quinta-feira, julho 22, 2021

Evento 'Cyber Polygon 2021', os segredos de polichinelo de Snowden e o Estado-Plataforma



Bombou tanto na mídia corporativa quanto na progressista o escândalo da espionagem cibernética de proporções internacionais envolvendo uma empresa israelense de cyber vigilância e o software “Pegasus”. Software adquirido, p. ex., por governos de extrema-direita para controlar a mídia investigativa independente. Denunciado por um consórcio de jornais corporativos e ONGs internacionais, Edward Snowden exaltou: “esse vazamento é a reportagem do ano”. Será que agora os jornalões globais estão defendendo o jornalismo investigativo independente? Como todo “vazamento”, tem o timing preciso: ocorre logo após o “Cyber Polygon 2021”, evento do Fórum Econômico Mundial para centralizar o poder de vigilância no “Estado-Plataforma”. Quem ganha com esse segredo de polichinelo do “vazamento”? A fusão público-privado na cyber militarização do espaço, da qual participam, por exemplo, Elon Musk com o StarLink e SpaceX. Segredos de polichinelo que se revelam psyOp da agenda do Grande Reset Global.

quarta-feira, julho 21, 2021

Ciência vs. Religião e a peste humana na série "Raised By Wolves"



Monstros à espreita, androides que parecem ser mais humanos do que os humanos, um planeta alienígena desolado, tudo somado a questões como o quanto a humanidade é solitária num universo sem propósito, as armadilhas da fé e as formas que o futuro distópico pode assumir. Criada por Aaron Guzilowski e com Ridley Scott como produtor executivo, é inegável que a série “Raised By Wolves” (2020-) tem alusões diretas à mitologia da filmografia sci-fi de Scott. Nos episódios da primeira temporada estão os replicantes de “Blade Runner” e os demiurgos e a monstruosidade de “Alien”, “Prometheus” e “Alien: Covenant”. Uma guerra entre ateus e religiosos fundamentalistas destrói a Terra e a última esperança é um exoplaneta. Mas junto com ateus e religiosos vem a peste: o choque Ciência versus Religião. Restando como esperança a missão de um casal de androides cuidar de um punhado de crianças que fuja de toda essa loucura. Ou será que não?

domingo, julho 18, 2021

'Live Cinegnose 360': o subliminar na música pop, Hollywood e Biden, a franquia "A Facada" na guerra híbrida brasileira


Não se esqueça! Nesse domingo tem a Live Cinegnose 360 #12, 18h00, no Facebook. Na sessão dos vinis desse humilde blogueiro, a estrutura erudita do Jazz Bebop de Charlie Parker e Charles Mingus e a estrutura subliminar da música pop; a releitura francesa dos zumbis em “A Noite Devorou o Mundo” (2018) e a propaganda política subliminar da “Doutrina Biden” no filme “A Guerra do Amanhã”(2021). E nas bombas semiótica da guerra híbrida, Bolsonaro lança mais uma continuação na franquia “A Facada”; Além disso, vamos discutir na estratégia de comunicação da direita a Psicologia do Rumor e como turbinar um meme.

sábado, julho 17, 2021

Zumbis e seus subtextos no filme 'A Noite Devorou o Mundo'


Esqueça séries como “Walking Dead” e apocalipses zumbis com aventuras épicas de lutas pela sobrevivência. Desde que a prestigiosa revista francesa “Cahiers du Cinéma”, no final dos anos 1960, apontou o subtexto político negligenciado pelos americanos no seminal “Noite dos Mortos Vivos de George Romero, o cinema francês sempre enxergou muito além na mitologia dos zumbis. Um exemplo é “A Noite Devorou o Mundo” (La Nuit a Dévoré le Monde, 2018, disponível na Prime Video): ao contrário dos cânones do gênero, acompanhamos o isolamento do protagonista, a progressiva normalização psíquica da catástrofe e, por fim, a solidão. Olhando a partir do nosso ponto de vista na era da pandemia, o filme ganha uma surpreendente atualidade: isolamento social e o pânico da contaminação.

Bolsonaro lança continuação da franquia 'A Facada' na tela mais próxima de você!

Reverendo, cabo da PM, parlamentares, coronéis, mesa de chope onde são oferecidas milhões de vacinas, um verdadeiro conto sem pé nem cabeça. A CPI da Pandemia “descobriu” um bizarro submundo, passando a competir com Bolsonaro nas tarjas “Urgente” e “Breaking News” dos canais de notícias. Em resposta o presidente lança mais uma continuação da franquia “A Facada”, cujo piloto foi exibido nas eleições de 2018 - mais uma vez o presidente foi internado numa urgência médica para lá de ambígua e com timing. A gravidade da saúde de Bolsonaro é fato ou fake? Numa guerra semiótica criptografada de informações essa distinção pouco importa, já que, desde o início, o governo Bolsonaro foi eleito para não governar. Apenas manter o Estado no piloto automático à espera das privatizações e reformas, enquanto as psyOps do Partido Militar criam uma realidade paralela imersiva para a patuleia atordoada. 

quinta-feira, julho 15, 2021

Filme "A Guerra do Amanhã" é propaganda da Doutrina Biden para guerras do futuro


Desde que a Primeira-Dama Michelle Obama abriu o envelope de Melhor Filme do Oscar em 2013 em link ao vivo direto da Casa Branca, tornou-se explícita e sem rodeios a função de Hollywood como máquina de propaganda política. O Filme “A Guerra do Amanhã” (2021, disponível na Prime Video) é mais uma peça de propaganda, dessa vez escancarando a “Doutrina Biden” para o planeta. Do futuro vem uma força tarefa alertando que a humanidade está sendo dizimada por alienígenas xenomorfos e pede ajuda: enviar para lá mais tropas que auxiliem na batalha. Um mix dos clichês do gênero: viagem no tempo, monstros alienígenas, problemas mal resolvidos entre pai e filha, um herói que ao mesmo tempo tenta salvar o mundo e reunir a família etc. Mas também os indefectíveis RAVs (russos, árabes e vilões em geral e, agora, chineses também) que estão no filme, porém, de forma indireta, metonímica, com efeitos subliminares de propaganda política.

terça-feira, julho 13, 2021

A incomunicabilidade da condição humana de estrangeiro em 'Paris,Texas'


Um homem caminha pelo deserto sem lembrar de nada da sua vida recente. É resgatado pelo irmão e lentamente reconstruirá suas memórias sobre porque abandonou esposa e filho. Para depois embarcar num road movie tentando reunir sua família. Ou para mais uma vez abandoná-los, paradoxalmente por amor a eles? Tudo dentro de um cenário de incomunicabilidade, ironicamente numa sociedade cercada pelos meios de comunicação e outdoors de publicidade em highways e aeroportos que salientam a condição humana de estrangeiro: alienação e estranhamento. Obcecado pela mitologia norte-americana dos desertos, highways solitárias e grandes cidades, em “Paris,Texas” (1984) o cineasta alemão Wim Wenders tenta encontrar o sublime numa cultura marcada pela saturação e banalização através dos temas do sacrifício e da empatia.

sábado, julho 10, 2021

Live Cinegnose: BB King e The Fall; o cinema alquímico; guerra híbrida e o Efeito Dunning-Kruger e Heisenberg midiático


Mais uma pauta cheia nesse domingo, 18h00, no Facebook, na edição #11 da Live Cinegnose 360. vamos começar com Dialética Negativa no Blues e no Rock: BB King e Mark Smith e a banda The Fall, na sessão dos vinis desse humilde blogueiro. Depois, o cinema alquímico no filme “Homunculus” (2021); a questão gnóstica da incomunicabilidade na condição humana no filme clássico “Paris, Texas” (1984), de Win Wenders. E continuamos com a nossa crônica das bombas semióticas na guerra híbrida brasileira: a visita da CIA foi uma bomba semiótica? O show da CPI e a “tensão militar”; e o Efeito Dunning-Kruger e Efeito Heinsenberg midiático no fenômeno do “sommelier de vacina”.

Todos os vídeos da Live Cinegnose 360 estão no YouTube com minutagem no canal: https://www.youtube.com/user/TheWvferreira

Link da live Cinegnose 360 #11: https://www.facebook.com/cinegnose/live/


sexta-feira, julho 09, 2021

Trepanação craniana e jornada alquímica de transformação em 'Homunculus'



Do viés esotérico da trepanação craniana (abrir um buraco no crânio como “portal para iluminação”) ao enigmático simbolismo do “homúnculo” na Alquimia – a criação do humano artificial a partir de matéria inanimada. Desse estranho mix resulta no filme japonês “Homunculus” (2021, disponível na Netflix), baseado no mangá homônimo de Hideo Yamamoto. Um sem-teto que perdeu a memória desperta de um experimento de trepanação com poder extrassensorial de visualizar o “homúnculo” de cada um: seus traumas e defesas do ego representadas por surreais imagens do psiquismo. O filme segue a interpretação junguiana do homúnculo alquímico, seguindo a clássica jornada da transmutação da Alquimia. Enfrentando as ameaças da máfia Yakuza e o experimento demiúrgico da trepanação.  

quinta-feira, julho 08, 2021

Sommelier de vacina é resultado do 'Efeito Dunning-Kruger' e 'Efeito Heisenberg' midiático


Memes, fake news, boatos são formas parasitárias de um ecossistema de informação que por si só já cria desinformação. Em 1998 o filósofo francês Paul Virilio foi profético ao antever para esse século o fenômeno da “desinformação virtual” criado pela informação on line e em tempo real. Fenômeno confirmado pelo chamado “Efeito Dunning-Krueger” (a ignorância que ganha confiança na Internet) e o “Efeito Heisenberg” (a mídia que mostra nada mais do que os efeitos que sua própria cobertura provoca na sociedade). O episódio dos chamados “sommeliers de vacina” é apenas a ponta do iceberg de um fenômeno (des)informacional mais amplo: o da “pós-verdade”, fenômeno-pânico em que as bases deontológicas da verdade desapareceram pela suposta democratização da informação.

terça-feira, julho 06, 2021

Visita do chefe da CIA no Brasil foi um não-acontecimento


Quando o “número um” da CIA visita o País, ainda mais com toques de surpresa e segredos num momento de fervura política, o chão estremece: “um espectro ronda a América Latina!”, “planejam assassinar Nicolas Maduro!”, “Bolsonaro ameaça um golpe contra a Democracia!”, e por aí vai. O problema é que o que enxergamos é o que a mídia (seja corporativa ou progressista) cobre. Porém, a importância simbólico-tática da “visita” está em outra cena: não a cena do foco das câmeras, mas a do não-acontecimento: A CIA quando aparece não age, quando age não aparece e só aparece depois. Como ocorre agora, visando diversos objetivos de guerra híbrida. O principal: apagar os rastros das psyOps que conduziram a um golpe militar que já aconteceu e ninguém viu. Por quê foi híbrido. 

sábado, julho 03, 2021

Live Cinegnose 360 #10: o horror cósmico no prog rock do VDGG; Filmes; a bomba semiótica Lázaro Barbosa e a visita da CIA no Brasil


Nesse domingo, a Live Cinegnose 360 #10, às 18h00 no Facebook. Vamos começar com a tradicional sessão dos vinis do sótão do humilde blogueiro com o Prog Rock: o horror cósmico e gnóstico de Peter Hammil e sua banda Van Der Graaf Generator; Filmes “In the Earth”(2021) e o horror cósmico de HP Lovecraft despertado pela pandemia global; e “Censor” (2021): os “vídeos nasty” da era do VHS e os efeitos comportamentais da violência em filmes – efeitos hipodérmicos ou copycat?; últimos lances na guerra híbrida: a bomba semiótica do facínora Lazaro Barbosa; o quê o chefe da CIA William Burns veio conversar com a Casa Civil e a Segurança Institucional do Governo Bolsonaro?

'Censor': qual o efeito da violência nos filmes? Copycat ou hipodérmico?


Se no início do cinema os primeiros gêneros de sucesso que alavancaram a nascente indústria cinematográfica foram pornografia e filmes sobre a Paixão de Cristo, na era do vídeo VHS dos anos 1980 foram os filmes slasher, horror gore, nazi exploitation e terror hardcore – os chamados “vídeos nasty” ou “vídeos nojentos”. Na Grã-Bretanha de Margaret Thatcher passaram a ser responsabilizados pelo aumento da criminalidade e ameaça à saúde mental. “Censor” (2021) acompanha Enid, uma censora da British Board of Censors que é responsabilizada pela opinião pública por um crime com requintes de canibalismo, supostamente inspirado por um filme slasher que ela liberou apenas com cortes. Será que os filmes teriam esse poder hipodérmico de influência? Ou seriam apenas “gatilhos cognitivos”? “Efeitos Copycat” de imitação que poderiam ser manipulados politicamente como bombas semióticas.

sexta-feira, julho 02, 2021

O horror cósmico no vazio entre a magia e a ciência no filme 'In the Earth'



A pandemia global vem rendendo duas vertentes temáticas no cinema: de um lado, um novo subgênero, o “Covid Exploitation”; e do outro, a recorrência de filmes sobre o horror cósmico – a pandemia parece ter despertado em nós a consciência de que o universo é totalmente indiferente à humanidade. E isso pode ser uma notícia nada boa. “In the Earth” (2021) é mais um filme que ecoa o horror cósmico de HP Lovecraft: cientistas se perdem entre a magia e a racionalidade científica em uma floresta tentando comprovar que toda a vida vegetal está interligada por uma espécie de rede neural psíquica que pode se comunicar consigo mesma e conosco. Fazendo alusões à hipótese Gaia, se a Natureza for um sistema vivo, então ela não precisa ser salva por nós: a Natureza poderá salvar a si mesma, nos expulsando como fossemos meros parasitas. 

terça-feira, junho 29, 2021

A 'laranja mecânica' Lázaro Barbosa é a bomba semiótica apontada para 2022



O “serial killer” ajudado por uma “rede criminosa”. Esse é a narrativa do jornalismo corporativo à caça cinematográfica de 20 dias ao criminoso Lázaro Barbosa, custando ao dinheiro público mais de R$ 3 milhões. Como toda bomba semiótica, revela timing e overacting. Lázaro era uma “laranja mecânica”, na acepção do termo: máquina que enlouqueceu e perdeu o controle; matador de aluguel mantido por “rede criminosa” formada, na verdade, por "cidadãos de bem". Pelo sincronismo com as cuspidas de feijões de Luis Miranda na CPI (com colete à prova de balas e Bíblia na mão) é uma meta-bomba semiótica: a execução por 30 tiros reforça o imaginário da meganhagem, justiçamento e racismo. Imaginário em baixa com o ostracismo do ex-juiz Sérgio Moro, as vitórias de Lula no STF e o fim da Lava Jato. É o momento de reforçar o imaginário que alimentará as futuras bombas semióticas em hipotéticos cenários eleitorais de 2022.

domingo, junho 27, 2021

Live Cinegnose 360 #9: o gnóstico pop David Bowie, Filmes, a PsyOp dos fusíveis queimados e guerra antifascista no Plano Astral


Mais uma Live Cinegnose 360 nesse domingo, às 18h00 no Facebook. Na nona edição, como sempre, começamos com os vinis do sótão desse humilde blogueiro: o Ocultismo segundo o gnóstico pop David Bowie através dos discos e a morte mais bem encenada do rock; Filmes “Sound of Violence”(2021) com Walter Benjamin e a arte como documento da barbárie; “Exodus” (2021) e as raízes gnósticas do pós-apocalipse do cinema; Operações psicológicas da guerra híbrida brasileira: Salles, Bolsonaro e os irmãos Miranda como fusíveis para serem queimados até 2022; Parapolítica: Plano Astral em guerra – Magia do Caos, Movimento Antifascista e a Corrente 108.

sábado, junho 26, 2021

Salles, Bolsonaro e irmãos Miranda: a PsyOp dos fusíveis para queimar até 2022


As pragas bíblicas no Egito aconteceram uma após a outra. Mas nós não tivemos a mesma “sorte”: no Brasil, as pragas são simultâneas – crise hídrica, energética, econômica, sanitária etc. A grande mídia quer nos fazer acreditar na mitologia de que tudo é decorrência de fenômenos “naturais”: não chove, mudanças climáticas globais, o vírus, a natureza dos políticos etc. Da conveniente crise hídrica e energética em meio à privatização da Eletrobrás às canastríssimas performances dos atores envolvidos no escândalo da compra superfaturada da vacina Covaxin (o messiânico Onyx Lorenzoni fazendo citações bíblicas e o deputado Luis Miranda chegando no Congresso com coleta à prova de balas e Bíblia na mão) está em andamento a “segunda via” para 2022: queimar “fusíveis”, abduzir as manifestações (como em junho de 2013) e fazer o casamento perfeito entre o Partido Militar e a Direita liberal. 

quinta-feira, junho 24, 2021

As raizes bíblicas e gnósticas do pós-apocalipse no cinema em 'Exodus'


À primeira vista, parece mais um filme pós-apocalíptico padrão, com uma paleta de cor sombria e uma cidade em ruínas. Mas “Exodus” (2021) vai além, indo à raiz daquilo que inspirou todos os filmes pós-apocalípticos do cinema: a releitura gnóstica do apocalipse bíblico através de uma narrativa que sempre começa do fim – como se a Bíblia fosse lida de trás para frente, do Apocalipse ao Gênesis. Uma fita VHS e um pager são as pistas para uma mítica Porta que estaria pairando no deserto, longe de um governo totalitário que mantém a ordem do que restou da civilização. Dissidentes tentam se aventurar no deserto em busca da saída desse mundo. Quanto mais a Porta está próxima, mais a realidade é distorcida. Tornando a jornada enigmática e obscura, tanto para os protagonistas quanto para o espectador.  

Walter Benjamin e os documentos da barbárie no filme 'Sound of Violence"


Apenas um mash-up da franquia “Jogos Mortais” com “Psicopata Americano”? A co-produção EUA/Finlândia, “Sound of Violence” (2021) vai mais além de um mero slasher movie. É uma curiosa experiência audiovisual na qual a protagonista experimenta as sensações da sinestesia extática ao ouvir um certo tipo de som: uma explosão de cores e prazer originados dos sons da violência. Um projeto de arte sônica radical, cuja “instrumentação” são gritos e golpes. Sob a aparência de uma pesquisa acadêmica, cria-se uma esteira de vítimas cujos sons da violência serão remixados e editados numa composição eletrônica literalmente “matadora”. Se o filósofo alemão Walter Benjamin dizia que todo monumento da cultura é um monumento da barbárie, “Sound of Violence” retoma essa tese da forma mais assustadora possível.

domingo, junho 20, 2021

Live Cinegnose 360 #8: King Crimson e o Ocultismo de Gurdjieff, Filmes e o hiato geracional na guerra híbrida


Nesse domingo, às 18h00 no Facebook, a oitava edição da LIVE CINEGNOSE 360. Vamos começar com a tradicional sessão dos vinis do sótão desse humilde blogueiro, para discutir as conexões do rock de King Crimson e Robert Fripp com o Gnosticismo e o Oculto: Rock, Gurdjieff, JG Benett e a guitarra de Robert Fripp; Filme “Mainstream” (2020) e o conceito de “Media Life” de Mark Deuze e o filme Mexicano “Nova Ordem” (2020): por que a crítica brasileira não entendeu esse filme?; Guerra Híbrida Brasileira: as etapas de uma PsyOp até o impeachment; Hiato geracional e a estratégia de comunicação da direita alternativa: por que ficar velho não quer dizer ficar melhor?

sábado, junho 19, 2021

Estratégia de comunicação da direita alternativa se alimenta do hiato geracional


Dois eventos sincrônicos: no Brasil, a motociata convocada por Bolsonaro com seis mil motos de luxo de alta cilindrada montada, em sua maioria, por “tiozões”, brancos, com jaquetas de couro preto emulando a gang famosa dos Hell’s Angels, perfil dos atuais apoiadores do presidente que saem às ruas; e na Inglaterra, o gênio da guitarra Eric Clapton, 76, mais uma vez destilando o negacionismo ao afirmar que as vacinas contra a Covid-19 “podem afetar a fertilidade”. O atual estado de coisas começou com as Jornadas de Junho de 2013 com a energia de jovens secundaristas e universitários. Para terminar com senhores calvos segurando bandeiras neo-nazistas ucranianas em manifestações verde-amerelas de rua em apoio ao “tiozão do churrasco”, personagem performado pelo atual presidente. A estratégia de comunicação da direita alternativa (alt-right) é favorecida por um fenômeno: o “hiato geracional” – a perda da função de elo geracional dos idosos, cujo ressentimento alimenta a extrema-direita, deixando os jovens expostos às táticas de guerra híbrida alt-right nas redes sociais.

quinta-feira, junho 17, 2021

Como pular fora da cultura meme dos influenciadores digitais no filme 'Mainstream'


A mídia está para nós assim como o peixe está para a água. Sem nossos dispositivos nos sentimos como peixes fora da água. Não vivemos mais COM as mídias, mas vivemos NAS mídias. É a “media life”. Então, como é possível fazer uma sátira da cultura meme, streamer e dos influenciadores digitais se na “media life” não existe a diferença fora/dentro? Como é possível criar um ponto de vista de fora para fazer uma crítica da era digital se vivemos dentro dela? “Mainstream” (2020), de Gia Coppola, tenta responder a essa questão acompanhando “No One Special”, um personagem cujos vídeos anti-Internet e anti-celulares viralizam: um influenciador contra as próprias redes sociais e dispositivos móveis? Um sistema que torna rentável a sua própria oposição. Porém, em “Mainstream” há duas coisas que podem ser disfuncionais a esse sistema: o mal-estar psíquico e a morte.

quarta-feira, junho 16, 2021

A PsyOp militar que a crítica brasileira não entendeu no filme "Nova Ordem"



A crítica especializada brasileira simplesmente não entendeu o filme mexicano “Nova Ordem” (Nuevo Orden, 2020, disponível na Amazon Prime Video) de Michel Franco. Será que o filme descreve uma revolução? Um golpe militar? Algum fenômeno distópico como em “Uma Noite de Crime”? “Um filme que não decide qual discurso seguir”, sentencia a crítica. Ambientado em um futuro próximo, no México, vemos uma sociedade com divisões profundas entre classes sociais que, em questão de minutos, vai da ordem ao caos: a Cidade do México é sacudida por saques, violência e mortes onde massas de miseráveis invadem os bairros de elite para matar e roubar. O problema para a crítica é que Michel Franco descreve de forma seca e brutal não um golpe militar latino-americano clássico (quarteladas clichês no cinema, com generais ao estilo sargento Garcia, de “Zorro”), mas uma PsyOp militar operada como guerra híbrida que explora o demasiado humano: ódio, ressentimento e revolta. Qualquer semelhança com o Brasil NÃO é mera coincidência. 

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