terça-feira, novembro 25, 2025

Dois fusíveis queimados disputam as manchetes; a inflação semântica da palavra "histórico" na mídia; Zelensky entre a espada e a privada de ouro



Daniel Vorcaro, o banqueiro-prisioneiro do liquidado Banco Master, deve estar irritado! Narcisista e ostentador contumaz, deve estar indignado com a solda do Bolsonaro na tornozeleira ter roubado as manchetes da mídia que eram só suas. Paciência... é o que dá ser fusível a ser queimado para manter a integridade do sistema: Bolsonaro, manter íntegro o sistema político; Vorcaro, o sistema financeiro. Venha discutir esse e outros assuntos na Live Extra Cinegnose 360 #110, nessa quarta-feira (26/11), às 18h, no YouTube e Instagram.  Começando com as Conversas Aleatórias, quando você pergunta sobre qualquer coisa para o humilde blogueiro. E também faz comentários e críticas no Chat. E na Crítica Midiática: a guerra oculta no País pelo controle da pauta midiática; do quê Bolsonaro estava rindo na Superintendência da Polícia Federal? Um flagrante de Inteligência Artificial preguiçosa no jornalismo; Por que a inflação semântica da palavra “histórica” no jornalismo corporativo? COP30 e a mídia esquecem que com petróleo não se faz apenas combustível; Zelensky: entre a espada de Putin e o escândalo da privada de ouro. Venha conspirar!

Banco Master e a tornozeleira danificada: a guerra oculta pelo controle da pauta midiática

 

Entre a versão oficial de uma fuga frustrada e o relato surreal de vozes vindas da tornozeleira, o episódio da madrugada de sábado em que Jair Bolsonaro teria danificado o dispositivo eletrônico com um ferro de solda revela-se menos como um ato isolado e mais como um espetáculo midiático calculado. No embate entre dolo consciente, surto repentino ou encenação, emerge a hipótese de um “não-acontecimento” ou “pseudoevento”: uma operação semiótica destinada a deslocar o foco das manchetes, obscurecendo o verdadeiro terremoto político-financeiro que representa a liquidação do Banco Master: a ameaça de expor as ligações perigosas entre banqueiros, empresários e o sistema de poder brasileiro. Guerra semiótica pelo controle da agenda midiática que lembra a disputa pelo foco midiático em 2012 entre o escândalo das ligações perigosas do empresário contraventor Carlinhos Cachoeira e o julgamento do Mensalão.

sábado, novembro 22, 2025

Entrevista com Fausto Fawcett; contra a nitroglicerina pura do Banco Master, o alívio cômico da prisão de Bolsonaro; COP30 é fogo...

 

O timing não poderia ser melhor! Quando a liquidação extra-judicial do Banco Master (com a prisão do seu dono, Daniel Vorcaro, tentando fugir do País). ameaçava até expor os conflitos de interesses do banco com ministros do STF, eis que Bolsonaro retorna à ribalta midiática. Xandão manda prender Bozo, provocado por Flávio Bolsonaro que convocava uma “vigília” na frente da casa do pai. O fusível tem mais para queimar... Esse e outros temas vamos discutir na Live Cinegnose 360 #217, nesse domingo (23/11), às 18h, no YouTube e Instagram. Live ESPECIAL que começa com uma entrevista com o FILÓSOFO POP, CRONISTA URBANO, MÚSICO, CANTOR E COMPOSITOR-LETRISTA FAUSTO FAWCETT: da Copacabana Blade Runner a Favelost. E depois vamos discutir o filme brasileiro “O Agente Secreto”: do terror espetacular ao terror administrativo da Ditadura Militar. E na Crítica Midiática: Grande Mídia agradece o alívio cômico da prisão de Bolsonaro; Jornalismo corporativo começa a encaixar prisão de Bolsonaro na Semiótica Nam-Nem; Banco Master e os conflitos de interesses com o STF; o incêndio irônico da COP30; Trump surpreende jornalista da CNN: Flood the Zone! O jogo pesado da extrema direita: a farsa da carreta do Rodoanel de SP; Trump quer que Zelensky aceite acordo de rendição e não “Plano de Paz”.

sexta-feira, novembro 21, 2025

O terror administrativo da ditadura militar em 'O Agente Secreto'



Se a extensa filmografia brasileira do século XXI sobre a ditadura — de "Zuzu Angel" (2006) ao oscarizado "Ainda Estou Aqui" — mergulhou nos traumas dos "Anos de Chumbo" e da resistência, “O Agente Secreto” (2025) ousa trilhar um caminho distinto. Em vez do choque da tortura física, Kleber Mendonça Filho (“Bacurau”, “Retratos Fantasmas”) nos apresenta o horror do "terror administrativo". Situado no ano de 1977, o filme captura com precisão cirúrgica o momento em que a violência do regime deixou os porões escuros para se instalar, sob a luz fria e burocrática, nas repartições públicas, transformando carimbos, papéis e arquivos de aço em institutos de identificação policiais em armas tão letais quanto um fuzil. “O Agente secreto” nos traz um alerta urgente: o Brasil é um país que enterrou seus mortos sem fazer a autópsia completa da história.

terça-feira, novembro 18, 2025

Mídia normaliza Banco Master: "problema político"; COP30 e fala diversionista do chanceler alemão; apagão na Internet... menos na China


Agora começamos a entender o porquê da urgência da extrema direita em se blindar contra a Polícia Federal: PF investiga esquema de fraude no Banco Master... que prende o dono do banco (o “Lobo da Faria Lima”) no aeroporto quando estava fugindo para a Europa... cujo banco terá um interventor que vai quebrar todos os sigilos bancário. Nitroglicerina pura! Que a grande mídia começa a normalizar como se tudo não passasse de “corrupção política”. Essa e outras notícias serão discutidas na Live Extra Cinegnose 360 #109, nessa quarta-feira (19/11), às 18h, no YouTube e Instagram. A liquidação do Banco Master: normalização e oportunismo da grande mídia para transformar tudo em defesa da autonomia do Banco Central; o “Lobo da Faria Lima” do Banco Master estava montando grupo de mídia; o caso da fala contra o Brasil do chanceler alemão e a estratégia semiótica de diversionismo da extrema direita; mototáxis retornam a SP e a construção semiótica do “Ricardo Nunes, o Sensato”; o mundo sofre outro apagão da Internet... menos a China; alunos avaliam professores na rede pública de SP: a antessala para a IA substituir professores; ultraprocessados e novo mapa da fome no Brasil... e outras bombinhas semióticas para terminar.

sábado, novembro 15, 2025

HOJE: Steve Vai; Bomba semiótica Forte Apache explode na COP30; Por que mídia elegeu a "segurança" como o tema decisivo da eleição 2026?



EXCEPCIONALMENTE, A LIVE DO DOMINGO ACONTECERÁ HOJE (17/11). DEPOIS QUE O TÉCNICO DE INFORMÁTICA DEU UM “REIKE” NO NOTEBOOK, ELE VOLTOU A FUNCIONAR... A bomba semiótica Forte Apache mais uma vez é detonada. Depois dos índios cercarem o Palácio do Planalto em 2014, em plena Guerra Híbrida pré-impeachment da Dilma, mais uma vez os índios atacam. Dessa vez a COP30, deixando a ONU alarmada! Uma bomba semiótica com os mesmos efeitos semióticos, midiáticos e políticos. Venha discutir esse e muitos outros temas na Live Cinegnose 360 #216, HOJE (17/11), às 18h, no YouTube e Instagram. Começando com os CDs e vinis de Steve Vai: entre o virtuosismo estéril e a inovação da guitarra. Depois, teremos os seguintes filmes para discutir: a série “Pluribus” (a positividade tóxica da cultura da felicidade) e “Bugonia” (o caos controlo das bolhas digitais). E depois dos trepidantes Comentários Aleatórios, vem a Crítica Midiática: COP30 e a bomba semiótica Forte Apache; depois da “pobreza menstrual”, agora vem “pobreza climática”; COP 30 é mais ameaçadora do que Trump no Caribe; por que Derrite, Eduardo Cunha e Arthur Lira jantaram juntos em Brasília? Grande mídia elege a “segurança pública” como o tema das eleições 2026... Por que será? Despachar palestinos de Gaza agora virou empreendedorismo em Israel! E muitas outras bombinhas semióticas.

sexta-feira, novembro 14, 2025

O caos controlado das bolhas digitais no filme 'Bugonia'


O novo filme de Yorgos Lanthimos, “Bugonia” (2025), sobre teóricos da conspiração que sequestram uma CEO de uma multinacional farmacêutica acreditando que ela é uma alienígena, funciona como uma ilustração precisa do "efeito fliperama" da guerra híbrida. O filme demonstra como o ressentimento pessoal, alimentado por bolhas digitais, é transformado em um caos controlado que, paradoxalmente, serve para manter o status quo e desviar o foco da verdadeira classe dominante. Lanthimos vem assumindo uma espécie de misantropia esclarecida, como ficou claro nos filmes anteriores “Pobres Criaturas” e “Tipos de Gentileza”: somos criaturas pobres e miseráveis, mas temos a capacidade de sermos belos e tolos, assim como assassinos e terríveis.

quinta-feira, novembro 13, 2025

A positividade tóxica da cultura da felicidade na série 'Pluribus'



Vivemos sob o peso de uma contradição moderna: o mundo parece à beira do colapso, mas somos implacavelmente ordenados a "ser felizes". Entre o apocalipse climático e o imperativo da cultura coaching, essa busca frenética pela positividade ameaça nos tornar indiferentes e acríticos. É exatamente essa distopia da "adaptação feliz" que a nova série da Apple TV+, “Pluribus” (2025-), explora, transformando a felicidade compulsória em uma aterrorizante invasão alienígena. Após duas décadas imerso na angústia moral de Breaking Bad e Better Call Saul, Vince Gilligan retorna à TV com “Pluribus”, uma série que troca o crime pela ficção científica. No entanto, o verdadeiro terror não vem de monstros, mas da própria felicidade — uma "mente colmeia" de origem alienígena que pacifica a humanidade. A série funciona como uma crítica afiada ao nosso zeitgeist de positividade tóxica, questionando o que realmente significa ser humano quando a dor e o conflito são erradicados.

terça-feira, novembro 11, 2025

As aventuras semióticas da hiper normalização midiática; assim como Gaza, COP30 também tem "flotilha"; o sádico tema da redação do Enem



“Um profissional experiente”. É assim que os canais fechados de notícia tentam hiper normalizar a bizarra e desesperada estratégia da extrema direita de colocar Guilherme Derrite, secretário da Segurança de SP licenciado para ser relator da PL sobre facções criminosas. Um ex-tenente da ROTA, expulso da corporação pelo excesso de letalidade, colocado na Câmara para blindar as finanças do crime organizado contra a Polícia Federal... mas, ele é um “profissional experiente”... Venha discutir esse e outros temas na Live Extra Cinegnose 360 #108, nessa quarta-feira (12/11), às 18h, no YouTube e Instagram. Venha também fazer perguntas e comentários no quadro Conversas Aleatórias, trepidante sessão da Live em que você participa através do Chat. Em seguida, a Crítica Midiática: da “pobreza menstrual” ao “profissional experiente”, as aventuras semióticas da hiper normalização midiática; Tarcisão embarca na pós-meritocracia de Marçal com o “Campeonato de Cortes”; Também a COP30 tem sua flotilha... mas sem Greta Thunberg; Grande mídia cai sob o fascínio fetichista pelo “Big Stick” de Trump; a bolha das bets vira impulsionador da economia e do futebol brasileiro; o sádico tema da redação do Enem que cobra dos jovens  soluções que os adultos não propõem... e outras bombinhas semióticas para terminar.

sábado, novembro 08, 2025

Bjork: do pós-punk ao otimismo global; COP30 e o novo salto mortal do Capitalismo; Tarcisão faz dança da chuva em SP; Trump e Venezuela


Acompanhamos nas últimas semanas um desfile de siglas nas manchetes midiáticas: saiu o PCC da Carbono Oculto e metanol, entrou o CV do massacre de Cláudio Castro. Agora, o CV dá lugar ao show de empatia e generosidade planetária da COP30. Acompanhamos o último salto mortal do Capitalismo para superar suas contradições: o salto da transformação da Natureza em ativo financeiro. Esse é apenas um assunto que discutiremos na Live Cinegnose 360 #215, nesse domingo (09/11), às 18h, no YouTube e Instagram. E começamos com a cantora Bjork: da anarquia pós-punk ao otimismo global. Depois, vamos também discutir o filme romeno “Kontinental ‘25” (Capitalismo, Lei e Moral) e o japonês “O Mal Não Existe” (O Capitalismo não é bom nem mau, ele perversamente funciona). E depois dos indefectíveis Comentários Aleatórios, a Crítica Midiática: Grande mídia e pânico climático como abre-alas da COP 30; na COP30 agora é a vez da Natureza ser financeirizada, com empatia e generosidade! Por que o PCC foi substituído nas manchetes pelo Comando Vermelho? Tarcisão faz dança da chuva e conversa com Nizan Guanaes para a publicidade da Sabesp não o prejudicar; esquerda em pânico com ameaça de Trump invadir a Venezuela. E outras bombinhas semióticas!

O Capitalismo não é bom nem mau. Apenas perversamente funciona em 'O Mal Não Existe'



O que a eleição de Zohran Mamdani, o primeiro prefeito muçulmano de Nova York, rotulado de "socialista" por sua oposição a Trump, tem em comum com “O Mal Não Existe” (Aku wa sonzai shina, 2023, filme disponível na MUBI), o novo e perturbador filme do japonês Ryusuke Hamaguchi? Ambos os eventos, um político e um diretor de cinema, servem para expor a insuficiência da visão americana que reduz o capitalismo a um problema moral—uma luta entre ricos "bons" e ricos "maus". O filme de Hamaguchi, no entanto, leva essa discussão ao campo ecológico, dinamitando a ideia de "Bem vs. Mal" para sugerir que o verdadeiro perigo não está nas intenções dos agentes, mas na perturbação de sistemas que, como a natureza ou a economia, são fundamentalmente amorais e cegos. O que começa como uma parábola ecológica comum (um empreendimento para milionários que interfere numa idílica vila rural) termina mostrando que o Capitalismo não é bom e nem mau: ele apenas perversamente funciona.

sexta-feira, novembro 07, 2025

Por que as manchetes trocaram o PCC pelo Comando Vermelho?


A Operação Carbono Oculto durou nas manchetes apenas o tempo das fotos icônicas de agentes da PF na Faria Lima. Assim que a investigação bilionária sobre o PCC no setor de combustíveis deixou a Faria Lima e começou a apontar para conexões políticas na oposição, a grande mídia trocou o PCC pelo Comando Vermelho na pauta. Essa trajetória expõe a "objetividade oportunista" da grande mídia: enquanto as imagens da Polícia Federal na Faria Lima renderam manchetes, a repercussão sobre os elos do PCC com a elite financeira e políticos da oposição foi rapidamente abandonada. Para evitar desgastes, o jornalismo corporativo trocou a complexa investigação financeira pela cobertura ostensiva da violência no Rio, reaquecendo a polarização e beneficiando narrativas da extrema direita. Transformando a Operação Contenção de Claudio castro numa bomba semiótica. Pelo menos as balas, bombas e porradas contra o CV não revelam tantas relações perigosas quanto uma investigação sobre o PCC.  

quarta-feira, novembro 05, 2025

O dilema Lei vs. Moral da Justiça no fim do mundo em 'Kontinental '25'


Depois de explorar o apocalipse silencioso da precarização do trabalho em Não Espere Muito do Fim do Mundo (2023), o diretor romeno Radu Jude retorna ao tema em sua nova comédia de humor negro, Kontinental ’25 (2025). Desta vez, a sátira foca na normalização da gentrificação e da desigualdade na Romênia pós-socialista, acompanhando a crise moral de Orsolya, uma oficial de justiça que testemunha o suicídio de um homem durante uma ação de despejo que ela própria executava. O incidente lança a protagonista numa espiral de culpa, forçando-a a confrontar sua cumplicidade em um sistema difuso e sem rosto, fundado no dilema entre Lei e Moralidade.

terça-feira, novembro 04, 2025

Xandão e judicialização do massacre no Rio; a semiótica do Comando Vermelho; financeirização verde: novo salto mortal do capitalismo



Depois de Xandão virar o salvador da Democracia brasileira, após a chacina de Cláudio Castro virar bomba semiótica, o paladino do STF pousa no Rio com pompa e circunstância. Para a esquerda, Xandão vai passar um pito e esfregar a boca de Cláudio Castro com sabão. Até uma chacina sangrenta cai na malha da judicialização... que dá mais um nó nas cordas que amarram a práxis política da esquerda. Esse e outros assuntos serão discutidos na Live Extra Cinegnose 360 #107, nessa quarta-feira (05/11), às 18h, no YouTube e Instagram. Para começar, teremos as Conversas Aleatórias: faça suas perguntas e comentários no Chat da Live. O humilde blogueiro promete respondê-las. Depois, a Crítica Midiática: Alexandre de Morais se reúne no Rio com Cláudio Castro – a Judicialização de uma bomba semiótica; Uma questão semiótica: por que o Comando Vermelho deixou o PCC para trás na pauta midiática? COP 30: um espetáculo para esconder a financeirização verde, o novo salto mortal do Capitalismo; PEC da Segurança não pode se transformar em outra oportunidade perdida; Um muçulmano prefeito de Nova York, mesmo depois dos atentados de 2001? Trump: a volta do terror nuclear?

sábado, novembro 01, 2025

Deee-Lite e a cultura clubber; Trump é o superego de Cláudio Castro; "Tropa de Elite" foi o início da crise; Bonner e JN: por que mídia ficou narcísica?



Sai PL da Anistia, Bolsonaro, Tarifaço, Soberania e Democracia. Entra Segurança, bala, bomba e porrada! Com a ajuda na hipernormalização do jornalismo corporativo e “pesquisismo” do DataFolha e Atlas Intel, extrema direita vira o jogo semiótico e volta a dominar a pauta midiática com a retórica do Narcoterrorismo. A geopolítica do “Big Stick” de Trump agradece. Esses e muitos outros temas serão discutidos na Live Cinegnose 360 #214, nesse domingo (02/11), às 18h, no YouTube e Instagram. Com Deee-Lite e a subcultura “clubber” do “final da História” na Sessão dos Vinis e CDs. E em seguida, vamos analisar dois filmes: “Casa da Dinamite” (Hollywood normaliza a Guerra Fria 2.0) e “Sirât” (Raves e o deserto como zeitgeist do Século XXI). E depois dos Comentários Aleatórios, a Crítica Midiática: o Caos Semiótico do laboratório social e político do Rio de Janeiro; por que Cláudio Castro detonou uma bomba semiótica? Nietzsche e o Estado de Direito no pesquisismo midiático; Filme “Tropa de Elite” foi o ponto zero da crise da segurança; Chacina do Rio: o ardil da extrema direita e as respostas-clichê da esquerda; a despedida de Bonner do JN: por que mídia ficou tão autoindulgente? E outras bombinhas semióticas!

Já faz muito tempo que é o fim do mundo em 'Sirât'



“Já faz muito tempo que o mundo está acabando”, diz um personagem no filme “Sirât” (2025, Prêmio do Juri em Cannes e indicado pela Espanha ao Oscar de Filme Estrangeiro), de Oliver Laxer e produzido por Almodóvar, que transforma raves e desertos em uma travessia do fim: “Sirât” acompanha uma caravana de corpos e veículos pelo Marrocos em busca de uma última festa — e, talvez, de algo que ainda pareça futuro. Entre batidas eletrônicas, paisagens em Super 16 mm e notícias de uma guerra indeterminada no rádio, o road movie se desloca da aventura para uma meditação lenta sobre morte, perda e luto, onde a rave vira rito coletivo e o deserto, uma catedral vazia do século XXI. No centro da jornada, um pai e um filho procuram a filha desaparecida; ao redor, uma comunidade improvisada tenta dançar enquanto a ponte para o inferno se estreita.

sexta-feira, outubro 31, 2025

A bomba semiótica do caos com timing e sincronismo no Rio

 


Um ato falho ao vivo da Globo News revelou a verdadeira natureza da “Megaoperação” sangrenta no Rio: enquanto imagens de corpos enfileirados na Penha tomavam o ar, a âncora e a equipe tentavam sem êxito contatar o presidente Lula — incomunicável em voo pelo fato de o avião da FAB não dispor de Internet. A ansiedade do jornalismo corporativo só se equipara a do governador Claudio Castro que na primeira coletiva (com a Operação ainda em andamento) já botava a culpa no governo federal. Como se aguardasse o desfecho letal recorde da Operação. Afinal, o principal planejamento das ações policiais foi midiático – uma bomba semiótica, com timing e sincronismo: na ausência de Lula que voltava com uma vitória da Malásia, vésperas da pré-COP30 no Rio e a expressão “terrorismo” reforçada por três fetiches das imagens televisivas: drones-bomba, blindados e GLO. Essa é a nova guerra híbrida dos EUA: sai o lawfare, entra o “big stick” da “guerra ao terrorismo” no quintal geopolítico da América Latina.

terça-feira, outubro 28, 2025

GLO no Rio? Caos semiótico é tática bolsonarista para tomar pauta midiática ; nem grande mídia acreditava na ressurreição de Milei



Peronistas, esquerdistas brasileiros, cientistas políticos, mídia alternativa e jornalismo corporativo, todos, perplexos com a ressurreição de Javier Milei na eleição parlamentar desse domingo na Argentina. Depois de Trump ter dado uma mãozinha involuntária a Lula, agora foi a vez de Milei. É o dólar, estúpido! Trump garantiu que não faltará dólar aos argentinos, que mandaram o peso às favas. Esse é apenas um spoiler do que discutiremos na Live Extra Cinegnose 360 #106, nessa quarta-feira (29/10), às 18h, no YouTube e Instagram. Que contará com o já tradicional quadro “Conversas Aleatórias”, um bate-papo livre através do chat com o humilde blogueiro. Sobre temas aleatórios. Em seguida, a Crítica Midiática: Claudio Castro e megaoperação contra Comando Vermelho no Rio: a obsessão bolsonarista pela GLO; a “objetividade oportunista” na cobertura do caos no Rio; nem a grande mídia acreditava na ressurreição eleitoral de Milei!; um livro sobre uma oportunidade perdida: A Guerra da TV Pública; Netanyahu acaba com acordo de paz de Trump: culpa do Hamas! Foto de Lula com Trump bate recorde de visualizações: engajamento nas redes é práxis política? E outras bombinhas semióticas!

A normalização da Guerra Fria 2.0 em 'Casa de Dinamite'



Quando Kathryn Bigelow venceu o Oscar de Melhor Direção por Guerra ao Terror (2008), tornou-se não apenas a primeira mulher a conquistar o prêmio, mas também a cineasta que melhor traduziu os dilemas morais e operacionais da máquina de guerra americana.  Para ingressar no campo propagandísticos da normalização ou justificação geopolíticas. Desde então, sua filmografia migrou dos filmes cult — com vampiros errantes, surfistas assaltantes e hackers sensoriais — para o coração do complexo militar-industrial hollywoodiano, onde o realismo técnico e o suspense geopolítico se entrelaçam. Na produção Netflix “Casa de Dinamite” (2025), Bigelow retorna ao campo que a consagrou: um míssil nuclear em rota para os EUA, 15 minutos para reagir, e uma cadeia de decisões que revela não apenas os inimigos externos, mas as rachaduras internas de um sistema de segurança à beira do colapso. Mais do que um filme-catástrofe, sua nova obra é um retrato tenso da “Guerra Fria 2.0” (saem terroristas islâmicos, entram mísseis nucleares) — e da própria diretora, que segue orbitando entre a crítica e a cumplicidade com os bastidores do poder.

sábado, outubro 25, 2025

O cavalo de Troia 'Okotô'; o ardil semiótico do "Big Stick" de Trump; o sincrônico erro de apostila escolar de SP; China de olho na negociação Lula/Trump



Make America Great Again! Pelo menos, fazendo voltar o “Big Stick” de Roosevelt. Nem que seja como farsa. Trump tá mal na opinião pública? Então, ameaça invadir a América Latina para combater o “narcoterrorismo” ... Afinal, a mídia vai levar à sério mesmo... Esse é apenas um dos assuntos que vamos discutir na Live Cinegnose 360 #213, no YouTube e, agora, também no Instagram (o Cinegnose foi proscrito do Facebook por “induzir o ódio e a intolerância!”). Na sessão dos vinis e CDs continuamos no underground brasileiro, com o Okotô: o cavalo de Troia da Globalização brasileira. E no Cinema e Audiovisual, uma noite com os zumbis: “Nós Somos Zumbis” (o zumbi explorado e precarizado pelo Capitalismo) e “Juan de los Muertos” (agora, são os zumbis tentam invadir Cuba). Em seguida aos Comentários Aleatórios, vem a Crítica Midiática: o ardil semiótico do “Big Stick” de Trump na América Latina e dos protestos “No Kings”; traficante é vítima? Escorregão discursivo de Lula faz festa da Grande Mídia; um erro sincrônico em apostila escolar da secretaria de educação de SP; Polarização no STF: sintoma do passado ou projeto para a futuro? Ex-embaixador dos EUA confirma Cinegnose: Trump nunca quis saber de Bolsonaro... e outras bombinhas semióticas.

O ardil semiótico de Trump: o "Big Stick" como farsa, América Latina e "No Kings"


 

Se no futebol brasileiro há o velho ditado de que, em tempos de crise na Seleção, basta chamar o Chile para levantar o moral, na política externa dos Estados Unidos sob governos republicanos parece haver uma máxima semelhante: quando a popularidade despenca, chama-se a América Latina. Com bravatas militares, ameaças de intervenção e o velho “big stick” de Roosevelt em punho, Donald Trump reedita a cartilha diversionista de seus antecessores — transformando crises internas em espetáculo geopolítico, enquanto jornalistas se perdem na encenação cinematográfica e o verdadeiro jogo de poder acontece nos bastidores. Enquanto os protestos “No Kings” nos EUA tentam salvar as aparências da “maior democracia do planeta” com o ardil semiótico de figurar Trump como um mero psicopata político que abduziu a “democracia”. E não um subproduto de um sistema eleitoral elitista.

sexta-feira, outubro 24, 2025

O zumbi precarizado e explorado pelo Capitalismo Tardio em 'Nós Somos Zumbis'



Em um mundo onde os mortos-vivos já não devoram cérebros dos vivos, mas são tratados como mão de obra descartável em trabalhos  precarizados (são chamados de “deficientes vivos”), “Nós Somos Zumbis” (We Are Zombies, 2023), produção franco-canadense dirigida pelo trio canadense François Simard, Anouk Whissell e Yoann-Karl Whissell (os mesmos de Turbo Kid), transforma o apocalipse em sátira social. Uma comédia ácida que reinventa a mitologia zumbi ao retratar uma sociedade que normalizou a presença dos “não-mortos”, expondo com humor e irreverência o zeitgeist do século XXI — da precarização do trabalho à indiferença diante da crise permanente. Um trio de geeks perdedores hackeiam os serviços da Coleman Co. – uma empresa especializada em “aposentar” zumbis, retirando-os das famílias para os colocar em asilos. Mas os planos são outros, mais perversos. O zumbi deixa de ser metáfora do apocalipse e passa a simbolizar populações descartáveis, invisíveis ou exploradas pelo capitalismo tardio.

terça-feira, outubro 21, 2025

A bomba semiótica do Ibama; "In Fux We Trust!"; recorde de empregos no Brasil... pela cartilha neoliberal; Bocardi confirma crítica do Cinegnose


Depois de um processo de cinco anos, com idas e vindas, o Ibama decidiu AGORA, às vésperas da COP 30, conceder licença ambiental para a Petrobrás pesquisar petróleo na Margem Equatorial brasileira. Se tem timing e sincronismo, é uma BOMBA SEMIÓTICA! Mais uma para tentar reverter o ciclo virtuoso de notícias positivas do Governo Lula. Venha discutir esse e outros assuntos na Live Extra Cinegnose 360 # 105, nessa quarta-feira (22/10/2025), às 18h, no YouTube e agora no Instagram. Vamos começar nossas discussões nas Conversas Aleatórias – o participante pode perguntar e opinar sobre temas aleatórios no Chat. E depois, a Crítica Midiática: A licença ambiental do Ibama à Petrobrás é uma bomba semiótica para constranger Lula na COP 30? Depois de Daniela Lima, é a vez de Rodrigo Bocardi confirmar, em entrevista a podcast, crítica midiática do Cinegnose; o ocaso da Semiótica Nen-Nem: pedágios em SP derretem Tarcisão; China de olho nas negociações do Brasil das suas terras raras com Trump; recorde histórico de empregos no Brasil... mas, seguindo a cartilha neoliberal; o apagão da nuvem da Amazon ameaça também deixar às escuras soberania digital brasileira; “In Fux We Trust”: a estratégia do magistrado para empurrar prisão de Bolsonaro para 2026.

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