sábado, setembro 13, 2025

'Marillion'; Bolsonaro queimou? Mídia foca agora no INSS; a mais-valia semiótica da condenação do STF; mitologia Charlie Kirk; Nepal está "colorido"?


Como esperado, o fusível Bolsonaro queimou para ser reciclado na semiótica Nem-Nem... Enquanto Trump está ocupado construindo sua própria mitologia com o assassinato de Charlie Kirk: não satisfeito com inimigos externos, ele também precisa criar inimigos internos. Venha discutir esses e outros temas no Tijolaço de Domingo: Live Cinegnose 360 #207, nesse domingo (14/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Vamos começar com o neoprogressivo da banda Marillion: por que a síntese criativa da banda passou despercebida no Brasil? Depois, vamos discutir o filme “Bunker” (quando o horror de H.P. Lovecraft foi o nosso futuro). E na sessão dos livros do humilde blogueiro, Dietmar Kamper e a “Caverna Orbital de Imagens”. E na Crítica Midiática: o plano do golpe e o 8/1: causalidade jurídica ou política? Inteligência Artificial no Direito e o “Data Dump”: vai acontecer no Direito o mesmo fenômeno das plataformas de streaming no Cinema? Charlie Kirk: por que Trump precisa criar tantos inimigos? Rei morto, Rei posto: Bolsonaro queimou? Foca agora no INSS! Nepal: alerta de revolução colorida! Bolsonaro condenado? Estadão e The Guardian veem futuro pessimista. Drones russos sobre a Polônia? União Europeia se humilha chamar a atenção de Trump. E outras bombinhas semióticas que explodam até as 18h.

sexta-feira, setembro 12, 2025

O horror cósmico Lovecraftiano foi o nosso futuro no filme 'Bunker'


Guerras e campos de batalhas por si só já são aterrorizantes. São poucos os filmes que acrescentam o elemento sobrenatural na conflagração militar. “Bunker” (2022) narra um contexto bem particular das terríveis guerras de trincheiras da I Guerra Mundial - péssimas condições sanitárias, lama, ratos e parasitas, que resultavam em doenças e sofrimento numa batalha estagnada. um grupo de soldados se encontra preso em um pequeno e claustrofóbico bunker. Enquanto esperam pelo resgate, eles começam a vivenciar estranhos eventos sobrenaturais. Mas de um horror bem particular: o horror cósmico Lovecraftiano que dá um significado simbólico – o início da “Era dos Extremos” do séculos XX e XXI em que a moralidade, dignidade e ética dos velhos campos de batalha são substituídos pela “guerra total”, amoral e tecnológica. Somente o horror cósmico de H.P. Lovecraft para representar esse novo mundo amoral e indiferente que estava surgindo.

quarta-feira, setembro 10, 2025

Arena Itaquerão + Avenida Paulista = Guerra Híbrida


Como todos sabemos, não existem coincidências em Política. Principalmente em Semiótica. O que existem são “coincidências significativas”, sincronismos. Não há como passar desapercebido o sincronismo entre uma bandeira gigantesca dos EUA estendida no gramado da Arena Itaquerão do Corinthians, em evento da NFL na sexta-feira, e, 48 horas depois, a mesma ou análoga bandeira do tamanho de uma quadra de basquete estendida pelo ato pró Anistia na Avenida Paulista. Pouco importa se é a mesma e a prefeitura (que promoveu e bancou o evento de futebol americano) de Ricardo Nunes cedeu o pavilhão norte-americano para os seus apoiadores políticos no domingo. O que importa é a “coincidência significativa” reforçada pelo jornal New York Times: “bandeira americana é o novo símbolo da direita brasileira”. E também da classe média, para o qual foi voltado o evento da NFL – setores médios que apoiam o militarismo para solucionar a própria disforia. Enquanto isso, o telecatch do julgamento da “trama golpista” no STF é voltado para desmobilizar a esquerda através da Judicialização da política. A guerra híbrida brasileira foi ativada.

terça-feira, setembro 09, 2025

Centésima Live Extra! A bandeira dos EUA e guerra híbrida em SP; o ardil semiótico da "Orcrim" pelo STF; EUA respeitarão resultados das eleições 2026?



Será que A MESMA bandeira gigantesca dos EUA usada na Arena Corinthians, em evento da NFL, 48 horas depois foi usada na Avenida Paulista em ato pró Anistia dos bolsonaristas? Será que testemunhamos uma “ativação” de Guerra Híbrida? Vamos discutir também esse tema na Live Extra Cinegnose 360 #100, nessa quarta-feira (10/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Nessa Live especial, da CENTÉSIMA edição, vamos começar com as costumeiras e trepidantes Conversas Aleatórias – você pergunta e discute com o humilde blogueiro no Chat. E depois, a Crítica Midiática do meio da semana: Favela do Moinho: Prefeitura de SP usa a mesma estratégia de Netanyahu em Gaza para gentrificar o Centro; o Telecatch do julgamento da “Trama Golpista”: o ardil semiótico de denominar “Núcleo do Golpe” em “Organização Criminosa”; NFL no Itaquerão e ato na Avenida Paulista: a “ativação”  da guerra híbrida; “In Fux We Trust”: o fio da esperança bolsonarista (e da grande mídia?); surra eleitoral de Milei na Argentina: grande mídia cria os motivos errados; Brasil não toma lado do conflito EUA X Venezuela. EUA reconhecerá resultado das eleições brasileiras de 2026?

sábado, setembro 06, 2025

André Busic e Hot Line Jazz Band; as aventuras semióticas da mídia para salvar Tarcísio; viralatismo em tempos de tarifaço: NFL em SP



Às vésperas do feriado de 7 de Setembro, Tarcisão corre para Brasília para articular a Anistia no Congresso... e dá tempo de voltar e bater o martelo de mais privatizações na Bolsa de São Paulo. Vamos discutir mais sobre o malabarismo semiótico que a mídia está fazendo para salvar Tarcísio de si mesmo e se tornar o futuro presidente eleito em 2026, na Live Cinegnose 360 #206, nesse domingo (07/09), às 18h, no YouTube e Facebook. Começando com jazz: as aventuras de um croata no Brasil com a Hot Line Jazz Band e André Busic: Jazz, a música dos estrangeiros. E depois, dois filmes: uma didática descrição de como se faz uma cismogênese no filme “Eddington”; e quando a empatia e capacitismo se transformam em um filme de terror em “Faça Ela Voltar”. E na Crítica Midiática: as aventuras semióticas da grande mídia para Tarcísio, O Redivivo, retornar ao páreo de 2026; NFL em São Paulo: se o Canadá vaia o hóquei americano, o viralatismo aplaude o futebol americano; com Vera Magalhães, jornalismo mediúnico lavajatista retorna ao julgamento do STF; Anistia no Congresso: o objetivo é derrubar futuro veto de Lula para criar caos político; Lei Magnitsky e Ministro Morais: o Instituto Lex; Lula quer regular as redes sem nunca ter tentado regular os meios de comunicação; Trump se apropria do Projeto Gaza 2035 com o Projeto GREAT TRUST.

'Faça Ela Voltar': quando a empatia aos vulneráveis inspira um conto de terror



O terror dos tempos do chamado “neo-liberalismo progressista” onde nunca se viu corporações e mídia tão preocupadas com palavras como “empatia”, “vulnerabilidade” e “capacitismo” dentro de regras e comportamentos. Até que os irmãos cineastas australianos Danny e Michael Philippou transformaram esses temas em inspiração para o subgênero de terror “body insertion” com o filme "Faça Ela de Volta" (Bring Her Back, 2025): explora com maestria nossos instintos protetores em relação aos vulneráveis, nosso medo da própria vulnerabilidade, a vergonha e a culpa do abuso e o miserável senso de lealdade dos sobreviventes para com seus agressores. Numa casa isolada um casal de irmãos adotados descobre que estão prisioneiros de um ritual aterrorizante que lida com o luto e a morte de uma forma bem peculiar.

sexta-feira, setembro 05, 2025

Quanto mais as coisas mudam, mais ficam iguais em 'Eddington'


Tudo se passa em 2020, época da pandemia COVID-19 e lockdown. Mas encontramos a mesma divisão social, a mesma incapacidade de concordar com uma realidade consensual, a mesma paranoia, medo e desinformação das redes sociais. E o mesmo presidente, Trump! Quando estreou no Festival de Cannes esse ano, a crítica observou: “quanto mais as coisas mudam, mais ficam iguais”. Estamos falando de “Eddington” (2025), filme de humor negro escrito e dirigido por Ari Aster, mestre do horror de alto conceito como “Hereditário” e “Midsommar”. Aqui, Aster dá conta do horror social de uma pequena cidade no Novo México que mergulha no caos e violência na medida em que os conflitos locais e de vizinhança são turbinados pela pauta nacional repercutida pelos feeds das redes sociais. “Eddington” didaticamente descreve uma nova engenharia social que substituiu a clássica criação do inimigo externo. Agora, o inimigo é INTERNO, alimentado pela criação da cismogênese: as pessoas sentem claramente que há algo errado, mas a desconfiança mútua, o medo e a paranoia superam qualquer coisa. Deixando de ver que o verdadeiro problema está ali, sendo incubado na frente de todos.

terça-feira, setembro 02, 2025

Judicialização: comer pipoca vendo a produção Netflix "Trama do Golpe"; por que Bonner anunciou aposentadoria às vésperas do julgamento do STF?

 


Pegue um saco de pipoca e acompanhe nas telas dos dispositivos o julgamento do núcleo principal (Bolsonaro e petit comitê) da “trama golpista”, ao vivo, do STF. Como um bom filme Netflix sobre tribunal da corte... A isso foi reduzida a práxis política da esquerda em terras tupiniquins... do jeito que o Império gosta, enquanto Trump brinca de invadir a Venezuela. Vamos discutir essa e outras bombinhas semióticas na Live Extra Cinegnose 360 #99, nessa quarta-feira (03/07), às 18h, no YouTube e Facebook. Mas antes, teremos as Conversas Aleatórias, onde o participante pode perguntar ou opinar sobre qualquer tema. Que conversaremos aleatoriamente... E depois, a Crítica Midiática: Quatro pontos que reforçam a tese de que a “trama golpista” foi um elaborado telecatch de guerra híbrida; por que William Bonner anunciou aposentadoria do JN na véspera do julgamento de Bolsonaro? Joice Hasselmann busca mais-valia semiótica do espólio político de Bolsonaro; Tarcisão também de olho no espólio de Bolsonaro; denúncia: dinheiro do PCC chega ao Congresso... mas todos estão mais ocupados em queimar o fusível Bolsonaro; Trump, o influencer produtor de conteúdo: dos mísseis para a Venezuela à suspeita de que morreu. E muito mais bombas semióticas!

sábado, agosto 30, 2025

O pós-rock de 'Godspeed You! Black Emperor'; Faria Lima: patrocina mídia e lucra com PCC; capa da 'the Economist': novo 'Brazil Takes off'?



Nenhum tiro. Nenhuma meganhagem sensacional para as câmeras. Nenhum “caveirão” cruzando uma favela miserável... apenas “follow the money”. E viaturas da Receita Federal e PF cercando luxuosos conjuntos empresariais na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Para descobrir que não foi o PCC que “chegou” na Faria Lima. É a Banca financeira que lucra com o crime organizado. E patrocina a grande mídia. Esse é apenas um dos temas que vamos discutir na Live Cinegnose 360 #205, nesse domingo (31/08), às 18h, no YouTube e Facebook. Começando com os CDs e Vinis do humilde blogueiro: “Godspeed You! Black Emperor” – o pós-rock, da trilha musical do fim da História ao protesto pós-apocalíptico. Também vamos discutir os filmes “Do Not Open” (a redefinição do Mal pela tecnologia) e “Hallow Road: Caminho Sem Volta” (Morte, carma e culpa na família atual). E depois dos costumeiros e trepidantes Comentários Aleatórios, a Crítica Midiática: uma péssima semana para a grande mídia: PF e Receita seguem o dinheiro do PCC e chegam na Faria Lima e a capa da “The Economist” falando da “democracia madura” brasileira; Lula “Full Pistola” diz que a cara do crime organizado vai ser mostrada; a capa da The Economista: “Brazil Takes Off” de novo? Todo o niilismo e hedonismo de Felca no “chá de revelação de pobre”; conflito estratégico: extrema-direita quer mesmo o Senado, enquanto a Faria Lima quer a presidência; Milei em crise política na Argentina pelos motivos errados... e outras bombinhas semióticas.

Morte, carma e culpa na família atual em 'Hallow Road - Caminho Sem Volta'


Dois pais entram em uma corrida contra o relógio quando recebem um telefonema angustiante de sua filha tarde da noite depois que ela causou um trágico acidente de carro. Quase todo o filme se passa no interior do carro em tempo real, com os pais desesperados tentando manter contato telefônico com a filha, enquanto a tela do Waze vai dando instruções de rota e o tempo que falta para chegar ao destino, numa angustiante contagem regressiva. Aparentemente apenas um drama familiar. Mais aos poucos vai virando outra coisa: entra um ambíguo toque sobrenatural (morte e carma). É o filme “Hallow Road – Caminho Sem Volta (2025), do diretor britânico-iraniano Babak Anvari, onde a estrada é uma alegoria da incapacidade dos pais de se reconciliar com a verdade que os condena: a “família renitente” – a ideia idílica de pais como porto de segurança e que supostamente manteria os filhos blindados das consequências dos seus próprios atos. Incapazes de lidar com dilemas morais.

quinta-feira, agosto 28, 2025

Não percebemos o Mal que nos espreita através das telas dos dispositivos em 'Do Not Open'


Quando é de graça, você é o produto. Passamos cada vez mais tempo olhando para as telas dos nossos dispositivos, e esquecemos desse simples princípio da Internet das Big Techs. Que sepultou a utopia da World Wide Web dos anos 1990 que via a web como uma gigantesca biblioteca universal para a construção de uma inteligência coletiva. Agora, o usuário é a informação, o produto lucrativo vicioso e compulsivo. Que gera relações familiares e pessoais disfuncionais. “Do Not Open” (2024) transforma a nossa obsessão voltada às telas dos dispositivos móveis em consequências aterrorizantes, em um conto de horror: a alegoria do Mal como um aplicativo abaixado inadvertidamente que passa a conhecer uma família muito mais do que seus próprios integrantes: suas obsessões, vícios e perversões mais íntimas. Para autodestruí-la.

terça-feira, agosto 26, 2025

Bombas semióticas Fiscal e INSS; Bolsoguevara?; novo fundamentalismo cristão-midiático; negacionismo Woke: Mano Brown X Camila Pitanga;

 


Duas bombas ameaçam explodir (ameaçando explodir semioticamente) no Congresso: a fiscal, para esvaziar a isenção do Imposto de Renda, e a do INSS com a CPI mista para tentar atingir Lula. Enquanto isso, a semiótica Nem-Nem continua, mesmo com Tarcisão fazendo cara de paisagem: presidente do PL diz que Bolsonaro é igual Che Guevara... Esse são alguns temas da Live Extra Cinegnose 360 #98, nessa quarta-feira (27/08), às 18h, no YouTube e Facebook. Abrindo com as trepidantes “Conversas Aleatórias” nas quais os espectadores participam com perguntas, críticas ou teses! E depois, a “Crítica Midiática”: Bolsoguevara! Semiótica Nem-Nem continua “on”; Janja trata pautas sociais com evangélicos:  Bomba semiótica do “SIM!”; Frei Gilson na Festa do Peão de Barretos: o novo fundamentalismo cristão-midiático; relações perigosas pós-meritocráticas: Hytalo Santos e a “Pastora do Pix”; Mano Brown X Camila Pitanga: um exemplo do negacionismo Woke; Lula põe ministros contra a parede em modo campanha eleitoral... e grande mídia surta com “Lula político”; Grande Mídia ansiosa espera a CPMI do INSS ganhar tração para criar bomba semiótica; André Esteves do BTG Pactual diz quem “quem investir no Brasil vai ganhar muito dinheiro”... É para a gente se preocupar?  

sábado, agosto 23, 2025

Banda francesa 'Last Train'; PF e Malafaia: outro telecatch? Xandão diz que quer STF independente... em evento da LIDE de Dória Jr....


É um Pastor? É um miliciano? Até parece, mas não é... É Silas Malafaia xingando! Mais um telecatch armado pela Polícia Federal? Que nem Jesus encara? Vamos responder a essas e outras perguntas sobre a verdadeira usina de crises que o clã Bolsonaro. No tijolaço de domingo, a Live Cinegnose 360 #204, nesse domingo (24/08/2025), às 18h, no YouTube e Facebook. Que começa com a banda francesa atual de blues, rock e pós-punk “Last Train” – os criadores de um novo ecossistema criativo no pop pós-MTV. Depois, discutiremos os filmes “Guerra dos Mundos” (a Terra é um prato cheio para IA alienígena) e “A Noite Sempre Chega” (o declínio do Império Americano). E depois dos Comentários Aleatórios, a Crítica Midiática: por que as milícias venezuelanas são diferentes das brasileiras? O telecatch da PF e Malafaia: alongar investigações para 2026? Os clichês de Steven Levitsky no programa Roda Viva; Data Centers: EUA transfere para o Brasil a dor de cabeça ambiental; Xandão defende STF independente... em evento empresarial do João Dória! Folha e ONU descobrem AGORA que há fome em Gaza; Esquerda cooptada pelas redes sociais: tempo real mata a Democracia; para grande mídia, atentado na Colômbia não matou Lula por questão de horas! E outras bombinhas semióticas que explodam até o início da Live.

O declínio do Império Americano no filme 'A Noite Sempre Chega'

 


Poucos filmes conseguem fundir um contexto com o drama do protagonista, como faz “A Noite Sempre Chega” (Night Always Comes, 2025). O contexto é uma América de desemprego, inflação e trabalhos precarizados, com milhões condenado a viver nas ruas. E o drama de uma protagonista que corre contra o tempo para conseguir 25 mil dólares em 24 horas para sua família não ser despejada. Embora seja uma ficção, impacta muito mais do que vários documentários de Michael Moore denunciando a ilusão do sonho americano. Evita cair no mero drama pessoal e subjetivo para contrapor à realidade de uma América atual decadente. O filme é sobre a jornada de Lynette através da noite para tentar juntar o dinheiro necessário e evitar o despejo da sua família (e principalmente, do seu irmão mais velho com síndrome de Dawn), produzindo uma série de encontros tão assustadores que as pessoas que sobreviveram pensarão neles pelo resto de suas vidas. É o retrato do declínio do Império americano.

sexta-feira, agosto 22, 2025

Terra é um prato cheio de data centers para IA alienígena em 'Guerra dos Mundos'


Em 1898, H.G. Wells lançou o cânone da literatura de invasão com o livro “A Guerra dos Mundos”. Ele era ateu e com inspiração socialista e o livro uma alegoria do colonialismo europeu. Certamente não gostaria das várias adaptações de gerações de cineastas, seja com inspirações religiosas ou como peça de propaganda geopolítica dos EUA. Principalmente essa “Guerra dos Mundos”, lançada esse ano pela Prime Video. Dessa vez o alienígena é uma Inteligência Artificial interestelar faminta por dados e que vê na Terra um prato cheio de terabits, repleto de data centers. E mais: descobre no Estado Profundo um aliado involuntário – o governo só pensa em controlar a privacidade das pessoas com sua obsessão regulamentadora. E as Big Techs, vítimas isentas. Do começo ao fim, um merchandising da Amazon, Apple, Google, Tesla, entre outros. Detalhe: quem salvará o mundo será um drone de entregas da Amazon... O filme é um exemplo de como a produção audiovisual reflete o zeitgeist do momento no qual, a cada dia, surgem mais histórias sobre a IA ameaçando a humanidade – a tal de “singularidade” da qual tanto falam os engenheiros computacionais do Vale do Silício. 

terça-feira, agosto 19, 2025

Live Extra: PIX é pretexto para golpe da Faria Lima no BC; regulamentação das redes e Data-centers: soberania só vai até a página dois


Dessa vez adultos acompanharam Zelensky... Para ele não ser mais uma vez humilhado por Trump em Washington. Enquanto a mídia OTAN vê como uma histórica reunião de Cúpula, Trump vê na Ucrânia um mero balcão de negócios. Esses e outros assuntos vamos discutir na Live Extra Cinegnose 360 #97 nessa quarta-feira (20/08), às 18h, no Facebook e YouTube. Começamos com as Conversas Aleatórias para você perguntar o que quiser para o humilde blogueiro... garanto que ele responde a 99% das questões! E depois, a Crítica Midiática: PIX é a “cabeça de ponte” para a Faria Lima dar um golpe no Banco Central; Tarcísio tem mais uma crise de “Síndrome Dr. Fantástico”; Até Trump ajuda a afundar Tarcisão, o ex-Moderado; Grande mídia propositalmente tornam sinônimos “sexualização” e “adultização” nas redes sociais; Mourinho, Karnal e Hytalo: as facetas da pós-meritocracia; soberania até a página dois: projetos de regulamentação das Big Techs ajuda incentivos a data-centers no Brasil; Sextou com prisão de Bolsonaro? E outras bombinhas semióticas.

Mourinho, Karnal e Hytalo Santos: as facetas da Pós-meritocracia

 


O bem-sucedido técnico português de futebol Luís Mourinho. O historiador e palestrante corporativo Leandro Karnal. E o influenciador preso preventivamente Hytalo Santos, denunciado por outro influenciador (Felca) por produzir conteúdo sexualizado de crianças e adolescentes nas redes sociais. São diversas facetas do novo espírito do tempo que emerge em mais um salto mortal do capitalismo: a Pós-meritocracia. O primeiro, em um comercial da SportyBet, revela o paroxismo do individualismo do século XXI; o segundo, performa um personagem que ri da própria meritocracia no comercial do Bradesco para Pessoas Jurídicas; e o terceiro minimizado pela grande mídia como fosse uma notícia policial: um influenciador amoral que vê no conteúdo sexualizado um empreendimento não como outro qualquer, mas que possibilita enriquecimento rápido. Três facetas de um mesmo “zeitgeist”: a perda da confiança no futuro através da miragem da recompensa aqui e agora de um novo tipo de individualismo.

domingo, agosto 17, 2025

Drops News: Mourinho e Karnal: os dois lados da moeda da pós-meritocracia; Trump e Putim no Alasca: mídia atônita não entende nada


Excepcionalmente nesse domingo não haverá a Live Cinegnose 360. Mas para não deixar o domingo passar em branco, temos o Drop News Cinegnose 360 #17. Uma versão resumida e “Drop” do tradicional tijolaço de domingo. Que começa com Cinema e Audiovisual: uma análise do filme “A Hora do Mal” – o terror fora da matriz edipiana tradicional do gênero. E nos Comentários Aleatórios: o que o técnico português Mourinho e o filósofo de autoajuda Leandro Karnal têm em comum? A pós-meritoracia. E as drogas psicodélicas cooptadas pela segunda vez pelo capitalismo. E na Crítica Midiática: um comentário bem didático de um espectador do Cinegnose sobre a análise do Felca; Efeito Felca: governo propõe projeto que pode se voltar contra a própria esquerda; Encontro de Putim e Trump no Alasca: grande mídia esperneia e tenta salvar investimento simbólico em Zelensky; TV Globo se alinha automaticamente aos EUA para se blindar; grande mídia e seus esqueletos do armário: Trump e programa Mais Médicos; Maquiada para matar: vice-prefeita da PM sensualiza a meganhagem em meio a denúncias de corrupção em São Bernardo/SP.

Aviso urgente sobre a Live Cinegnose 360 desse domingo

 

sexta-feira, agosto 15, 2025

Tirem os adultos da sala porque as crianças salvarão o dia em 'A Hora do Mal'


 

Zach Gregger é um diretor/roteirista que está chamando a atenção. Principalmente, porque seus filmes de terror (“Noites Mortais”) retiram o gênero da clássica matriz edipiana (sedução da inocência, culpa etc.) para tirar o horror de alegorias contemporâneas. Como em “A Hora do Mal” (Weapons, 2025) que parte da alegoria a um evento tão recorrente nos EUA que se tornou iconicamente pop: tiroteios em escolas. Aqui representado pelo desaparecimento de todas as crianças de uma sala de aula: em estado de transe, deixaram suas casas no meio da madrugada. Para desaparecerem. Uma pequena cidade que não consegue dar uma resposta ao trauma, a não ser procurar um bode expiatório, como a caça às bruxas na História. Crianças veem o mundo adulto, que deveria protegê-las, caótico e irracional. Alargando o abismo daquilo que a sociologia chama de “perda do elo geracional”. Parece que Gregger está querendo nos dizer: “tirem os adultos da sala, porque serão as crianças que salvarão o dia!”.

quinta-feira, agosto 14, 2025

'Efeito Felca': não-acontecimento, reposicionamento de discurso e big techs

 


Pode ser absurdo e paradoxal pensar que todo o hype em torno do vídeo das denúncias do influencer Felca (a adultização de crianças e jovens nas redes sociais) só beneficia o negócio das big techs. O chamado “Efeito Felca” (capaz de pautar a política nacional com projetos de lei na Câmara dos Deputados e uma PL do presidente Lula) rendeu a urgência da regulamentação das redes sociais. “Regulamentação”, reivindicação reativa das nações frente ao poder global das big techs. Mas uma reivindicação compatível aos negócios do Vale do Silício, porque tira de pauta aquilo que mais temem: o impacto geopolítico da ideia da soberania digital. Como a China, por exemplo, que possui suas próprias plataformas e redes. Assim como tentar que um leão vire vegetariano, tentar regulamentar redes sociais é ir contra a própria natureza mercadológica e lucrativa do negócio: ódio e perversões engajam muito mais do que o amor! Aprenderam que na Internet o produto é o próprio usuário. Efeito Felca: um não-acontecimento com características de sincronismo e timing, além de revelar um fenômeno comportamental típico das redes sociais: o reposicionamento de discurso, como nos casos de Felipe Neto e Reinaldo Azevedo.

terça-feira, agosto 12, 2025

Live Extra: o segredo de Polichinelo de Felca; o dono da Ultrafarma e Balzac; Tebet rende-se ao lobby midiático: quer negociar terras raras


EXTRA! EXTRA! DENÚNCIA: as redes sociais estão sexualizando crianças e promovendo a adultização da infância! Com a ajuda dos algoritmos! O youtuber Felca denuncia um segredo de Polichinelo e alcança 30 milhões de views... e deu no Jornal Nacional! Quais as sincronias e o timing de um “segredo” que até as pedras do cais de Santos sabem? Vamos discutir esse e outros temas na Live Extra Cinegnose 360 #96, nessa quarta-feira (13/08), às 18h, no YouTube e Facebook. Mas, em primeiro lugar, teremos o quadro “Conversas Aleatórias” onde todos podem perguntar o que quiserem para o humilde blogueiro. E na segunda parte, a “Crítica Midiática” do meio da semana: depois de Xandão, o herói da Democracia, agora temos Felca, o paladino da infância e o seu segredo de Polichinelo; Israel mata jornalistas: modus operandi da grande mídia lá e aqui; mesmo com crise militares brasileiros mantém agenda com o exército norte-americano; Tarifaço: “O Globo” dá chilique com BRICS; ministro Fux será a pièce de résistance de Bolsonaro? Dono da Ultrafarma preso por sonegação: Balzac estava certo! Tebet rende-se a lobby da grande mídia: quer negociar terras raras com os EUA; Trump vai ao fim do mundo negociar paz com Trump... e grande mídia “OTAN” não entende nada. E outras bombinhas semióticas.

Amor, trabalho e conhecimento deveriam governar a vida em 'Nossos Tempos'

 

“Amor, trabalho e conhecimento são as fontes de nossa vida. Deveriam também governá-la”, escreveu certa vez o psicanalista e ativista Wilhelm Reich. Há um descompasso entre o psiquismo (resistente a mudanças) e o conhecimento (cheio de rupturas e saltos). O que torna a sociedade frágil diante da cooptação política das chamadas “guerras culturais” reacionárias de extrema direita. A ficção científica mexicana Netflix “Nossos Tempos” (Nuestros Tiempos, 2025) é uma comédia romântica que transcende os limites do gênero, que habilmente mescla física teórica, viagem no tempo, sexismo, desigualdade de gêneros e as incertezas em relação ao futuro. Um casal de físicos apaixonados, na década de 1960, constrói uma máquina do tempo e acidentalmente saltam 59 anos no futuro. Pulando, de uma sociedade mexicana conservadora, patriarcal, marcada pela submissão feminina, para o futuro do empoderamento feminino e da crítica da desigualdade dos gêneros. Involuntariamente, o filme aborda essa questão reichiana.

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