“Sentidos do Amor” (Perfect Sense, 2011) é um ponto fora da curva dentro do batido tema do” fim-do-mundo-como-o-conhecemos”. Uma pandemia rapidamente toma conta do planeta. Mas não vemos serem humanos decrépitos, exércitos contendo massas humanas desesperadas ou pessoas lutando ou matando para sobreviver. Apenas a luta das pessoas tentando levar a vida em frente, enquanto um a um dos sentidos vão sendo anulados por algo que nenhum cientista sabe a origem: primeiro o olfato. Depois o paladar, e assim por diante. “Sentidos do Amor” é uma reflexão literário-filosófica sobre como o desaparecimento progressivo dos nossos sentidos faz “um oceano de imagens do passado desaparecer”, remetendo às reflexões de Marcel Proust sobre a memória involuntária e identidade. E uma poderosa metáfora da incomunicabilidade, a verdadeira pandemia tecnológica dos nossos tempos.
quinta-feira, junho 09, 2022
Wilson Roberto Vieira Ferreira


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