corrida espacial. O rebelde diretor John Frankenheimer faz o filme “O Segundo Rosto” (Seconds) que será o precursor no cinema de narrativas sobre protagonistas (em geral na meia-idade) que despertam do sonho americano e descobrem a mediocridade da vida e dos valores – “Beleza Americana” (1999) e “Vidas Em Jogo” (1997) são alguns exemplos posteriores. Mais do que um filme sobre a identidade (ou a perda dela), o filme toca em um tema potencialmente gnóstico: se a vida social está baseada no artificialismo de papéis e expectativas dos outros (ou do Outro), quem afinal somos nós? A reposta poderá estar em uma perigosa jornada interior que pode se transformar em pesadelo.

sexta-feira, outubro 04, 2013

A luz que nos cega no filme "El Topo" de Jodorowsky


Um filme cercado de lendas, algumas verdadeiras. John Lennon exigiu que a Apple comprasse seus direitos para exibi-lo em Nova York. Em pouco tempo o filme tornou-se um Cult nas sessões de meia-noite no circuito underground. “El Topo” (aka “The Mole”, 1970), uma produção mexicana do diretor franco-chileno Alejandro Jodorowsky narra em estilo “western spaghetti” de Sérgio Leone a jornada espiritual de um pistoleiro em desoladas paisagens repletas de alusões e alegorias a Jung, Freud, misticismo, esoterismo, filosofias e mitologias bíblicas. Cada plano, cena ou detalhe é um desafio para o espectador tentar resolver os enigmas que se acumulam em cada imagem baseada em fragmentos de textos antigos, fábulas e contos zen. O diretor parece querer que tanto o protagonista quanto o espectador tenham o mesmo destino da toupeira: à procura do Sol ela cava até a superfície. Quando vê o Sol, ela fica cega.

Um homem trajando negro da cabeça aos pés em pleno deserto incandescente cavalga um cavalo negro carregando um guarda-chuva sobre sua cabeça e trazendo atrás na sela um menino nu, exceto por um chapéu de cowboy. O homem para, amarra o cavalo em um poste solitário na areia e vemos nas mãos do menino um urso de pelúcia e uma fotografia em um porta-retrato. O homem diz: “hoje você faz sete anos. Você agora é um homem. Enterre seu primeiro brinquedo e o retrato da sua mãe”. Ele pega uma flauta e toca enquanto o menino segue suas instruções.  Para o espectador, essa cena de abertura será a mais normal e compreensível de todo o filme.

“El Topo” do franco-chileno diretor Alejandro Jodorowsky é cercado de histórias e lendas: suas técnicas de filmagem não eram o que poderia se dizer ortodoxas - normalmente utilizava nativos da região da filmagem como atores e obrigava-os a se submeter a experiências de esgotamento físico diante das câmeras. Rumores dizem que fazia os atores experimentarem o sangue um do outro e de expô-los a violência real. Segundo consta, o próprio Jodorowsky matou os 300 coelhos com as próprias mãos para uma cena do filme.

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