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domingo, junho 24, 2018
Neymar + efeito Heisenberg = outro ovo da serpente chocado
domingo, junho 24, 2018
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Observe leitor a fotografia que abre essa postagem. Ela poderá explicar
bastante o futuro que talvez esteja reservado para a Seleção brasileira nessa
Copa. A imagem mostra Neymar Jr. correspondendo às câmeras em um flagrante do
chamado “efeito Heisenberg” midiático – o jogador tenta criar algum tipo de empatia
após desfilar, nos minutos anteriores ao achar que estava tudo perdido,
arrogância e xingamentos que sobraram até mesmo para o próprio capitão do time,
Thiago Silva. O mesmo efeito Heisenberg (no qual a mídia transmite nada mais do
que os próprios efeitos que ela cria ao cobrir eventos) que levou o Brasil às
cordas frente à Alemanha em 2014 (choros, hinos a capela, etc.), agora leva
sincronicamente o dublê de técnico e pastor motivacional Tite e o astro Neymar
Jr. ao chão: um tropeço e logo depois o choro como marcas publicitárias. Assim
como muitos outros ovos de serpente chocados nos anos de neodesenvolvimentismo
dos governos petistas, Neymar Jr. é mais um. Com a leniência da grande mídia e
do mercado publicitário.
quarta-feira, agosto 16, 2017
Revisitando o 7X1 de Brasil e Alemanha: uma bomba semiótica na guerra híbrida?
quarta-feira, agosto 16, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
“Massacre de
Belo Horizonte”. “Mineiraço”. Ou ainda jocosamente “Mineiratzen” para nomear a
inacreditável goleada de 7X1 da Alemanha sobre o Brasil na semifinal da Copa do
Mundo no estádio do Mineirão em BH. Em meio a uma pesada atmosfera de
radicalização política e ideológica iniciada pelas “jornadas de Junho” de 2013
que deram início a chamada “Primavera Brasileira”, a goleada encaixou-se tão
perfeitamente em uma narrativa da mídia corporativa (um país à beira do abismo)
e na sinistra cadeia de eventos (a queda do guindaste na Arena Corinthians, o
“escândalo Edward Snowden, a queda de uma ponte em BH às vésperas do
“mineiraço” etc.) que incendiou a imaginação dos teóricos da conspiração.
Revisitado agora, três anos depois, a controversa goleada revela inúmeras
“coincidências” e “conveniências” para aquele momento: uma goleada geopolítica,
anomalias reveladas em vídeos, a “teratopolitização” tanto da presidenta Dilma
como do técnico da Seleção Felipe Scolari e, agora, o coincidente destino de
dois jogadores pivôs das “teorias conspiratórias” da época – Thiago Silva e
Neymar: os dois no time francês PSG, comprado por empresa de investimentos do
Qatar, sede da Copa do Mundo de 2022.
sexta-feira, junho 09, 2017
CNN flagrada fabricando notícia falsa nas ruas de Londres
sexta-feira, junho 09, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Repercute nas
redes sociais um vídeo no qual uma equipe de reportagem da CNN é pega com a mão
na massa fabricando uma manifestação numa rua de Londres contra o Estado
Islâmico. Supostamente são mulheres muçulmanas, com destaque para uma criança
orientada a segurar um cartaz de papelão. A repórter se transforma em diretora
de cena e até policiais colaboram com a produção da CNN, ajudando nas marcações
de cena dos “atores”. Desde o “Royal Wedding”, o casamento de Lady Di e
príncipe Charles em 1981, cada vez mais a mídia avança sobre a realidade
produzindo “eventos-encenação”: roteirizados, dirigidos e produzidos como
fossem “notícias” e o jornalista uma “testemunha ocular da História”.
Essa pequena amostra de como se constrói a atual matrix de notícias dá o que
pensar: imagine a construção de manifestações em larga escala como as
sucessivas “primaveras” que varreram o mundo com seus black blocs e máscaras do
Anonymous – a árabe, ucraniana, turca, brasileira...
quarta-feira, fevereiro 01, 2017
Eike Batista: Efeito Heisenberg e lixo midiático reciclado
quarta-feira, fevereiro 01, 2017
Wilson Roberto Vieira Ferreira
A política brasileira parece estar sendo
dirigida pelos misteriosos desígnios das “coincidências”. Os exemplos mais
recentes: a morte do ministro do STF Teori Zavascki no Triângulo das Bermudas da
política em Paraty e a prisão do pobre homem rico “foragido” Eike Batista,
repletos das sempre recorrentes “coincidências” e timings oportunos envolvendo
a onipresente TV Globo. Qualquer tentativa de explicar essas “coincidências”
(rapidamente definidas pela narrativa midiática como “fatalidades” das
“trapaças da sorte”) é logo rotulada como “teoria conspiratória”. Mas o show
midiático da “caça” ao “foragido” Eike Batista acrescenta alguns ingredientes a
mais: o chamado Efeito Heisenberg, no qual a mídia cobre um evento criado por
ela mesma; e o linchamento midiático: depois dos petistas agora são as
celebridades, subprodutos da própria mídia. Linchamento que combina
entretenimento e expiação da dor e introjeção da culpa pelo fracasso
profissional e pessoal de milhões de brasileiros no naufrágio da crise
econômica. Mesmo no seu fim, Eike Batista se tornou útil como um lixo midiático
reciclável no bode expiatório da vez.
terça-feira, dezembro 06, 2016
Globo expõe metástase do tautismo na tragédia da Chapecoense
terça-feira, dezembro 06, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Invasão de privacidade e exploração
sensacionalista das emoções são traços generalizados na cobertura de grandes
tragédias pela mídia. Porém, com a Globo há um elemento mais insidioso: depois
de décadas exercendo o monopólio político e comunicacional no País, sua
auto-centralidade entrou em metástase através do tautismo (autismo +
tautologia). A extensa cobertura da tragédia do desastre aéreo do time da
Chapecoense deixou mais explícito esse estado patológico no qual a emissora só consegue
olhar para além dos muros cenográficos do Projac através de referências que faz
de si mesma. Do “turbilhão de emoções” da narração do velório coletivo por Galvão Bueno à
insistência como repórteres e locutores tiveram que demonstrar a si mesmos
emocionados (chegando a fazer “selfies” com celulares), chorando e até
consolados pela mãe de um dos jogadores, é como se o tempo todo repetissem:
“tenho emoções, logo a tragédia é real!”. Chegando a um surreal “Efeito
Heisenberg”: o global Galvão Bueno narrando o outro global Cid Moreira lendo a Bíblia
com a mesma inflexão de voz com que lia as notícias do “Jornal Nacional” e narrava
as peripécias do Mister M.
sábado, novembro 12, 2016
Tautismo e Sincromisticismo na profecia de "Os Simpsons"
sábado, novembro 12, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Em 2000, o
cenário com Donald Trump presidente era o mais insano e ridículo que os
criadores de “Os Simpsons” poderiam imaginar. Para o criador Matt Groening
“estava além da sátira”. O episódio “Bart To The Future”, há 16 anos,
mostrando uma Lisa Simpson adulta eleita presidenta para tentar consertar o país
após um catastrófico governo Trump, viralizou nos últimos dias como uma
estranha profecia. A lembrança desse episódio fez parte de uma série de reações
tautistas (autismo + tautologia) ao inesperado terremoto Trump que parece ter
desligado alguma espécie de Matrix: depois de toda uma geração viver no
interior de um “efeito-bolha” liberal, globalizado e cosmopolita criado pelos
algoritmos da Internet e grande mídia (cujos centro espiritual são as startups
do Vale do Silício), de repente descobriu uma América profunda vivendo no
deserto do real – “hillbillies”, “rednecks”, “Hicks” e toda sorte de “white
trash”. E, como sempre, a grande mídia brasileira tautista tenta enxergar nos
EUA a repetição da crise política brasileira que ela própria ajudou a criar.
segunda-feira, novembro 07, 2016
Tautismo da Globo "prevê" resultado de sorteio de mando da final da Copa do Brasil
segunda-feira, novembro 07, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Repercutido nas
redes sociais e dando a oportunidade para toda sorte de especulações, na semana
passada o noticioso da Globo “Hora 1” "previu" o mando da partida final da
Copa do Brasil, mais de 24 horas antes do sorteio público realizado na sede da
CBF no Rio de Janeiro. E a Globo “acertou” o resultado – a finalíssima será em
Porto Alegre. De jornalismo “de hipóteses”, a emissora passou para o jornalismo “de previsões”? Parajornalismo? Ou o tautismo
(autismo + tautologia) da Globo, que atualmente contamina o jornalismo,
telenovelas e esporte da emissora, banalizou-se? Ao ponto de ficção e realidade se
confundirem com a própria descrição que a emissora faz de si mesma, levando a
apresentadora Monalisa Perrone a espontaneamente externar o que já era corrente nos bastidores
do jornalismo global. Seria para a Globo (dona do futebol brasileiro) a “previsão” mais conveniente a seus interesses políticos e comerciais?
Principalmente depois do resultado das eleições em Belo Horizonte?
quinta-feira, agosto 25, 2016
Globo News dá "pérolas coxinhas" para desempregados
quinta-feira, agosto 25, 2016
Wilson Roberto Vieira Ferreira
Diariamente acompanhamos na grande mídia um desfile de clichês do manual do perfeito empreendedor de si mesmo, “pérolas coxinhas”: pessoas proativas, criativas etc. teriam mais chances de arrumar um emprego... apesar da crise. O adjunto adverbial de concessão é o único elemento que dá racionalidade a essa fábula diária na TV. Uma dessas fábulas foi narrada pela Globo News: a história de dois jovens que ficavam com placas de cartolina na Avenida Paulista pedindo emprego. E o telejornal mostrou o sucesso da “proatividade”. Um exemplo de como as notícias estão abandonando o Jornalismo para entrar no campo morfologia do Conto Fantástico, como estudou Vladimir Propp. E mais um exemplo de como as esquerdas até hoje não entenderam a eficácia comunicativa da Direita – ideologia não se combate com crítica ideológica, mas com guerrilha e anarquia midiáticas.
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