sexta-feira, junho 30, 2023

Na série 'Mrs. Davis' a vida com algoritmos é um gigantesco "McGuffin"


Durante séculos os seres humanos permitiram que aspectos vitais da sua vida fossem impulsionados e organizados pela religião. Mas o que aconteceria se algoritmos e a inteligência artificial passassem a ter esse mesmo tipo de poder de moldar o mundo? A vida se tornaria um gigantesco “McGuffin” - dispositivo narrativo na forma de algum objetivo ou objeto desejado que o protagonista persegue sem nenhuma explicação narrativa ou importância. Essa é a série cômica “Mrs. Davis” (2023- ): uma IA torna-se o tecido da vida cotidiana. Mas uma freira acha que há algo errado com algo tão onisciente e onipresente – seria como adorar um falso Deus. E planeja desligá-la, após encontrar o Santo Graal. “Mrs. Davis” é a série mais comicamente niilista da temporada: e se religião e tecnologia forem a mesma coisa?

terça-feira, junho 27, 2023

Live da quarta: anomalias não ditas na 'crise' do Grupo Wagner; eufemismos do Copom e dupla armadilha midiática da CPI do 8/01


Enquanto a grande mídia procura seu Plano B com inelegibilidade de Bolsonaro e o fim do golpe tabajara do Grupo Wagner, preocupada com a “contaminação política” do Banco Central, acontece nessa quarta-feira a Live Extra Cinegnose 360 #07, às 18h, no YouTube. Depois dos Comentários Aleatórios em 360, a Crítica Midiática de meio da semana: os eufemismos econômicos da Ata Copom para criar aparência “técnica”; jurisprudência e “ambiente” no julgamento de Bolsonaro no TSE; como transformar cidadãos em consumidores: um flagrante na cobertura midiática do novo Plano Diretor de SP; anomalias que não foram mostradas pela grande mídia sobre o golpe tabajara do Grupo Wagner; a dupla armadilha para a esquerda na CPI do 8/01; “se o golpe tivesse dado certo...”: jornalistas corporativos fingem ou acreditam mesmo em qualquer coisa? A estratégia em pinça da guerra híbrida: prisão de Bolsonaro e pedido de cassação da Jovem Pan. E outras bombas semióticas que eventualmente explodam até as 18h de quarta.

sábado, junho 24, 2023

Na Live: Pato Fu; golpes tabajara, no Brasil e na Rússia; fantasma de Carlos Lacerda assombra mídia


O Grupo Wagner marcha epicamente contra Putin e o golpe tabajara foi impedido heroicamente por Biden... enquanto isso os jornalistas nacionais e internacionais seguem dançando a música que tocam para eles. Que música é essa? Descubra na Live Cinegnose 360 #113 desse domingo (25/06), às 18h, no YouTube. Vamos começar com a banda mineira “Pato Fu”: os Mutantes sem ácido e as suas injunções religiosas e sociais no mercado fonográfico dos 90’s. Depois vamos discutir a série “Succession” (o quão super ricos podem ser tristemente ridículos) e o filme “Close to the Moon” (assalto a banco, cinema e comunismo). Na sessão dos Livros que o Humilde Blogueiro Comprou, reflexões sobre Tempo, Felicidade e Melancolia. E na Crítica Midiática da semana: desmontando o silogismo do “golpe tabajara”; mais coisas em torno dos dez anos das Jornadas de Junho: o grau zero da política; Grupo Wagner e a série Breaking Bad: TV OTAN constrói mais um herói canastrão; os desgastes midiáticos da semana do governo Lula. 

Pedagogia do medo e o não-acontecimento do golpe tabajara


Como assim? Um golpe de Estado sendo discutido em um grupo de WhatsApp? E o roteiro encontrado no celular do ajudante de ordens de Bolsonaro? Golpe Tabajara? jornalistas acreditam em qualquer coisa, talvez por assistirem a muitos filmes da Netflix. Ou porque estão dominados pelo vício epistemológico de que as notícias só podem ser fatos grandiloquentes. Dominados por esse empirismo grosseiro, são incapazes de entende um cenário de guerra híbrida. Isto é, golpes como PROCESSOS. Mas, principalmente, o fato de que a guerra (principalmente informacional) é a arte do engano. “Vazou” um plano de golpe de Estado? É a não-notícia, estratégia difusa da pedagogia do medo para criar a paralisia estratégica no oponente – mais um tijolo para tentar emparedar o governo Lula. Aquele mal-agradecido, por não reconhecer que Biden salvou a nossa “frágil” democracia... de um golpe tabajara.

“A arte da guerra se baseia no engano” (Sun Tzu)

sexta-feira, junho 23, 2023

Última temporada de 'Succession': o quão super ricos podem ser tão tristemente ridículos


A série “Succession” (2018-2023) encerrou sua quarta e última temporada com o seu criador, Jesse Armstrong, sem a menor intenção de criar personagens que arranquem alguma empatia do espectador. “Succession” é um show sobre a amoralidade corporativa de uma família, CEOs e acionistas que disputam o controle de uma gigante de mídia e entretenimento. Explicitamente inspirada na família Redstone (Viacom) e Murdoch (Fox News/News Corp), acompanha irmãos disfuncionais com personalidades formadas em infâncias super ricas, mas que cresceram emocionalmente pobres. Um drama shakespeariano sobre a disputa da coroa do patriarca Logan Roy, numa competição de crueldades, traições e mentiras que sempre termina da pior forma possível. “Succession” apresenta uma tendência atual no cinema e audiovisual: o prazer do público em ver o quão tristemente ridículos podem ser super ricos mimados. A questão é que são eles que controlam a informação e entretenimento globais.  

terça-feira, junho 20, 2023

Live Extra de quarta: mídia e nostalgia do Golpe de Estado e 'sorte' de Lula torna Astrologia variável econômica



No meio da semana do fogo no parquinho, a Live Extra Cinegnose 360, nessa quarta-feira (21/06), às 18h, no YouTube. CPIs são o novo cercadinho do bolsonarismo; a ironia sincrônica da viagem de Dallagnol para Chicago; Lula tem sorte? Grande mídia quer colocar Astrologia nas faculdades de Economia; Mídia, pedagogia do medo e a nostalgia do golpe de Estado; Mais uma vez jornalismo corporativo faz “meganhagem” na cobertura do ataque a escola no Paraná; o CONVEEENIENT Roteiro do Golpe; Ibaneis Rocha, Marcos do Val: as anomalias midiáticas das ações da Polícia Federal; Rand Corporation exige que EUA acabem com “aventura” na Ucrânia... e TV OTAN brasileira não fala nada. E outras bombas semióticas que eventualmente explodam até as 18h.

sábado, junho 17, 2023

Na Live: 'Man or Astro-Man', o rock AstroGnóstico; 'Roteiro do Golpe' ou como mídia assiste a muito Netflix


O Netflix ainda vai descobrir que a política brasileira dá um bom filme... Já tem até roteiro! Do Golpe! É dentro desse set cinematográfico que vai rolar a Live Cinegnose 360 #112, nesse domingo (18/06), às 18h, no YouTube. Vamos começar com a surf music AstroGnóstica do “Man or Astro-Man”: o rock e a nostalgia do “totalmente outro”. Depois, vamos discutir o filme italiano “Já Era Hora” (a hipertrofia das expectativas na vida moderna) e o terror de gênero “Pollen” (a Natureza quer se vingar da masculinidade patriarcal). Em seguida, na sessão dos Livros que o Humilde Blogueiro Comprou, Gnosticismo e o marketing das marcas. E na Crítica Midiática da semana: Roteiro do golpe num celular? A guerra é a arte do engano; febre maculosa: como gatos sobem no telhado! Por que a Rússia não ganhou ainda a guerra? TV OTAN não quer entender o que acontece na Ucrânia; Grande Mídia tenta provar que Biden ainda está vivo; as guerras culturais midiáticas aqui e dos Novos Democratas dos EUA. Venha participar nesse domingo.

A Natureza lentamente vinga-se da masculinidade patriarcal no terror 'Pollen'


Acompanhando a atual tendência do terror de gênero como “She Will” (Charlote Colbert) e “Men” (Alex Garland), o filme indie “Pollen” (2023), de D.W. Medoff, é um terror psicológico sobre problemas da agressão sexual, toxicidade no local de trabalho e trauma. “Pollen” lembra o clássico “Repulsa o Sexo” de Roman Polanski. Porém, com um toque, por assim dizer, botânico: depois que uma jovem vê o emprego dos seus sonhos se tornar um pesadelo (abuso sexual e relações de trabalho tóxicas) decide viver como uma planta e tem como única companhia um vaso com flores de papoula. Lentamente começa a se mover em direção à loucura completa na qual seu trauma começa a se misturar com poderes orgânicos do mundo botânico. É a Natureza lentamente gestando sua vingança contra a masculinidade patriarcal.

quinta-feira, junho 15, 2023

Chegamos sempre tarde no encontro com a vida no filme 'Já Era Hora'


A produção Netflix italiana “Já Era Hora” (Era Ora, 2022) é uma surpreendente comédia romântica, cujo argumento faz lembrar o clássico “O Feitiço do Tempo” e a comédia hollywoodiana “Click”: um workaholic, sem tempo para familiares e amigos, fica preso em um loop temporal no dia do seu aniversário, no qual ele sempre salta um ano no futuro. Busca uma saída para não perder aqueles que mais ama, enquanto percebe que, a cada salto, sua vida profissional é cada vez mais bem-sucedida. Uma comédia surpreendente porque o drama tragicômico do protagonista ecoa algumas reflexões do filósofo italiano Giacomo Marramao sobre o fenômeno moderno da “hipertrofia das expectativas”: a sensação de sempre estar chegando demasiadamente tarde no encontro com a vida.

terça-feira, junho 13, 2023

Live da quarta: semiótica de anomalia na Parada LGBT+ e dos black blocs das 'Jornadas'; guerra culturais e na agenda midiática


Na semana da “comemoração” dos dez anos das chamadas “Jornadas de Junho” de 2013, a Live Extra Cinegnose 360 também vai colocar mais uma vez a sua colher. Na edição #05, quarta-feira (14/06), às 18h, no YouTube. Depois dos tradicionais Comentários Aleatórios em 360 graus, a Crítica Midiática do meio da semana: algo semioticamente estranho aconteceu na Parada Orgulho LGBT+ no domingo; Grande Mídia está à procura de um novo “tomate” para “ameaça inflacionária”; a guerra da agenda midiática: a “crise da articulação” do governo; Tony “Montana” Garcia diz apresentar “provas”; “Guerras Culturais” nos EUA e aqui: o conluio Novos Democratas e “alt right”; uma análise semiótica dos black blocs nas Jornadas de Junho. Tudo isso nessa quarta-feira!


sábado, junho 10, 2023

Na Live: Franz Ferdinand, dez anos das 'Jornadas de Junho', o ardil semiótico do discurso da polarização, Lua e diamantes


Numa semana pela metade, mas tão diversa entre Jesus evangélico, Jesus coaching da Teologia da Prosperidade, Parada do Orgulho LGBT+ 2023, Bolsa subindo e dólar caindo, também tem a edição #111 da Live Cinegnose 360, nesse domingo (11/06), às 18h, no YouTube. Na sessão dos CDs e vinis vamos de “Franz Ferdinand”: por que a estética do começo do século viveu a nostalgia do construtivismo russo? Em seguida, vamos discutir dois documentários “Nada é Eterno” (a invenção social do valor do diamante no Capitalismo) e “Algo Engraçado Aconteceu a Caminho da Lua” (um ponto fora da curva nas teorias da conspiração sobre o pouso na Lua). Na sessão dos Livros que o Humilde Blogueiro Comprou, comidas e cores. E na Crítica Midiática, os dez anos das Jornadas de Junho: porque aquilo deu nisso. E as armadilhas semióticas do discurso midiático da polarização, entre Jesus evangélico e coaching e a Parada Orgulho LGBT+ 2023.  

sexta-feira, junho 09, 2023

Lula escapa do ardil semiótico da Marcha de Jesus... e Folha tenta lucrar com isso


Parece haver alguma inteligência semiótica no governo Lula. O presidente recusou o convite para participar da Marcha para Jesus 2023, em São Paulo. O ardil era evidente: se Lula fosse à Marcha, daria a deixa para a narrativa da “polarização” do jornalismo corporativo: “Lula repete Bolsonaro e politiza evento religioso”. Nunca a polarização foi uma questão para a grande mídia. Passou a ser quando Lula saiu dos cárceres de Curitiba, gerando uma mais-valia semiótica midiática: Bolsonaro e Lula são iguais, polarizam, mas apenas têm sinais trocados. É a retórica “nem-nem”, colocada em ação desde as últimas eleições. Nesse momento, o jornalismo hegemônico mobiliza seu arsenal retórico do “Lula repete Bolsonaro”, estratégia subliminar para substituir a política pelo “bom-senso” neoliberal. Enquanto isso, a “Folha” tenta lucrar mercadologicamente com tudo isso, com a “campanha para incentivar furo de bolhas e diversidade de ideias”.

A invenção social do diamante no documentário 'Nada é Eterno'


A Natureza leva um bilhão de anos para fazer um diamante. Mas bastam os 87 minutos do documentário Netflix “Nada é Eterno” (Nothing Lasts Forever,2022) para desconstruir a mitologia mercadológica do “sonho do diamante”: o mito da pedra “preciosa” e exclusiva, incrustrada em anéis que celebrariam a eternidade de noivados e casamentos. O documentário descreve como o cartel do diamante criou o mito da escassez que atribuiu um valor imaginário para a pedra. Principalmente, quando diamantes sintéticos secretamente invadiram o mercado – a nível molecular idênticas aos “originais”. “Nada é Eterno” nos convida a refletir sobre a produção artificial do valor das mercadorias no capitalismo e o seu simulacro puro: a inexistência das fronteiras entre o original e a cópia, o falso e o verdadeiro, o natural e o artificial.

terça-feira, junho 06, 2023

Live Extra de quarta: bombas semióticas com timing e sincronismo tomam conta do cenário político


HOW CONVEEEENIENT! Esse é o país das bombas semióticas e não-acontecimentos. Com muito timing e sincronismos. Que vamos dissecar na Live Extra Cinegnose 360 #04, nesta quarta-feira (07/06), às 18h, no Youtube. Depois dos Comentários Aleatórios, a Crítica Midiática do meio da semana: os casos Sonia Guajajara e Deltan Dallagnol: como o tempo real das redes sociais está corroendo a política; a queda de Biden e o mito do “Mr. President” nos EUA; na entrevista do presidente do Tribunal Militar na CNN um sincrônico ato falho; grande mídia faz o “L” de Arthur Lira; perito diz que áudio do juiz Apio era falso e as denúncias de Tony Garcia: há sincronismos? Folha lança campanha para furar bolhas e diversidade de ideias:  o jornalão e a “crítica nem-nem”. E outras bombas semióticas que explodirem até às 18h de quarta-feira.

domingo, junho 04, 2023

Live de domingo: The Stranglers; mídia "intensifica o jogo" com surtos e chiliques diários; dez anos das Jornadas de Junho


A grande mídia está “intensificando o jogo”? (Apud Laura Richardson, comandante do SouthComand)... Então a Live Cinegnose 360 também vai intensificar a crítica midiática nessa edição #110, nesse domingo (04/06), às 18h, no Youtube. Mas antes, vamos discutir uma banda pouco lembrada: “The Stranglers”, o elo perdido da cena Punk – no quê o punk tem a ver com o chamado “Paradigma Disney” de narrativa? Depois, vamos discutir os filmes “Tin & Tina” (a religião como arma contra o futuro) e “Últimos Dias no Deserto” (porque Satanás é o último dos humanistas). Na sessão “Livros que o Humilde Blogueiro Comprou”, vamos de Pierre Bourdieu e Zygmunt Bauman. Em seguida vamos “intensificar o jogo” na Crítica Midiática da semana: depois da análise semiótica das capas de jornais do dia, vamos analisar chiliques e “o soco contra toda imprensa” de uma sabuja da TV Globo; Mídia surta com Zanin no STF   e usa as falácias da “impessoalidade” e “representatividade identitária”; Globo agora corrompe crianças na jogatina das casas de apostas; a simbólica imagem da “queda” de Joe Biden; Jornadas de Junho faz dez anos: grande mídia fala em “República Digital”; Guajajara X deputada bolsonarista: um flagrante de como o tempo real está corroendo a política.

sexta-feira, junho 02, 2023

General do Comando Sul dos EUA fala em "intensificar o jogo"... E mídia obedece


Recentemente, após a embaixadora dos EUA visitar os estúdios da CNN, o canal de notícias “vazou” vídeo que provocou crise política que tornou inevitável a CPI do 08/01. Também, sincronicamente, após a general comandante do Comando Sul dos EUA, em reunião na Atlantic Council, falar em “intensificar o jogo” na geopolítica da América do Sul, o jornalismo corporativo também intensifica o tom dos chiliques de seus “colonistas”. Principalmente na terça-feira: depois de um dia inteiro de gritaria com a “passada de pano” de Lula no “amigo” Maduro, com timing e sincronismo a veterana repórter Delis Ortiz toma “um soco por toda imprensa” de segurança do GSI numa entrevista com o líder venezuelano no Itamaraty. Inexplicavelmente sem imagens, num ambiente totalmente mediatizado. “Intensificar o jogo” significa duas coisas: melar midiaticamente a geopolítica sul-americana; e tirar Lula do cenário internacional para só negociar no Congresso... mas, quando negocia, é porque “está de joelhos”. Grande mídia ouve bem os “apitos de cachorro” do Império.

quinta-feira, junho 01, 2023

Em 'Tin & Tina' a religião é uma assustadora arma contra o futuro


“A Bíblia não precisa ser satirizada. Ela já totalmente louca”, dizia o cartunista cult Robert Crumb. Não é à toa: a forma como crentes tomam ao pé-da-letra uma obra tão metafórica, simbólica e alegórica pode ter consequências assustadoras. Esse é o tema do terror espanhol “Tin & Tina” (2023, disponível na Netflix). Após um trágico aborto espontâneo, Lola e Adolfo adotam um adorável casal de gêmeos de um orfanato católico fundamentalista no interior da Espanha. Assim como a Espanha (estamos em 1981, no país que saiu recentemente da ditadura franquista), o casal tenta olhar com otimismo para o futuro. Mas o passado não resolvido pode retornar como um pesadelo: a religião, que pode se transformar numa arma que impede qualquer ideia de futuro.

Tecnologia do Blogger.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Bluehost Review