Mostrando postagens com marcador Propaganda. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Propaganda. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, fevereiro 01, 2024

Mídia no modo Alarme: pesquisa tautista dá folego ao lavajatismo



O jornalismo corporativo bate bumbo sobre o relatório “Índice da Percepção da Corrupção” da pouco transparente ONG Transparência Internacional – de relações promíscuas passadas com a Operação Lava Jato. Segundo a pesquisa, o Brasil caiu dois pontos no primeiro ano do governo Lula. É a grande mídia de volta ao modo alarme com a pauta da corrupção. Enquanto Moro é sacrificado como um anti-herói que, em seu último ato, deve morrer para salvar o seu legado: o lavajatismo. Por enquanto, corrupção ainda é vista como ameaça futura. A pedra angular da pesquisa é o conceito de “percepção”, confundida com “opinião”.  A questão é que a percepção não é um juízo pessoal, mas uma “ignorância pluralista” moldada pela consonância, acumulação e onipresença da pauta midiática.  Por isso, o índice da pesquisa é “tautista” (tautologia + autismo midiático): reflete apenas o ecossistema midiático - espelha o modus operandi da grande mídia na guerra híbrida.

quarta-feira, janeiro 03, 2024

Memórias em ruínas no filme 'Retratos Fantasmas'


As ruínas nos fascinam. Desde o início da arqueologia moderna, influenciou a sensibilidade artística criando um imaginário associado a memórias, fantasmas e desaparecimento até chegar, no século XX, ao “princípio das ruínas” como propaganda e estética política nazista: ruínas como inspirações para as gerações futuras. Kleber Mendonça Filho consegue representar esse imaginário em “Retratos Fantasmas” (2023) através de uma jornada pessoal e sociopolítica pelas memórias trazidas pelas ruínas urbanas: da casa vizinha ao edifício em que mora aos cinemas de rua abandonados do Centro do Recife. Como a modernidade cria incessantemente ruínas. E como nos relacionamos com elas através das memórias. Além de as ruínas apontarem para o futuro quando salas de projeção viram templos religiosos.

sábado, dezembro 09, 2023

A psicologia de massas do nazismo no filme "Jojo Rabbit"


Nazistas são maus, frios e assassinos. É a própria encarnação do Mal no cinema, criando dramas pessoais e tragédias humanas. Tão poderosos que, através da propaganda política, teriam poderes totais sobre as massas hipnotizadas. Mas o filme “Jojo Rabbit” (seis indicações ao Oscar em 2020 e disponível no Star +) é uma visão alternativa nesse senso comum. Equilibrando-se corajosamente no fio da navalha entre tragédia e humor, o diretor Taika Waititi mergulha na guerra interior do pequeno protagonista: entre o superego do seu amigo imaginário (nada menos que o próprio Hitler) e o inconsciente secreto que se esconde no sótão da sua casa. Jojo finge ser uma nazista cruel da juventude hitlerista. Mas tudo o que quer é fazer parte de um clube. “Jojo Rabbit” cria uma representação fílmica da psicologia freudiana no nazismo: no fundo, as pessoas sentem-se solitárias e mal-amadas – sós, procuram a sensação de pertencimento. Nem que seja entre nazistas.

sexta-feira, dezembro 01, 2023

A esquerda também precisa de loucos


A esquerda precisa de loucos! Este humilde blogueiro não está se referindo à opção existencial de ser esquerdista ou mesmo professor – que, sabemos, exige uma grande dose de loucura. O que este “Cinegnose” se refere é a recorrência de personagens caricaturais e canastrões promovidos pelas estratégias semióticas alt-right: Trump, Milei, Bolsonaro, Zelensky et caterva. São loucos, mas com método: o marketing político storytelling. Eles performam personagens arquetípicos (para ocultar suas verdadeiras agendas) que viram bombas semióticas – a única coisa que fura as bolhas digitais que flutuam no mar do “contínuo midiático atmosférico”, a transmutação atual da velha esfera pública. Não vivemos mais na “sociedade do espetáculo”, mas na “media life”: o que chamamos de “realidade” é aquilo que mais se assemelha às imagens e narrativas ficcionais. Por que a esquerda não faz o mesmo? Por que não fazer a extrema direita sentir o gosto do próprio veneno? Criar seus próprios Mileis, Bolsonaros e Zelenskys? Criar seus próprios loucos, mas com sinais trocados.

quarta-feira, novembro 22, 2023

"Ele não é um líder, é um sintoma"... ironias e lições na vitória de Javier 'El Loco' Milei


O ex-ministro da Economia Argentina Domingo Cavallo foi direto referindo-se a Javier Milei: “Ele não é um líder, é um sintoma da sociedade argentina”. Uma observação repleta de ironias, a começar por quem cometeu esse sincericídio. Se Milei é um sintoma social, tudo começa com Cavallo, passando pelo grupo de comunicação que ele beneficiou e que construiu o personagem “El Loco”: a Corporación América. Um personagem que, como sempre na estratégia alt-right de comunicação, borrou as fronteiras entre ficção e realidade (canastrice política). Paradoxalmente, ocultou a agenda neoliberal com um anarcocapitalismo com uma embalagem rock n’roll, antissistema e revolucionária. Como sintoma, reflete o psiquismo coletivo da cismogênese - o nacionalismo mesclado de prepotência e melancolia de um país que se sente como um pedaço da Europa perdida na América do Sul.

quarta-feira, novembro 01, 2023

Israel de Netanyahu é o sonho erótico totalitário da extrema direita brasileira


Orgulhosamente policiais de SP “escoltam” reservistas israelense no embarque para a guerra Israel/Hamas; numa ação conjunta entre Polícia e Exército, 45 militares invadem uma comunidade em Guarulhos/SP atrás de armas furtadas do Exército; na primeira leva de brasileiros repatriados, uma excursão religiosa ostenta orgulhosamente a bandeira de Israel enquanto canta o hino nacional; após Rio arder em chamas, grande mídia ansiosamente aguarda que Governo parta para o enfrentamento com tropas da Força Nacional; no dia seguinte à morte de aluna em atentado numa escola estadual, o governador de SP anuncia seguranças privados em escolas. Se preferir, podemos tomar esses eventos como acontecimentos isolados. É mais tranquilizador. Porém, há um projeto subterrâneo que envolve a conquista do imaginário coletivo através do fetichismo das armas, guerra e meganhagem: o sonho erótico totalitário de um Estado análogo ao Estado militarizado de Israel de Netanyahu.  

sexta-feira, setembro 01, 2023

Descida ao inferno tragicômico da precarização em 'Tempos Super Modernos'


As engrenagens de uma máquina industrial engolindo Chaplin em “Tempos Modernos” foi o ícone do velho capitalismo industrial. E qual seria o melhor ícone que representaria o atual capitalismo de plataforma que “liberta” o trabalhador da linha de montagem para ser precarizado? Uma boa contribuição é dada pelo personagem Arturo, com sua bike, mochila e smartphone na comédia dramática italiana “Tempos Super Modernos” (“E noi come stronzi rimanemmo a guardare”, 2021). Acompanhamos a tragicômica saga do protagonista pelo inferno da precarização, depois de ter sido demitido pelo próprio algoritmo que criou. 

sábado, agosto 19, 2023

Toxicomania de minorias versus toxicomania de massas na minissérie 'Império da Dor'


A pior crise de saúde pública nos EUA, entre e epidemia da AIDS e a pandemia do coronavírus. Uma epidemia de opioides iniciada com o lançamento do analgésico OxyContin, em 1995, fabricado pela Purdue Pharma, que matou 500 mil pessoas nas duas últimas décadas. Como a família Sackler descobriu a pedra filosofal da Big Pharma: o ciclo vicioso da dor e prazer com uma simples pílula. Esse é o tema da minissérie Netflix “Império da Dor” (2023) que explicita toda a hipocrisia por trás do debate em torno das drogas: o diferente tratamento dado à toxicomania de minorias e a toxicomania de massas. A primeira, criminalizada e alvo de toda a condenação moral pelas mídias. E a segunda, a criação legalizada da dependência química em massa sob aprovação das agências federais que executam uma inversão mercadológica: primeiro inventa-se a droga, depois a doença.

sexta-feira, agosto 11, 2023

A esquerda precisa construir um novo imaginário


Desde que os nazistas e fascistas chegaram ao poder na Europa com o apoio do rádio e cinema, a esquerda continua sem entender até hoje o que aconteceu. Ainda acha que as massas são enganadas pelas ideologias, manipulações e mentiras. E que a sua missão (inglória) é denunciar fake news, desmascarar farsas, na esperança de que um dia as massas caiam em si e descubram a verdade. A questão é que a ideologia não se define pela “falsa consciência”, mas pela força do imaginário. E o imaginário não é derrotado pela “razão”, “verdade” ou “Ciência”. Somente um outro imaginário pode derrotar o imaginário dominante. Depois de uma história vendo seus oponentes usando a vanguarda midiática e tecnológica para impor seu imaginário, a esquerda ainda insiste na “crítica ideológica”. Sua única chance será criar um outro imaginário, muito diferente do atual, auto descritivo: o imaginário da “luta e resistência”.

sexta-feira, maio 26, 2023

Capitalismo e suas aventuras pela álgebra e matemática no filme 'Uma Mente Brilhante'


O filme “Uma Mente Brilhante” (A Beautiful Mind, 2001) foi a típica peça de propaganda de Hollywood nos anos ainda triunfantes da Globalização pós fim do bloco soviético. O filme conta a vida do gênio matemático John Nash, Nobel de Economia que revolucionou a Teoria dos Jogos aplicada ao comportamento econômico em cenários de competição e negociação. O “Equilíbrio Nash” foi a teoria redescoberta décadas depois e que caiu como uma luva no Capitalismo da Globalização. Substitui “mão invisível” de Adam Smith em um outro nível, deslocando o Capitalismo para a abstração algébrica e matemática. Tão abstrata quanto a própria biografia de Nash no filme, transformando-o no gênio “All American” e patriota, o sal da terra de West Virginia. Sofreu um tipo de “limpeza”, como a de outro gênio matemático: Alan Turing.

sexta-feira, março 17, 2023

Coaches motivacionais, golpes financeiros e a ascensão global da direita alternativa


O episódio da perda milionária de dois ex-colegas do Palmeiras com investimentos de criptomoedas foi emblemático, dentro da onda atual de notícias sobre golpes envolvendo coaches e gurus de autoajuda através de perfis em redes sociais. Para além da repercussão midiática, há elementos recorrentes em todos esses casos: bolsonarismo, neopentecostalismo, autoajuda, canastrice e uma certeza mágica de que com a atitude otimista diante das oportunidades, recompensas virão. Essa é uma geração que foi formada pelo tripé religião-educação-informação. Tripé aparelhado por uma ideologia cujas origens estão no movimento filosófico-esotérico do “Novo Pensamento”. Movimento que inspira a direita alternativa (“alt-right”) do século XXI e que mantém ativo o “exército psíquico de reserva”: um ativo psíquico geracional, eventualmente acionado para apoiar líderes extremistas de direita. Assim que as crises econômicas cíclicas do Capitalismo exigirem, como foi na recente ascensão global alt-right.

quinta-feira, março 16, 2023

Realismo capitalista e hipo-passado no filme '65 - Ameaça Pré-Histórica'


Se no final do século XX falava-se no “fim da História” (o triunfo do liberalismo político e econômico), agora nesse século temos uma ideologia mais expansiva e fluida, na cultura, entretenimento, jornalismo e publicidade: o “realismo capitalista” - uma percepção fluida, desesperançosa e impotente de que a realidade é incontornável. Tão incontornável que o realismo do presente pode ser projetado no passado, mesmo que seja em 65 milhões de anos atrás. Um astronauta cai na Terra, em pleno final do período Cretáceo, no meio de uma cadeia alimentar na qual os dinossauros dominam. Não, não é viagem no tempo. Ele vem de uma avançada civilização extraterrestre. Tão avançada que possui as mesmas mazelas econômicas da nossa Terra atual. É o filme “65 – Ameaça Pré-Histórica” (65, 2023), um thriller enxuto e direto de sobrevivência. Tão direto que as mazelas econômicas do presente estão em todo Universo, na pré-história. O capitalismo tão realista que se tornou interplanetário. Bem-vindo ao hipo-passado.

quinta-feira, março 09, 2023

'Elvis': mais uma vez Tom Hanks passa pano nos incômodos da mitologia pop americana


Depois de filmes sobre ícone pop como Elton John e Freddie Mercury, agora foi a vez de Elvis Presley. Mas com uma ajuda de peso: Tom Hanks no papel de vilão. “Elvis” (oito indicações ao Oscar, entre eles Filme, Ator e Fotografia) é um musical que pretende mais do que renovar a mitologia do rei do rock para as novas gerações. Mas, principalmente, pasteurizá-la dentro do atual imaginário “woke” dos “Novos Democratas” no poder global. E Tom Hanks é o especialista em resgatar e defender as bases da mitologia pop norte-americana, como em Forrest Gump, Apolo 13, O Náufrago, O Círculo, entre outros. Hanks é tão “all american” quanto uma torta de maçã. O filme transforma a histórica relação simbiótica entre Elvis, o infame agente Coronel Parker e a Guerra Fria em “relação tóxica”. Para passar o pano nos detalhes mais incômodos da trajetória do ícone e transformá-lo na “esperança branca” que buscava uma América racialmente igualitária. Esquecendo de como o mito “Elvis The Pelvis” foi instrumento de guerra cultural e política.

sábado, fevereiro 11, 2023

Revisitando 'Rambo: Programado Para Matar' - do cinema esquizo ao patriótico


O personagem John J. Rambo acabou sendo ressignificado pela propaganda nacionalista de Hollywood da Era Reagan. Uma propaganda feita para exorcizar a crise moral dos EUA pela derrota humilhante no Vietnã: do personagem disfuncional para o ícone fálico-exibicionista da máquina militar norte-americana. Por isso, o primeiro filme da franquia “Rambo: Programado para Matar” (Rambo: First Blood, 1982, disponível no MUBI) acabou contaminado pelos filmes posteriores. Esse filme precisa ser revisitado, pois foi um filme fora da curva num momento em que Hollywood produzia uma onda de “filmes recuperativos” para elevar o moral da América. Rambo é ainda o anti-herói que ecoa todos os anti-heróis do chamado “cinema esquizo” dos anos 1970 de filmes como “Um Estranho no Ninho” e “Taxi Driver”: protagonistas instáveis, obsessivos, paranoicos e disfuncionais que declaram guerra contra seu próprio país.

quinta-feira, dezembro 29, 2022

A utopia eletromagnética de toda uma geração no filme 'Les Magnétiques'


Os últimos momentos gloriosos de um mundo que vai acabar. Não! Não é um filme catástrofe. É o francês “Les Magnétiques” (2021), ambientado no início dos anos 1980 numa pequena cidade na Bretanha em pleno momento da explosão pós-punk e da energia DIY (“faça você mesmo”) – um grupo de jovens que comandam uma rádio pirata cujas antenas prometem a todos abrirem-se para o mundo e para um futuro revolucionário. Mas, o peso da realidade cotidiana e do serviço militar mostrarão que há inimigos muito maiores a serem enfrentados: a música transformada em propaganda política na Guerra Fria e a sua mercantilização corporativa. “Les Magnétiques” é um filme francês, mas acaba caindo no velho clichê hollywoodiano da “quebra-da-ordem-e-retorno-à-ordem”

sábado, dezembro 10, 2022

Do demasiado humano ao AstroGnosticismo no filme 'Nr. 10'

O diretor holandês Alex van Warmerdam é conhecido por esse humilde blogueiro principalmente pelo filme “Borgman” (2013) sobre como uma família burguesa é capaz de se autodestruir pelo demasiado humano que nos habita. Mas, dessa vez, seu espírito desconstrutivista foi mais além: do demasiado humano para uma narrativa AstroGnóstica no filme “Nr. 10” (2021). Uma verdadeira montanha-russa, com guinadas secas no tom, como se quisesse brincar com o espectador: de uma simples comédia de erros, passando para um drama sobre pecados até dar uma guinada AstroGnóstica. “Nr. 10” começa no mundo profano do cotidiano (a rotina de trabalho, traições e mentiras numa companhia teatral) para convergir para o Sagrado: a busca de si mesmo pelas mãos de um estranho homem sussurrante que conduz o protagonista a um excêntrico Monsenhor que parece ter negócios muito além desse mundo.

terça-feira, outubro 25, 2022

Canastrona False Flag 'Scarface' abre reta final da campanha eleitoral


Se no domingo anterior o ministro Alexandre de Moraes puxou o freio para equilibrar o debate na Band ao mandar excluir o vídeo “pintou o clima”, nesse domingo mais uma vez o ministro entra em cena determinado a prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) que recebeu os policiais federais com pompa e circunstância cinematográficas, ao estilo Tony Montana de “Scarface”. A icônica cena do “Padre” Kelmon ladeado pelo Bob Jeff vestido para a guerra e um agente que mais parecia ter saído de algum conflito do Oriente Médio, aponta para um evento dramaturgicamente coreografado. Com todos os indícios de uma operação “False Flag”: recorrência, sincronismo, canastrice e timing. Bob Jeff, aquele que nada tem a perder se auto-imolando, desempenha seu último papel: o de “apito de cachorro” para desviar a atenção do distinto público do incômodo sincericídio de Paulo Guedes, e chamar os brios do núcleo armado bolsonarista que legitime uma eventual operação de Garantia de Lei e Ordem. Ou antes ou depois da eleição.

quarta-feira, setembro 28, 2022

Filme 'A Mulher Rei' é a 'smoking gun' da Era Joe Biden


Sempre soubemos que Hollywood é o braço ideológico do império americano. Principalmente quando suas produções entram no terreno da História: começam a torcer os fatos para que se transformem em contos morais que justifiquem as agendas políticas do presente. O filme “A Mulher Rei” (The Woman King, 2022) é o mais novo exemplo, mas com uma torção histórica tão exagerada que virou a verdadeira “smoking gun” (objeto ou fato que serve como prova conclusiva de um crime) da propaganda política da Era Joe Biden – que acabou gerando um crescente movimento de boicote ao filme nos EUA: “#BoycottWomanKing”. O filme transforma o Reino de Daomé e seu exército de amazonas “Agojies” em um libelo do empoderamento feminino e da luta racial (historicamente, a violenta economia de Daomé era baseada na captura e comercialização de escravos para o tráfico europeu). “A Mulher Rei” é uma peça de propaganda dos chamados “Novos Democratas”, cujo apoio aos movimentos identitários serve para “colorir” a geopolítica do “Big Stick” ("Grande Porrete"), vigente desde a Era Roosevelt. 

quarta-feira, setembro 07, 2022

Filme 'No' e derrota da esquerda no plebiscito chileno: será que o gato subiu no telhado?


A direita ganhou no plebiscito que recusou a nova constituição para o Chile. Quer entender o porquê? Então assista ou reveja o filme “No” (2012) – indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2013. Um filme sobre outro plebiscito chileno, trinta e quatro anos atrás, no qual o país decidiria se o General Augusto Pinochet permaneceria mais nove anos no poder, estendendo a ditadura militar. Um filme sobre a campanha de propaganda do “Não” que enfrentou vitoriosamente a campanha de desinformação do “Sim”, mostrando que o “hype” das fake news não é nenhuma novidade. Porém, o que torna as estratégias nas redes digitais mais letais do que a propaganda política do passado é sua contaminação semiótica de natureza metonímica, exponencial, em tempo real – muito além da velocidade processual da Justiça e das legislações. Às vésperas das eleições brasileiras, a esquerda deve se precaver: será que o gato está subindo no telhado? 

quinta-feira, agosto 04, 2022

Em 'Georgetown' a América é enganada pela sua própria ilusão



Washington DC é um verdadeiro Triângulo das Bermudas, habitado por poderosos, aqueles que tentam influenciar os poderosos e aqueles que escrevem sobre ambos. Gente, com muito dinheiro, status, posição e privilégios. Mas que, mesmo assim, não estão a salvo de serem enganadas pelas mesmas armas que fizeram a hegemonia da América: a ilusão e a mentira. Baseado em um caso real, “Georgetown” (2019), estrelado e dirigido por Christoph Waltz, acompanha um vigarista que fez carreira no centro do poder à base de falsos currículos, diplomas e certificados impressos a partir de sites fakes da Internet, citações de amizades fictícias e relações imaginárias com potências estrangeiras. Uma história que terminou em assassinato. E que aponta para o ponto fraco de um país construído a partir da imagem: a nostalgia de alguma essência real que nunca teve.

Tecnologia do Blogger.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Bluehost Review