domingo, fevereiro 16, 2020

Cinco programas da TV (+ um bonus track) que "previram" a política atual: vida imita a arte?


Série “Mundo da Lua”, “TV Pirata”, “Sai de Baixo”, “A Grande Família” e “Pânico na Band”. O que esses produtos audiovisuais da TV brasileira dos anos 1990 e começo dos 2000 têm em comum com a atual realidade política? Nos últimos dias, muitos internautas vêm apontando nas redes sociais “coincidências” ou “previsões” que estariam se realizando no atual cenário político. Muitos falam: “a vida imita a arte”. Mas é muito mais do que esse lugar-comum. A estratégia bolsonarista de guerra criptografada e do chamado “domínio total do espectro” transita por uma espécie de “twilight zone” entre ficção e realidade - a realidade faz uma bizarra paródia da ficção e, paradoxalmente, valida-se como “realidade” ao aproximar-se da ficção midiática. E, tal como a sineta de Pavlov, faz salivar de ódio todo espectro da esquerda: identitária, namastê, parlamentar... O “Cinegnose” analisa cinco “profecias” (e + um “bônus track”) revelando como a estratégia militar bolsonária se serve do contínuo midiático para emular narrativas ficcionais para o “controle do espectro”

A vida imita a arte? É isso que nos últimos dias muitos internautas estão perguntando nas redes sociais. Apontam as coincidências significativas entre bordões, cenas ou personagens de produtos audiovisuais de ficção da TV brasileira com os últimos eventos políticos que têm ocupado a pauta midiática: a bravata do ministro da Economia Paulo Guedes justificando a alta recorde do dólar, dizendo que o Brasil atual não é aquele do passado em que até empregadas domésticas iam à Disney, com dólar baixo e juros elevados.
Ou o aceite da atriz global Regina Duarte em assumir a secretaria da Cultura. Respectivamente, muitos começaram a apontar coincidências com o personagem Caco Antibes, do humorístico “Sai de Baixo”; ou o impagável esquete “Rainha da Mamata” do antigo humorístico TV Pirata, paródia da própria Regina Duarte que protagonizava a novela Rainha da Sucata, em 1990.
E muitos outros. Mas nesse espaço, vamos nos limitar a analisar cinco exemplos. Para percebermos que essas “coincidências” revelam algo muito mais complexo do que o lugar-comum do “a-vida-imita-a-arte”. 
A hipótese desse Cinegnose é de algo mais sério e proposital que nos leva a reformular a pergunta em outros termos: em que momento a ficção termina e começa a realidade? Será que é a ficção faz uma paródia da realidade? Ou a realidade faz uma bizarra paródia da ficção e, paradoxalmente, valida-se como “realidade” por aproximar-se da ficção midiática?
E se isso for uma deliberada estratégia política militar de guerra criptografada que visa o chamado “domínio total do espectro”? - conceito geopolítico mas de fácil aplicação na guerra política interna. 



  São cinco exemplos (+ um “bônus track”) que, mais uma vez, mostra para a esquerda que ela não está diante de um opositor comum, como eram os velhos generais da ditadura militar ou os políticos tucanos, incapazes de tornar a pauta neoliberal de privatizações e reformas atraentes ao distinto público através do seu indefectível e sonolento discurso do “choque de gestão”. Discurso que era facilmente derrotado.
Primeiro vamos analisar essas cinco “coincidências” - sincronismos seria o termo correto – uma zona crepuscular entre o contínuo midiático e a realidade cujo gênio não só do bolsonarismo, mas do atual nacional-populismo de extrema-direita, é saber manipular e agir dentro dessa zona.

1. “Esquadrão do Sabonete” e a “crise hídrica” de São Paulo


Sucatear aquilo que é público para depois privatizar. Esse é o modus operandi tanto dos de gestores e políticos tucanos quanto do atual governo para cumprir a agenda neoliberal. É um processo lento e que envolve a preparação da opinião pública para aceitar tudo como fosse um fato consumado – cria-se uma crise, para em seguida a sociedade clamar por uma solução privatista como a única solução que garanta eficiência.
No último dia cinco de fevereiro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a reforçar a intenção de privatizar a Sabesp, assim que saia o marco legal do saneamento básico, votação pendente no Senado.
Esse seria o desfecho de um agendamento midiático cotidiano: vender a ideia para o respeitável público que a água é um bem escasso. E, portanto, deve ser precificado para que o mercado ofereça uma utilização “racional” do bem.
E como sempre, validar essa agenda amarga e anti-popular através da ficção. Um trabalho muitas vezes de longo prazo.
Um exemplo disso é a suspeita conexão entre um episódio da série de TV Mundo da Lua e a chamada “crise hídrica” de São Paulo (2014-16) na qual os níveis de seca e a redução da oferta de água atingiram níveis poucas vezes vistos no Estado. 
Poderia o menino Lucas Silva e Silva, personagem da série de sucesso Mundo da Lua exibida pela TV Cultura de São Paulo entre 1991 e 1992, ter previsto a atual crise da água no episódio “Esquadrão do Sabonete?
Nesse segundo episódio da série acompanhamos a luta da família para obrigar Lucas a tomar banho. Para isso, os familiares criam o “esquadrão do sabonete” com o intuito de encontra-lo e arrastá-lo para o banho. Após a perseguição, Lucas tranca-se no banheiro, começa a sonhar acordado e relata pelo microfone do gravador como seria a história de um Brasil sem água.
Em vários momentos do episódio, o sincronismo com a atualidade daquele momento era desconcertante: imagens da TV de um telejornal descreve a falta de chuvas e imagens de pessoas carregando baldes: “a ausência de chuvas traz problemas à população... e o principal é a falta d’água nas torneiras. Isso porque os reservatórios das cidades são alimentados pelas chuvas que caem...”.
Esse é o mantra que atualmente os telejornais repetem para esconder a reponsabilidade dos agentes públicos pela falta de planejamento e investimento, colocando a culpa em uma suposta catástrofe ambiental.


A certa altura no episódio, o presidente anuncia em cadeia nacional pela TV, curto e grosso, de que o abastecimento de água entrou em colapso e a partir daquele momento todos os banhos estão proibidos.
- Estou com coceira mamãe! 
- Claro, estamos há quatro dias sem tomar banho... 
- Pelo amor de Deus, não dá pra tomar um banhozinho só, nem que seja de canequinha?
Pois foi isso que Paulo Yoshimoto, um dos diretores da Sabesp na época, sugeriu em plenos telejornais: falou em “distribuir água de canequinha” e disse que seria possível haver um racionamento de cinco dias por semana.
O episódio da série Mundo da Lua coincidia com a ECO-92 no Brasil. Era o segundo grande evento sobre o meio ambiente depois da Conferência de Estocolmo. Produziram um documento chamado Agenda 21 onde apontavam à necessidade de combate ao efeito estufa, mudanças climáticas e, para enfrentar tudo isso, a gestão eco-sustentável dos recursos hídricos.
Paralelo a esses encontros, crescia número de lançamento de filmes ficcionais sobre futuros distópicos, representando cinematicamente os mesmos cenários futuros discutidos nesses eventos.
E, claro, a chamada “gestão eco-sustentável” é um eufemismo politicamente correto para a gestão privada de bens universais como água, educação, saúde etc.


2. Agostinho Carrara e o paradoxo do empreendedorismo sem escolha


Interpretado pelo ator Pedro Cardoso, Agostinho Carrara era um personagem da série A Grande Família (2001-14) da TV Globo, remake da série original da mesma emissora, nos anos 1970. Agostinho vivia de bicos e pequenos trambiques. Um malandro que vivia no limite entre a legalidade e a contravenção.
Em um dos episódios, Agostinho quer criar uma frota de taxi (Táxi Carrara) junto com seu amigo, o mecânico Paulão (Evandro Mesquita). O último esquete de Agostinho, enquanto passam os créditos finais, é uma impagável reflexão sobre a condição existencial do “empreendedor” – termo genérico que, no atual eufemismo midiático, engloba qualquer coisa fora da rara carteira assinada do emprego formal: informalidade, autônomo, trabalho por conta própria, biscates etc.
“O bom de ser empreendedor é não ter patrão enchendo o saco... ser o patrão de você mesmo... é o empregado de você mesmo... o problema é quando tem que demitir... eu não quero ser demitido... demitir eu mesmo... aí fica estranho... eu ter que me demitir... mas eu sou o patrão... e tenho que me demitir...”... e ai continua num loop até subir a música tema da série.
Em 2011, Agostinho Carrara antevê o verdadeiro paradoxo metafísico do discurso do empreendedorismo atual que glamouriza o desemprego: em que momento a força de trabalho de repente se transmutará em capital? Quando os rendimentos da força de trabalho ultrapassarão a destinação para a sua simples reprodução (comida, descanso etc.) para se transformar em capital que reinveste seu lucro?
 Ainda pelo menos Agostinho Carrara vivia num momento em que o mercado de trabalho oferecia oportunidades para todos. Menos para Agostinho não era lá chegado ao trabalho duro. Preferia viver de pequenos golpes. Ao contrário do momento atual, em que o chamado “empreendedorismo” não é uma escolha – é a única forma para tentar sobreviver.
De qualquer maneira, A Grande Família foi o “esquenta” (estratégia de agenda setting?) do tema do empreendedor que se transformaria na panaceia da suposta retomada econômica pós-impeachment. Mesmo assim, Agostinho aproveitou a brecha para mostrar com humor as contradições dessa bizarra metafísica econômica, muito antes da precarização dos aplicativos e plataformas digitais que magicamente transforma desempregados em empreendedores.


3. Caco Antibes, Paulo Guedes e as empregadas domésticas na Disneylândia


Dezoito anos depois do fim do programa de humor Sai de Baixo, no qual o personagem Caco Antibes destilava seu ódio contra os pobres (ódio típico de uma classe média que, mesmo sem ter onde cair morta, acha que os pobres sempre são os outros...), eis que o superministro da Economia, Paulo Guedes, emula uma das diversas linhas de diálogo interpretadas por Miguel Falabella.
Justificando a alta recorde do dólar, Guedes afirmou que quando o dólar estava a R$ 1,80 “todo mundo estava indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para a Disneylândia, uma festa danada”. 
O mesmo horror que também causava asco em Caco Antibes, ao ter uma “visão do inferno” ao ver os aeroportos “cheios de pobres”, carregando sacolas de produtos trazidos do Exterior “para revender”.
Essa mesma classe média lotava o teatro paulista Procópio Ferreira para assistir às gravações sobre uma família que tinha ficado para trás na ascensão social. Gargalhava com seus próprios preconceitos, aqueles mesmos que vinham à tona nas churrascadas de final de semana após algumas caipirinhas que ocasionalmente anestesiavam a vergonha de si mesmo. 
Na melhor acepção do alemão Theodor Adorno sobre a natureza do riso, riam de si próprios ao ver Miguel Falabella os representando todos os domingos.
Mas no final do século XX, Caco Antibes anteviu essa normalização do preconceito através da cultura da lacração e mitagens que duas décadas depois encontraria sua tradição política habilmente manipulada pela extrema-direita pelo WhatsApp ou Twitter.
Programas de humor pós-moderno como Pânico na TV e CQC, ambos na Band, fizeram essa transição do riso nervoso e culpado para o riso amoral e desavergonhado desse século. 
O pesquisador alemão já havia mostrado como o riso foi instrumentalizado na ascensão nazi-fascista: tanto Hitler quanto Mussolini emulavam astros do cinema mudo como Chaplin, Max Linder, O Gordo e o Magro e os Keystone Cops. Foram atores que involuntariamente prepararam o terreno para as performances caricatas dos ditadores do século XX. 
É o que este humilde blogueiro conceitua como “canastrice na política”: Hitler e Mussolini se inspiraram nas gags visuais dos gênios do cinema mudo. Mais tarde, de forma overacting, exagerada, kitsch e artificial (características da canastrice) trouxeram para a realidade o que viram nas telas. E com trágicas consequências que foram bem além do entretenimento.
Certamente Paulo Guedes deve ter assistido nos anos 1990 muitos episódios do Sai de Baixo, e dado boas gargalhadas da incorreção política de Caco Antibes. Agora emergiu do off Broadway dos economistas brasileiros (sempre estrelados pelo mainstream com nomes como Delfim Neto, Pérsio Arida, Pedro Malan ou Armínio Fraga), empoderado por um governo que, através da ficção, validou todos aqueles tiozões do churrasco que provocavam vergonha alheia no século passado. 


4. Regina Duarte e a “Rainha da Mamata”


O humorístico TV Pirata, em 1990, assombrosamente previu a chegada de Regina Duarte ao governo Bolsonaro. Numa parodia à telenovela Rainha da Sucata, Debora Bloch faz uma imitação histriônica de uma atriz cuja performance já era over, canastríssima, na novela.
Mais assombroso é a entevisão do “asfaltamento da Amazônia” (quintessência das preocupações ambientais do atual governo) e a perspectiva de “sair a minha parte” na mamata da Regina Duarte over canastrona do TV Pirata.
Jogada de mestre de Bolsonaro, dentro da sua bem definida estratégia militar de guerra criptografada: de um lado, vemos Regina Duarte, diante de repórteres, cinegrafistas e de forma constrangedora, sem conseguir sair do personagem ficcional que traçou para si mesma.






                    E do outro fez, mais uma vez, a esquerda identitária entrar discussões bizantinas sobre se é possível sempre defender mulheres, mesmo que tenham “posturas fascistas”, referindo-se à ruralista Regina Duarte (ela possui criação de gado no interior de São Paulo) e que, certamente, tem o mesmo nível de preocupações ambientalistas da “Rainha da Mamata”.
“Depende muito do conceito de mulher, do conceito de feminismo. O feminismo que defende simplesmente as mulheres pelo simples fato de elas serem mulheres é um feminismo fundamentalista e altamente antifeminista...”, e por aí vai a filósofa Marcia Tiburi em um blá-blá-blá disparado pela sineta de Pavlov das bem-sucedidas estratégias criptografadas e diversionistas do Governo.


5. As “Mitadas de Bolsonabo” e o cercadinho dos jornalistas no Palácio da Alvorada


“Mitadas de Bolsonabo” era um esquete do humorista Marvio Lúcio, o “Carioca”, no Programa Pânico na Band em 2017. No quadro, Bolsonabo chega precedido por uma bandinha militar, sobe em um palco cercado por grandalhões com camisetas negras com a palavra “Mito” no peito. 
Na verdade, uma claque de troglodistas que, a cada “lacrada” (respostas racistas, preconceituosas e sexistas dadas a perguntas feitas por populares), começam a gritar “Mito! Mito!”.
Ao lado do CQC, Pânico na Band foi um desses programas de humor pós-moderno (buscavam uma linguagem híbrida combinando TV com a linguagem e cultura das emergentes mídias sociais) que anteviu (ou, na verdade, serviu de plataforma?) a estratégia de canastrice política bolsonária.
Na sua estratégia diária de sequestrar a pauta midiática, o staff de Bolsonaro destinou repórteres setoristas a um cercado em frente ao palácio residencial do presidente, ladeado por uma claque de fãs bolsomínios. 
O roteiro diário segue o mesmo script das “Mitadas do Bolsonabo”, como idealizada pelo Pânico na Band: repórteres fazem perguntas, Bolsonaro reponde de forma politicamente incorreta e a claque grita “Mito! Mito!”.
A última foi repetir o gesto de “banana” para os setoristas que questionavam o desmanche da biblioteca presidencial na montagem de um gabinete para a esposa Michelle. A claque foi ao delírio, reduzindo os jornalistas a “escadinhas” de um típico esquete de humor ao estilo “Zorra Total”.


Bônus track: “Hans River do Rio” (?) e a repórter da Folha que procurava um furo...


Domínio de espectro total: conceito de estratégia militar que utiliza um vasto leque de técnicas de guerra psicológica e econômica, incluindo propaganda, ONGs e Revoluções Coloridas. Poder esmagadorabrangendo desde o espectro electromagnético da Terra, a superfície e debaixo dela, no mar, no ar, no espaço e nos sistemas de informação, com poder esmagador suficiente para lutar e vencer guerras globais contra qualquer adversário.
Conceito geopolítico, mas que os militares do atual governo aplicam muito bem na política interna, criptografando informações, controlando as reações de todo o espectro político – a “sineta do Pavlov”.
O episódio do depoimento de Hans River do Rio (isso é nome ou “nickname”?) da CPMI das Fake News é mais um exemplo. Foi transformada em um circo em que o PT acabou apanhado na própria armadilha.
Rui Falcão caiu feito patinho na arapuca articulada pelo governo, convocando River do Rio (?), negro e funcionário da Yacows, agência de marketing digital envolvida em disparos de fake news via WhatsApp na campanha presidencial.
De um lado uma mulher (Regina Duarte) com “posições fascistas”; de outro, um negro preconceituoso consigo mesmo para indicado para a presidência da Fundação Palmares... e agora, o “Negão do WhatsApp”, um Cavalo de Tróia do Bolsonarismo. 
                   Negros e mulheres para melindrar a esquerda identitária e disparar mais sinetas de Pavlov, tática diversionista que há um ano está dando certo.



                    Hans River do Rio (?) é outro personagem que se locomove por essa zona borrada entre ficção e realidade. Bombasticamente acusou a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha, de tê-lo assediado sexualmente em busca de um furo de reportagem na matéria sobre as fake news nas eleições.
Claro, joga com o preconceito da plateia, alimentada pelo estereótipo do jornalista construído pelo cinema e audiovisual, desde o clássico A Montanha dos Sete Abutres (1951) – jornalistas são potencialmente corrompíveis e corruptos, imorais, sádicos, ambiciosos, sem compaixão. Com raras exceções, como em outro clássico Todos os Homens do Presidente (1976).
Quando então são mulheres, a coisa só piora – como em Um Sonho Sem Limites (1995, uma apresentadora de TV usa sexo e assassinatos para subir na carreira), na série House of Cards (uma jovem repórter troca favores sexuais por informações privilegiadas do Poder em Washington) ou no filme Obrigado por Fumar (2006, idem...).
Hans River do Rio (?) parece um personagem ficcionalmente bem construído por um roteirista: com seu look vintage black power como fosse um artista pop da gravadora Motown dos anos 1970, é uma figura que joga para uma esquerda identitária perplexa e desarmada, desde o episódio da Fundação Palmares.
Mesmo com esse nome (“River do Rio”?), valida-se como personagem real quando invoca a clássica narrativa audiovisual da jornalista sedutora em busca do furo de reportagem.

*****************

Esses seis episódios vão mais além do clichê da “vida imita a arte”. Significam que a guerra criptografada do bolsonarismo transita por essa “twilight zone” entre ficção midiática e realidade – a essência da canastrice na política. 
Essa sineta de Pavlov que faz as esquerdas (identitárias, namastê, parlamentares etc.) salivarem de ódio e gastar todo o seu tempo e energia com discussões que chegam ao bizantino e o conspícuo – Regina Duarte é uma feminista fascista?, p. ex.
E no caso da “crise hídrica” tucana, a velha estratégia de agendamento do fato consumado na pauta midiática.
Não se trata de “clarividência” dos produtos midiáticos, mas de como a estratégia de comunicação da extrema-direita emula como farsa narrativas ficcionais.
Paulo Guedes não quer empregadas domésticas na Disneylândia? Lacrou! Como Caco Antibes... enquanto a esquerda desconstruída saliva de ódio...
Quando a esquerda conseguirá escapar dessa twilight zone da canastrice na política e descer para o deserto do real? Como nesse momento estão fazendo os heroicos petroleiros em greve. Vendendo botijões de gás a R$ 40 reais, enquanto a grande mídia ignora a greve para apenas repercutir o vai-e-vem diversionista do bolsonarismo.

Postagens Relacionadas

Tecnologia do Blogger.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Bluehost Review