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sexta-feira, março 15, 2024

'Beau Tem Medo': o adulto é uma criança crescida em um Édipo arrasado


Nascemos pelados, sem nenhum pelo no corpo, desdentados, descoordenados, meio cegos, pensamentos confusos e nos sentindo afogados até os pulmões começarem a funcionar através do nosso próprio grito de terror. Chegamos a esse mundo com medo e vamos embora também com medo. Tudo isso é descompactado nas três horas do humor negro surreal de “Beau Tem Medo” (Beau is Afraid, 2023) do diretor/roteirista Ari Aster (“Hereditário”, “Midsommar”). Joaquim Phoenix faz uma odisseia épica de seu apartamento solitário (em um bairro assustador com crimes à luz do dia) para uma visita a sua mãe no dia do aniversário da morte de seu pai. É o gatilho que faz disparar medo e ansiedade, além da culpa edipiana de um homem na meia idade. Ameaças e perigos pulam por todos os lados. Metáforas de uma consequência freudiana: o adulto não passa de uma criança crescida, carregando medos e culpas de um Édipo arrasado.

quinta-feira, março 07, 2024

A imortalidade de uma divindade hedonista enlouquecida em 'Divinity'


O que aconteceria com uma sociedade cuja tecnociência descobrisse a droga da imortalidade? Do corpo, não da mente, que continuaria em seu natural processo de envelhecimento. Resultado: o ser humano se tornaria uma divindade hedonista e enlouquecida através do poder fálico  eterno proporcionado por uma droga vendida como produto para poucos em comerciais na TV. “Divinity” (2023) é uma estranha ficção científica em p&b, uma alegoria enigmática de horror corporal com uma estética que faz homenagem ao expressionismo alemão de Fritz Lang. Sobre a descoberta da imortalidade que, de alguma forma, prejudicará o equilíbrio cósmico. Que fará o acerto de contas contra o cientista inventor do elixir. Um filme estranho para cinéfilos aventureiros.

sexta-feira, dezembro 22, 2023

'O Homem dos Sonhos': quando as redes sociais se transformam no inconsciente coletivo


Quando o psicanalista suíço Jung formulou a teoria dos arquétipos e do inconsciente coletivo, não pensava que um dia haveria uma tradução eletrônica desse campo onírico coletivo: a Internet e as redes sociais. Uma tradução tão irônica que o diretor e escritor norueguês Kristoffer Borgli (“Sick of Myself”) imaginou uma curiosa metáfora: sem fazer o menor esforço, um homem torna-se viral ao aparecer recorrentemente nos sonhos de um número crescente de pessoas, um estranho fenômeno análogo ao déjà vu ou uma espécie de “Efeito Mandela”. Transforma-se numa celebridade involuntária sem o menor controle sobre sua imagem. Até o momento em que os sonhos começam a se transformar em pesadelos. Este é o filme “O Homem dos Sonhos" (Dream Scenario, 2023), no qual mais uma vez Nicolas Cage cria meta camadas de si mesmo. As coisas se complicam quando agências de marketing digital e uma startup tecnológica começam a se interessar pelo fenômeno, criando cenários bizarros de uma comercialização selvagem.

sábado, dezembro 16, 2023

'Esqueceram de Mim': quando as festas de final no ano viraram o alívio cômico da família


Com a proximidade das festas de final de ano, a grande mídia é tomada matérias jornalísticas, filmes e séries repletas de contos motivacionais e morais com histórias de reformas íntimas e promessas de Ano Novo em se tornar uma pessoa melhor, mais empática e otimista. Nessa onda de final de ano certamente se destacam as indefectíveis reprises do clássico “Esqueceram de Mim” (Home Alone, 1990), mostrando que o filme resiste ao tempo e a cada exibição parece se tornar melhor. O que fez “Esqueceram de Mim” virar um clássico de Natal? Desde o seu lançamento, o filme mostrou que era muito mais do que um filme infantil de Natal – além de revisitar os arquétipos do abandono e separação ainda vivos na infância, a narrativa da negligência dos pais de Kevin reflete o drama da quebra do elo geracional das famílias modernas. O clássico oferece o alívio cômico em humor negro para o mal-estar das famílias no final de ano: rir de si mesma.

sábado, agosto 26, 2023

Amor, cultura dos aplicativos e milhagens no filme 'Matrimilhas'


Dos cálculos das milhagens do cartão de crédito à cultura dos aplicativos, cada vez mais as métricas estão tomando conta não só da vida pública. Também da privada, como, por exemplo, nos aplicativos de relacionamentos. A comédia argentina da Netflix “Matrimilhas” (Matrimillas, 2022) leva essa tendência às últimas consequências quando um casal tenta salvar o seu casamento em crise. A solução para reacender a chama do relacionamento só poderia ser encontrada em três elementos que compõe o imaginário da classe média atual: a cultura dos aplicativos, as milhagens do cartão de crédito e o negócio das criptomoedas – um App que promete esquentar o amor entre casais através do acúmulo de milhagens na medida em que cada uma satisfaça o parceiro. Através dos algoritmos, o amor se transforma num game interesseiro.

sábado, junho 17, 2023

A Natureza lentamente vinga-se da masculinidade patriarcal no terror 'Pollen'


Acompanhando a atual tendência do terror de gênero como “She Will” (Charlote Colbert) e “Men” (Alex Garland), o filme indie “Pollen” (2023), de D.W. Medoff, é um terror psicológico sobre problemas da agressão sexual, toxicidade no local de trabalho e trauma. “Pollen” lembra o clássico “Repulsa o Sexo” de Roman Polanski. Porém, com um toque, por assim dizer, botânico: depois que uma jovem vê o emprego dos seus sonhos se tornar um pesadelo (abuso sexual e relações de trabalho tóxicas) decide viver como uma planta e tem como única companhia um vaso com flores de papoula. Lentamente começa a se mover em direção à loucura completa na qual seu trauma começa a se misturar com poderes orgânicos do mundo botânico. É a Natureza lentamente gestando sua vingança contra a masculinidade patriarcal.

sábado, maio 20, 2023

'Sick of Myself': cultura do narcisismo ou como esquecer quem você já foi um dia


Até onde podemos chegar para ganhar atenção e aprovação dos outros? E se o custo para conseguir isso for performar um eu até você esquecer quem já foi um dia? A comédia dramática norueguesa “Sick of Myself” (2022, disponível na plataforma MUBI) discute a cultura do narcisismo contemporâneo que chega ao auge na cultura influencer das mídias sociais. O filme cria uma metáfora poderosa: o narcisismo como deflação do ego - quanto mais se aproxima da fama, mais literalmente o corpo se auto consome e se destrói; ou a fronteira com a ilegalidade desaparece. “Sick of Myself” joga com a reversibilidade irônica do narcisismo moderno: ao invés do excesso de ego, quanto mais procuramos o centro das atenções e a aprovação dos outros, mais somos ameaçados pela desintegração e o vazio interior.

quinta-feira, abril 13, 2023

Filme 'Cidadão Kane', marcianos e pânico


“Cidadão Kane” (Citizen Kane, 1941) foi um milagre no cinema: um diretor estreante; um escritor cínico e alcoólatra; um diretor de fotografia inovador e um grupo de atores de teatro e rádio de Nova York receberam carta branca e controle total, e fizeram uma obra-prima. Da transmissão de rádio sobre uma invasão marciana que levou os EUA ao pânico em 1938, a um filme sobre um magnata da mídia, Orson Welles estimulou a reflexão sobre duas formas de poder: o da influência midiática e da propriedade das mídias. Na primeira, a descoberta de que o século XX estava preparado para o pânico; e na segunda, uma exploração freudiana do desejo pelo poder – basicamente poderia ser a busca para recuperar algo perdido na infância. O Poder como fantasia adulta regressiva a uma forma neurótica e compulsiva.

quinta-feira, dezembro 15, 2022

Revendo 'Os Outros': Jung tinha razão sobre mortos e fantasmas


Num evento sincromístico, depois de rever o filme “Os Outros” (The Others, 2001), de Alejandro Almenábar, pouco depois, remexendo antigos exemplares da velha revista “Planeta”, esse humilde blogueiro deparou-se com um pequeno texto de C.G. Jung chamado “A Vida Depois da Morte”. Tanto Almenábar quanto o psicanalista austríaco invertem todo senso-comum que temos sobre o após-morte: acreditamos que, chegando lá, teremos todas as repostas das perguntas que nos atormentam. Porém, tudo o que os espíritos sabem é o que sabiam no momento da morte. E nada mais. Na verdade, eles não nos assombram. Porque tanto em “Os Outros” quanto em Jung, todos, vivos e mortos, são fantasmas em busca de respostas.

quarta-feira, outubro 05, 2022

Em 'Vortex' a velhice e a morte são os grandes equalizadores da existência


Depois de filmes como “Irreversível”, “Enter the Void” e “Climax”, com perturbadoras cenas de violência sexual, extremos afetivos e lisérgicos, dessa vez o diretor franco-argentino Gaspar Noé volta-se para o tema da velhice e decrepitude física e mental em “Vortex” (2021, estreou no MUBI Brasil). Um casal de idosos passa seus dias em um apartamento labiríntico em Paris, cercado de objetos, pôsteres e livros, memórias de um passado de radicalismo político e engajamento intelectual. Aqui, a velhice e a espera da morte são grandes equalizadores existenciais - não importa quem você é ou foi. Sem exceção, todos estão indo na mesma direção. E todos os nossos índices das memórias e realizações serão deixados como testemunhos que deveriam ser duradouros. Mas numa sociedade em que o elo geracional se quebra, esses índices do passado estão condenados a se tornarem tão efêmeros quanto a nossa passagem por esse mundo.

quarta-feira, setembro 14, 2022

Boneca sexual, multidão solitária e alienação no filme 'A Garota Ideal'



Um filme que tinha tudo para dar errado pelo seu argumento: um homem solitário, incapaz de se relacionar com a própria família e conhecidos no trabalho, compra através da Internet uma boneca sexual de látex em tamanho natural. Ela se chama Bianca e, orgulhoso, apresenta a todos como sua “namorada”. O que poderia virar um conjunto de piadas grosseiras se transformou em um filme inteligente, reflexivo e tocante. Ele usa Bianca como uma espécie de alter-ego terapêutico para seus traumas familiares e uma forma de conseguir aprovação social.  O filme “A Garota Ideal” (“Lars and the Real Girl”, 2007) expressa o fenômeno psicológico comum numa sociedade de multidões solitárias: de animais de estimação aos gadgets promovidos pela sociedade de consumo, nos alienamos de nós mesmos para nos projetarmos em pets e objetos em busca de gratificação e aprovação do mundo externo.

segunda-feira, setembro 05, 2022

O lado oculto do universo de Sandman, por Andreas Dao


"Sandman", a aclamada obra-prima em quadrinhos do genial escritor e roteirista Neil Gaiman, finalmente ganhou sua versão live action pela plataforma de streaming Netflix. Como admirador da obra me sinto honrado em poder escrever este artigo para os leitores do blog Cinegnose! Nas próximas linhas vamos entrar no universo de Sandman, analisando alguns aspectos ocultos da obra num contexto não linear, abrangendo diferentes campos do saber (Xamanismo, Hinduísmo, Budismo, Cabala, Psicanálise etc.) e como não poderia deixar de ser, o tema principal serão os sonhos!

quinta-feira, agosto 25, 2022

A masculinidade tóxica e líquida no filme 'Men'


Tradicionalmente inspirada na matriz freudiana do Édipo (inocência, culpa etc.), o gênero do terror nesse século está mexendo em um novo lugar nos porões do inconsciente: a má consciência. Como mostra, por exemplo, o terror racial de Jordan Peele. “Men” (2022), de Alex Garland, dessa vez ingressa no terror de gênero: um conto de fadas sombrio no qual a masculinidade tóxica assume uma forma mutante, informe, amoral numa ordem patriarcal que se tornou “líquida”, na acepção de Zygmunt Baumann. Uma jovem viaja para uma idílica vila rural para se recuperar do trauma da morte do seu marido. Não demora muito para ela descobrir que se colocou no centro de um tipo diferente de trauma. Há algo de errado com este lugar, com essas pessoas, que por acaso são em sua maioria... homens.

sexta-feira, julho 22, 2022

'2046: Os Segredos do Amor': por que algo tão bom de repente não mais funciona?


Em 2011 o Partido Comunista Chinês proibiu o tema viagem no tempo em produções audiovisuais, sob alegação de que não eram “realistas”. Certamente, o filme “2046: Os Segredos do Amor” (“2046”, 2004), do diretor Wong Kar-wai (“In the Mood for Love”), fez parte dessa tendência de filmes sobre o tema que se tornaram popular na TV do país e irritou o governo. É um filme para cinéfilos corajosos cuja narrativa pula não só do futuro para o passado e vice-e-versa, como também confunde a realidade literária de um livro sci-fi escrito pelo protagonista com o seu próprio presente, cujos personagens reais se transformam em ficção no seu livro. Tentando capturar a experiência da memória de um grande amor perdido, o filme se trata da luta do homem contra o tempo que torna todo momento feliz passageiro. Por que algo tão bom de repente não mais funciona?

quinta-feira, julho 21, 2022

Solidão, incomunicabilidade e espectros no filme 'Aloners'


“Mais do que a morte, o que mais tememos é a solidão”, dizia Freud em 1921. O século XX teria criado a “multidão solitária”, vivendo o mal-estar da alienação. Porém, era ainda uma sociedade presencial, substituída no século XXI pela comunicação espectral, na qual a solidão se transformou em incomunicabilidade. Paradoxalmente, na era das comunicações globais em tempo real. O filme sul-coreano “Aloners” (2021) faz um perfeito diagnóstico dessa nova forma de solidão moderna onde, hipnotizada pela rotina mecânica do dia a dia, fezemos tudo para criar bolhas solipsistas.  “Aloners” acompanha uma jovem que trabalha em um call center – o típico lugar sem alma, a própria expressão do paradoxo tecnológico entre a comunicação espectral e a incomunicabilidade. E como os fantasmas, imaginários e às vezes até reais, vão aos poucos furando a sua bolha de isolamento e revelando sua condição de alienação.

quinta-feira, junho 30, 2022

'Fruto da Memória': o olhar inédito da "onda estranha grega" para pandemia e esquecimento


Uma pandemia global provoca amnésia irreversível em um número crescente de pessoas. Parece que já vimos muitos filmes tratando desse tema. E sem memórias, como descobrir quem somos? Também já vimos outros filmes sobre isso. Porém, lembre-se: o leitor vai assistir a um filme da chamada “Onda Estranha Grega” – narrativas bizarras onde amor, culpa, misticismo e horror se misturam. No filme “Fruto da Memória” (Mila, 2020), o diretor grego Christos Nikou mostra um protagonista amnésico que terá que reiniciar sua identidade em um programa neurológico inédito: reaprender todos os papéis, scripts e convenções sociais, desde as banais como andar de bicicleta, flertar alguém numa festa ou ir ao cinema. Sob comandos de fitas cassete gravadas com orientações para as “tarefas”. O filme é uma oportunidade para descobrirmos o “non sense” dos rituais cotidianos que mecanicamente repetimos, sem percebermos o artifício, muitas vezes involuntariamente cômico.

sexta-feira, junho 17, 2022

'O Cemitério das Almas Perdidas': matriz do terror está no fetichismo católico pela morte



O terror brasileiro “O Cemitério das Almas Perdidas” (Rodrigo Aragão, 2020) é um filme que Zé do Caixão faria com um orçamento maior. Mas também é um exemplo didático de como o gênero literário e cinematográfico é tributário da matriz imaginária católica: a obsessão fetichista pela morte, da missa (a ritualização diária do assassinato de Cristo) ao sangue e esquartejamentos do terror slasher – a obsessão pela punição da carne. Mas também, um filme com forte crítica social: do genocídio indígena colonial ao fanatismo religioso atual que motiva ódio e intolerância, o terror está na própria história brasileira. Um grupo de jesuítas faz um pacto com as trevas através do Livro de São Cipriano. Mas o pacto volta-se contra eles, vivendo para sempre em túmulos de um cemitério, à espera de vítimas do ódio no Brasil atual.

quarta-feira, junho 15, 2022

'Mad God': de Star Wars e Jung ao Gnosticismo


Um projeto de animação que levou 30 anos para ser realizado sobre um mundo distópico que mistura visões infernais sobre a Natureza de William Blake e as composições fantásticas e diabólicas de Hieronymus Bosch. Com criaturas que, muitas delas, não foram aproveitadas na trilogia “Star Wars”. Esse é “Mad God” (2021), uma animação em stop-motion da lenda dos efeitos especiais dos anos 1970 a 1990 Phil Tippett (de Star Wars a Starship Troopers), uma viagem interior ao psiquismo do autor nos mesmos moldes do célebre “Livro Vermelho” do psicanalista suíço Carl Jung. “Mad God” é um pesadelo abstrato em que se misturam temas pós-apocalípticos em steampunk, citações bíblicas, alusões anarco-punk em um mundo subterrâneo com todos os tipos de criaturas grotescas. E que encontra o inconsciente coletivo gnóstico da suspeita de que vivemos sob o jugo de um Deus que não nos ama.

sexta-feira, junho 10, 2022

Por que transtornos mentais são aderentes à extrema-direita?

  


Do nada, uma senhora começou fazer ofensas racistas contra uma família negra que entrou em um vagão do metrô em Belo Horizonte. Foi repercutido pela grande mídia e redes sociais como mais um caso de uma escalada de racismo, intolerância e ódio no País. Visivelmente os ataques partiram de uma pessoa que sofria de transtornos mentais. Esse não é um caso isolado: por que, na sua esmagadora maioria dos casos, os transtornos mentais se expressam através de significantes de extrema-direita? Por que o ódio, intolerância, racismo, preconceito, estereotipagem do outro etc. são signos aderentes aos transtornos psíquicos? Alguém já viu um psicótico tendo surtos “esquerdistas” de intolerância contra a classe dominante? Há uma farta bibliografia sobre pesquisas que conectam transtornos mentais com extremismo de direita. As mais recentes são sobre a hipótese da “cognição socialmente motivada” – quando casos como esse criam visibilidade midiática cria-se um paradoxal “efeito copycat”: o efeito de imitação como feedback, matéria prima psíquica da cismogênese da guerra híbrida.

quinta-feira, maio 19, 2022

O Mal silencioso que cresce sob nossos pés em "A Fita Branca"



Muito já foi escrito sobre as raízes do nazifascismo – banalidade do Mal, personalidade autoritária, ressentimento coletivo etc. Mas poucos filmes foram tão profundo na questão como o filme de Michael Hanake “A Fita Branca” (Das weiße Band - Eine Deutsche Kindergeschichte, 2009) ambientado em uma vila rural no norte da Alemanha alguns anos antes de explodir a Primeira Guerra Mundial. São duas horas e meia de um mergulho na alma de uma vila extremamente religiosa, moralista e temente a Deus. Mas algo profundamente perverso e maligno está crescendo no subterrâneo daquela comunidade. Justamente onde deveria haver inocência e esperança: as crianças, que no futuro serão a primeira geração a apoiar o nazismo.

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