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quinta-feira, novembro 13, 2025

A positividade tóxica da cultura da felicidade na série 'Pluribus'



Vivemos sob o peso de uma contradição moderna: o mundo parece à beira do colapso, mas somos implacavelmente ordenados a "ser felizes". Entre o apocalipse climático e o imperativo da cultura coaching, essa busca frenética pela positividade ameaça nos tornar indiferentes e acríticos. É exatamente essa distopia da "adaptação feliz" que a nova série da Apple TV+, “Pluribus” (2025-), explora, transformando a felicidade compulsória em uma aterrorizante invasão alienígena. Após duas décadas imerso na angústia moral de Breaking Bad e Better Call Saul, Vince Gilligan retorna à TV com “Pluribus”, uma série que troca o crime pela ficção científica. No entanto, o verdadeiro terror não vem de monstros, mas da própria felicidade — uma "mente colmeia" de origem alienígena que pacifica a humanidade. A série funciona como uma crítica afiada ao nosso zeitgeist de positividade tóxica, questionando o que realmente significa ser humano quando a dor e o conflito são erradicados.

terça-feira, abril 15, 2025

"Death of a Unicorn": por que os unicórnios invadiram a cultura pop?

 


Saem tiranossauros e velociraptors. Entram os míticos unicórnios... mas com garras de velociraptos em seus cascos. Muitos críticos apontam que o filme “Death of a Unicorn” (2025, chega aos cinemas daqui em maio) é o clássico “Jurassic Park” (1993) do século XXI – enquanto os dinossauros invadiram a cultura pop dos anos 1990, agora é a vez dos unicórnios: de símbolos alegres do movimento LGBTQI+ à figura que designa startups tecnológicas que supostamente valeriam mais de um bilhão de dólares. Um pai e uma filha acidentalmente atropelam e matam um unicórnio enquanto estavam a caminho de um retiro de fim de semana numa mansão isolada, onde seu chefe bilionário de uma Big Pharma tenta explorar as propriedades curativas milagrosas do sangue e chifre da criatura. Para tudo virar em um massacre vingativo da Natureza contra bilionários: “rich explotation”. Em cada época, dos seres pré-históricos do passado e agora as lendárias criaturas, cada qual representou o zeitgeist do seu tempo: em 1993, a Globalização triunfante. E o unicórnio atual, o triunfo das Big Techs e Big Pharmas na financeirização.

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