O que você faria se Deus aparecesse? E se Ele não fosse como Morgan Freeman em “O Todo Poderoso” (2003), uma divindade bondosa que pacientemente dá lições morais para Jim Carrey. Não, e se Deus aparecesse como um anão sem-teto, alcoólatra, desbocado e de saco cheio da própria Criação? Pior, com um plano de exterminar a humanidade. Essa é a comédia de humor negro “Matando Deus” (“Matar a Dios”, 2017): o Todo-Poderoso invade a noite de Ano Novo de uma família disfuncional que é o microcosmo de todas as mazelas do demasiado humano. Depois de muitos dilemas morais, o grupo chega a uma conclusão: eles precisam matar Deus. Uma narrativa que combina humor negro com o melhor do slasher dos filmes B. E suscitando leituras tanto nietzschianas como gnósticas.