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sábado, abril 05, 2025

Vídeo de Felipe Neto prova que o hábito do cachimbo entorta a boca do jornalismo corporativo

 Ele já foi influenciador-militante nos tempos do jornalismo de guerra, dizendo que a Dilma Rousseff tinha “escarrado na Nação”. Depois se arrependeu e disse que era um “babaca”, que precisava “estudar”. E estudou. Leu o livro “1984” de George Orwell. E nessa semana divulgou um vídeo em que se lançava pré-candidato à presidência porque gostaria de ser o “Grande Irmão” do Brasil... A grande mídia acreditou e deu como notícia séria... assim como, há pouco tempo, acreditou na candidatura do milionário cantor sertanejo Gustavo Lima. Mas tudo não passou de uma ação de marketing de Felipe Neto para promover o audiobook do livro que ele orgulhosamente diz ter lido. Involuntariamente, Felipe Neto criou uma “media prank” (pegadinha) em que o jornalismo...

terça-feira, abril 01, 2025

A pauta desmobilizadora e bestializante do julgamento de Bolsonaro no STF

 "O Brasil não tem povo", observou admirado o biólogo francês Louis Conty quando a República foi proclamada no Brasil. Para ele, a população assistiu a tudo "bestializado" - sem entender um acontecimento aparentemente longe da diária luta pela sobrevivência. Esse foi o imaginário fundador da República. No século XIX, iniciado como tragédia. Agora, no século XXI, como farsa, ardil. O julgamento pelo STF dos indiciados pela PGR por tentativa de golpe de Estado no 8/1, e o principal deles, o líder Bolsonaro, foi acompanhado na TV pela esquerda como uma final de Copa do Mundo: a derradeira "defesa da Democracia". Nem a grande mídia ou a esquerda se esforçam em mostrar o que essa agenda tem a ver com o dia a dia do brasileiro onde precarização...

sábado, março 15, 2025

Pânico como valor no Capitalismo de Catástrofe e como mídia descobriu que Gleisi é mulher

Os leitores mais velhos devem lembrar dos ícones do sensacionalismo na TV: O Homem do Sapato Branco, Gil Gomes, programas O Povo na TV e Aqui e Agora etc. Essa linguagem sensacionalista ficou para trás, em uma época de outro capitalismo. Hoje, o rentismo e o Capitalismo de Catástrofe (capaz de imaginar o fim do mundo como oportunidade de comoditização) impõem uma mudança nesse clássico gênero midiático. É a ascensão do PÂNICO CAPITALISMO: o pânico elevado a valor cultural através do qual a sociedade e tendências políticas e econômicas são percebidas – Pânico Moral, Pânico Racial, Pânico Climático, Pânico Inflacionário, Pânico da Segurança Pública, Pânico Econômico etc. Com uma mais-valia ideológica: inverter relações de causa e efeito para...

domingo, março 09, 2025

Jornalismo corporativo institui a não-mulher no Dia da Mulher

Dia da Mulher. Grande mídia celebra. Porém, quando se fala em política, curiosamente o jornalismo corporativo não quer celebrar e nem reconhece como mulher a ativista petista feminina. Vira a não-mulher. É o caso de Gleise Hoffmann, condenada a repetir o caso da presidenta Dilma – não é mais sexismo ou misoginia. É anti-petismo mesmo. Enquanto isso, aproveitando a efeméride, a única crítica possível da jornalista Natuza Nery contra as medidas anti-inflação dos alimentos  (ocultadas pelas medidas do PIX pelo BC) foi dizer que Alckmin era “um branco engravatado que não vai a supermercado” e, portanto, as medidas não tinham representatividade feminina (!!!). E o 8/1 pode não ter conseguido dar o golpe de Estado. Mas já está dando muito...

domingo, março 02, 2025

O que tem a ver queda de aprovação do governo Lula com o hype do filme 'Ainda Estou Aqui'?

Nessa noite o filme “Ainda Estou Aqui” disputa três estatuetas do Oscar: Melhor Filme, Atriz e Filme Internacional. Que este humilde blogueiro consegue lembrar, nenhuma indicação brasileira ao Oscar nos anos 1990 como “O Quatrilho”, (1996) “O Que é Isso Companheiro” (1998) e “Central do Brasil” (1999) mereceu tal comoção típica de uma final de copa do mundo – pelo contrário, eram vistos até com ceticismo. Por quê? Quase como marketing involuntário ao filme, um homem foi preso por tentar invadir STF; polícia achou bomba com suspeito. De repente, o filme criou uma unanimidade: a agenda da urgente necessidade de defender a Democracia. Enquanto a esquerda terceiriza a defesa no Judiciário, a grande mídia bomba a inflação dos alimentos: ninguém...

sábado, março 01, 2025

Depois da humilhação, jornalismo corporativo tenta juntar os pedaços de Zelensky

Já pairava um cheiro de armadilha no ar. Como assim? Convidar Zelensky para um encontro no Salão Oval com Trump, dias depois de chamar o ucraniano de “ditador” e ter uma conversa bilateral com Putin? Deu no que deu, uma pequena amostragem do “caos com método” abateu um Zelensky monocórdico que acreditava que tudo seria normal – mas foi humilhado e enxotado pelas conhecidas armadilhas semióticas alt-right: comunicação indireta, técnicas de dissociação, desautorização do interlocutor e roll over. Depois, restou à grande mídia brasileira salvar a própria credibilidade: como ajudaram um obscuro ator-comediante de uma série Netflix ucraniana a inventar a imagem de um destemido herói patriótico a ousado líder geopolítico global? Se há um aspecto...

quarta-feira, fevereiro 26, 2025

Aforismos e pensatas do humilde blogueiro no Departamento Médico (2): memecoins, PirâMilei e hipernormalização

Mais algumas pensatas e aforismos enquanto esse humilde blogueiro recupera-se da cirurgia, enquanto prepara corpo e mente para as sessões de fisioterapia. Nessa segunda edição, Milei e escândalo da memecoin e como Adam Smith e Karl Marx estão cada vez mais atuais; dois flagrantes de hipernormalização midiática para blindar Tarcisão - 2026, O Moderado: policiais militares nada fazem com flagrante de injúrias raciais nos bastidores do Palmeiras, no campeonato paulista, e a incrível história ignorada do policial civil CEO de fintech do PCC. Na Era Pós-Biden, programa Fantástico está abandonando a Woke Explotation para fazer “jornalismo Snapchat”.&nb...

terça-feira, fevereiro 25, 2025

Aforismos e pensatas do humilde blogueiro no Departamento Médico (1): o butim da Ucrânia, Covid, esperando Gonet e inflação

Essas são as primeiras pensatas e aforismos do humilde blogueiro entregue ao Departamento Médico. São textos pós-cirurgia no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC-SP – o blogueiro sofreu um acidente ciclístico. Na falta do que fazer, fico ainda mais absorvido pela TV e Internet. Os primeiros resultados são esses textos sobre Trump, Zelensky, Covid Rises Again, Gonet e PGR no timing e Lula e a inflação dos alimentos. Como dizia Lacan, a parte mais importante  da  Psicanálise é a simbolização: falar sobre o próprio trau...

terça-feira, fevereiro 04, 2025

Entrevista com o humilde blogueiro: Inteligência Semiótica e soberania digital

Esse humilde blogueiro foi entrevistado pelo jornalista Moysés Corrêa da TVCRIO – Televisão Comunitária do Rio de Janeiro, nessa segunda-feira (03/02). “Comunicação, debate público e democracia” foi o grande tema. O foco foi fazer um diagnóstico da evolução das tecnologias de comunicação até chegarmos ao tempo real das redes sociais – principalmente, como a comunicação on line está corroendo a Democracia. Para chegarmos ao debate atual das armadilhas comunicacionais que, tanto o Governo Lula quanto a esquerda, estão caindo sem conseguirem reagir. Voltou na discussão o tema do “Gabinete de Inteligência Semiótica” e a necessidade de ser criada uma agenda comunicacional própria que dispute a narrativa da grande mídia. E a necessidade de uma política...

sexta-feira, janeiro 17, 2025

A extrema-direita tem um "Gabinete de Inteligência Semiótica". E o Governo?

A humilhante derrota do Governo no episódio da normativa do Pix da Receita Federal (voltando atrás, passando recibo e pulverizando a credibilidade não só de um órgão público, mas também dos próprios jornalistas do campo progressista que lutavam contra a desinformação) revelou a extrema vulnerabilidade diante das operações de um “gabinete de inteligência semiótica” na extrema-direita: a sinergia entre o jornalismo corporativo e extrema-direita, fornecendo insights e munição para a desinformação. Desde o episódio dos imóveis perdidos do Palácio da Alvorada e reencontrados pela Comissão de Inventário (e depois bombado nas manchetes de primeira página) no início de 2024, encontramos um trabalho de prospecção rotineira de crises em potencial, para...

terça-feira, janeiro 14, 2025

Incêndios em Los Angeles: é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do Capitalismo

Vídeos e fotos dos incêndios de Los Angeles que circulam nas redes sociais e na grande mídia são impressionantes: parecem que foram escolhidas pela “fotogenia”, isto é, pela similaridade com as dezenas de filmes-catástrofe já feitos por Hollywood. E o destaque dos incêndios das próprias mansões de atores parecem querer nos mostrar que eles estão estrelando algum tipo de superprodução real. Qual o ardil dessas imagens que viraram bombas semióticas? A resposta está no teórico urbanista e historiador Mike Davis, agora reconhecido pela antevisão do seu livro “Ecologia do Medo: Los Angeles e a Fabricação de um Desastre”, de 1998. Como a urbanização caótica, especulação imobiliária e privatização dos recursos hídricos tornou uma sociedade altamente...

terça-feira, janeiro 07, 2025

'Ainda Estou Aqui' e a cordial luta de classes brasileira

Estamos acostumados (eu diria “treinados”) a considerar um filme apenas pelo seu conteúdo, ignorando a linguagem, o contexto e as relações sociais e de classe que envolvem a fabricação do produto cultural. É a necessidade de termos o olhar materialista histórico, coisa fora da moda na atualidade. Mas é essencial para entendermos o filme “Ainda Estou Aqui” (2024), que guarda paradoxos e ironias que revelam como a cordialidade marca a luta de classes brasileira: de um lado, um cineasta herdeiro de um banqueiro fiador e beneficiário do golpe militar de 1964; e do outro, a Globo – golpista de primeira hora em 1964 e num momento em que, através da plataforma Globoplay, co-produtora do filme, tenta ir além da TV aberta, de olho no mercado internacional....

quinta-feira, janeiro 02, 2025

Caso Natuza Nery e apropriação semiótica: como a Globo lucra com isso

O caso do ataque sofrido em supermercado pela “colonista” e apresentadora da Globo News, Natuza Nery, é exemplar por revelar, na prática, o efeito da estratégia de comunicação alt-right de apropriação semiótica. A crítica não só a Globo, mas ao monopólio midiático do país, sempre foi uma pauta da esquerda. Apropriada e com sinal invertido de forma paródica pela extrema-direita, virou o mote “Globo Lixo!”. Resultado: o campo sai em defesa do “jornalismo profissional” e a “liberdade de imprensa” contra o “fascismo”, não obstante a “colonista” ter semeado e colhido tempestade, junto com a emissora que deu visibilidade à lama psíquica do Brasil profundo. O campo progressista teme ser confundida com o bolsonarismo. Então, sai em defesa do jornalismo...

sábado, dezembro 28, 2024

Governo confunde comunicação com propaganda. Mídia e Faria Lima apostam nisso!

Por que, não mais que de repente, os “colonistas” do jornalismo corporativo resolveram dar pitacos sobre a comunicação do Governo? Cinicamente até admitem os bem-feitos de Lula na área econômica. Mas, segundo eles, Lula não está conseguindo transmitir para o povo e o mercado. Qual o ardil dessa súbita preocupação? A resposta está no costumeiro comportamento reativo do Governo e do PT: colocar um marqueteiro na Secom. Reativamente, confunde comunicação com propaganda. Dentro da atual arapuca de ataques especulativos da Faria Lima, a questão não é mais a excelência da informação transmitida à sociedade. Os recentes sincericídios da economista Zeina Latif e do banqueiro André Esteves revelam o ardil mídia-Faria Lima: fazer o governo continuar...

sexta-feira, novembro 22, 2024

'Plano Punhal Verde e Amarelo', não-acontecimento e paralisia estratégica

Com quatro pistolas, quatro fuzis, uma metralhadora, um lança-granada e um lança-rojão o “Plano Punhal Verde-Amarelo” da trupe dos kids pretos de Bolsonaro pretendia dar um golpe de Estado em 2022, assassinando Lula, Alckmin e “Xandão” com “veneno, bombas e tiros”. E depois, um “núcleo jurídico” daria sustentação ao Estado de Exceção. Bom, parece ser mais efetivo do que a história do cabo e um soldado para fechar o STF. O que chama a atenção é a sincronia do indiciamento da PF (logo depois que o Tiü França se autoexplodiu) e o timing (a vitória do Itamaraty no G-20 e o contra-ataque de Haddad ao divulgar planilha das empresas beneficiadas por renúncia fiscal – destaque para a própria mídia). Um golpe ao estilo república de bananas caribenha...

sexta-feira, outubro 11, 2024

Em 'Megalópolis', a Nova Roma construída através da economia, jornalismo e sex appeal

 A América atual é como o império romano e está destinada a ser derrubada pela ganância e arrogância de alguns homens loucos pelo poder. Essa é a ideia central da loucura retro-futurista de Coppola “Megalópolis” (Megalopolis, 2024). Em uma Nova York alternativa, transformada na Nova Roma, um prefeito conservador e um arquiteto visionário estão em confronto: um apenas quer se manter no poder; e o outro, projetar a Utopia cujo otimismo está na relação direta da sua arrogância. Duas concepções diferentes sobre a inerência humana: ela é má ou boa? Uma de inspiração hobbesiana contra a rousseauniana. Ambas pode dar resultados sinistros: a Economia, o Jornalismo e o Sex Appeal – draconianas medidas de austeridade que sufocam uma metrópole, os...

sexta-feira, outubro 04, 2024

Pós-meritocracia: grande mídia foi traída pela Faria Lima

Poucos estão percebendo uma sutil ironia que envolve o crescimento desse novo ecossistema digital composto, de um lado, pelas apostas e cassinos online; e do outro, a atração da classe média pela diversificação das carteiras de investimentos no alcance dos dedos na tela de um smartphone. “Colonistas” da grande mídia estão se sentindo traídos pelo seu maior aliado e patrocinador, a Faria Lima, a “elite irresponsável” que se apaixonou pelo “forasteiro” Pablo Marçal. Mais do que um hype, Marçal é um sintoma do zeitgeist desse novo ecossistema digital: a pós-meritocracia e a gameficação. Que coloca em xeque a ideologia do mérito-empreendedorismo que o jornalismo corporativo abraçou como a terra prometida pós golpe de 2016. Não chegamos a nenhuma...

terça-feira, setembro 24, 2024

Em defesa de Pablo Marçal: ponham ele na conta da grande mídia

Se a lei eleitoral desobriga à grande mídia convidar Pablo Marçal, por que insiste em colocá-lo nos debates? Mesmo com os recorrentes problemas, como no último debate Flow Podcast? Hipocritamente, o jornalismo corporativo se posiciona com a vestal da moralidade política e continua denunciando as “cenas deprimentes”. Marçal é a garantia de audiência e clickbaits de um produto midiático que se tornou engessado e monótono ao longo dos anos. Além de garantir dissonância cognitiva necessária para desmoralizar a política - que alimenta a extrema direita. É hora de defender Marçal, colocando-o na conta da grande mídia: ele é seu filho dileto. Mais do que isso: representa a “pós-meritocracia” dentro do ecossistema atual dos jogos e apostas online e...

sexta-feira, setembro 13, 2024

O Brasil pega fogo: Jornalismo Tostines e Capitalismo de Catástrofe

Olhamos para as imagens dos incêndios que estão fazendo o País arder e pensamos imediatamente em apocalipse e nas imagens hollywoodianas de filmes como Mad Max. Por que é mais fácil a gente pensar no fim do mundo do que no fim do Capitalismo? Por que falar em Capitalismo? Por que todos esses incêndios guardam um padrão que o jornalismo hegemônico quer esconder: recorrência, sincronismo, sequencialização e precipitação, apontando para uma engenharia política do caos. Muito além do “Aquecimento Global”. E que toda a catástrofe ambiental brasileira é provocada pelo modelo produtivo neocolonial digital de exaustão de todos os biomas. Entra em ação o “jornalismo Tostines”, de viciosidade e “rocambole semiótico”. Mas nem tudo está perdido: a Faria...

terça-feira, setembro 03, 2024

O candidato coach, a Sociedade do Cansaço e o Capitólio Tabajara

O ex-coordenador da campanha de Trump, Steve Bannon, disse certa vez a jornalistas: “vocês ainda terão saudades de Trump”. Nada é surpreendente no candidato coach Pablo Marçal: ele é apenas a evolução natural da estratégia alt-right de comunicação: forçar os limites de regras, legislações e instituições que supostamente defenderiam a Democracia. O que surpreende é observar como a sociedade não consegue oferecer nenhuma resistência: por todos os lados ou há omissão e negação ou, no caso da grande mídia, hipernormalização. De um lado, o candidato coach é o sintoma daquilo que o filósofo Byung-Chul Han chama de “Sociedade do Cansaço” – uma sociabilidade limítrofe e no espectro do déficit de atenção na qual o excesso de positividade normaliza a...

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