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quinta-feira, maio 20, 2021

Freud e Jung encontram-se com o Gnosticismo em 'Super Me'


A produção Netflix chinesa “Super Me” (“Qi Huan Zhi Lv”, 2019) é um didático exemplo da complexidade atual dos produtos de entretenimento, muito além dos algoritmos da plataforma de streaming. O filme acompanha um roteirista insone, sem sorte e quase um sem-teto. Até que descobre, nos sonhos, uma forma de trazer tesouros para o mundo real, tornando-se super rico. Porém, hedonismo e ressentimento poderão destruí-lo. Uma fantasia que combina realismo fantástico, romance e comédia com uma narrativa bem adaptada às exigências ideológicas do  atual capitalismo chinês moderno e global. Porém, para não se tornar mais uma narrativa-clichê vazia, faz um mix de Jung e Freud dentro de uma cosmogonia PsicoGnóstica: somos prisioneiros nesse mundo e os sonhos seriam uma forma de libertação. Mas, em todos nós, há uma Sombra que sem misericórdia nos vigia e pune.

terça-feira, maio 18, 2021

Objetofilia: a atração amorosa por objetos como espírito do tempo em "Jumbo"


Uma francesa casou-se com a Torre Eiffel. Mais tarde, divorciou-se do famoso monumento e, atualmente, vive um relacionamento com um guindaste. Uma norte-americana casou-se com uma roda gigante na Flórida, depois de um longo namoro de décadas. Esse é a estranha subcultura do “objectum” ou “objetofilia”: pessoas atraídas amorosamente por objetos. O filme francês “Jumbo” (2020) se inspira nesse universo ao acompanhar uma jovem que se apaixona pela nova atração de um parque temático de um vilarejo: uma enorme roda giratória multicolorida em neon com cadeiras cheias de turistas aos gritos. Um filme estranho que mergulha no psiquismo do desejo e do erotismo com placas de metais e óleo viscoso. Como todo filme estranho, é um sintoma do atual zeitgeist: uma sociedade mercadologicamente organizada para explorar neuroticamente nossas fantasias e desejos mais profundos. No caso, o animismo do chamado “objeto transicional” descrito pela psicanálise de Winnicott.

sábado, fevereiro 27, 2021

Nos abismos metalinguísticos e gnósticos da série 'WandaVision'


Não fosse a vinheta que abre cada episódio, com o logotipo da Marvel Studios e o desfile da galeria de super-heróis acompanhado de uma orquestração épica, acharíamos que estamos assistindo à série errada – saem super-heróis esculpidos de forma épica, violência bombástica e música enfática sinalizando alguma reviravolta catastrófica, e temos agora elementos gnósticos e psicanalíticos para narrar os traumas interiores de um super-herói. A série “WandaVision” (2021- ) coloca, dessa vez, dois super-heróis do Universo Marvel (a  Feiticeira Escarlate e Visão) nos abismos metalinguísticos de um pastiche das sitcoms dos anos 1950 e 1960, explorando altos conceitos já vistos em produções como “A Vida em Preto e Branco” (“Pleasantville”) e “Show de Truman”.

terça-feira, janeiro 26, 2021

A fé é uma bomba semiótica da guerra híbrida na série "Messiah"


Certamente a série “Messiah” (2020), produção original da Netflix, é uma das produções audiovisuais recentes que melhor detalha o fenômeno de psicologia de massas de como fé, religião e propaganda podem intencionalmente convergir numa bomba semiótica capaz de aglutinar as dores individuais em um denominador comum, criando um sentido coletivo: o acontecimento comunicacional. Surge um homem misterioso em pleno ataque do Estado Islâmico na Síria, que a pessoas acreditam ser o verdadeiro Messias. Ganha as manchetes internacionais para reaparecer nos EUA e provocar comoção cultural e política. Uma farsa? Um terrorista cultural? Mas se for verdade, é um Messias do quê? Católicos, Evangélicos, Muçulmanos, Judeus, CIA, FBI, governos de Israel, EUA, Estado Islâmico, Hamas, cada qual cria interpretações numa espiral alucinante. Provocando polarização, confusão e caos político e social. Os reais objetivos de uma Guerra Híbrida. Mas de quem? Da Rússia? De algum trabalho interno do próprio governo norte-americano? Ou será mesmo o final dos tempos?

segunda-feira, janeiro 11, 2021

Nietzsche, Gnosticismo e Teocídio no filme 'Matando Deus'


O que você faria se Deus aparecesse? E se Ele não fosse como Morgan Freeman em “O Todo Poderoso” (2003), uma divindade bondosa que pacientemente dá lições morais para Jim Carrey. Não, e se Deus aparecesse como um anão sem-teto, alcoólatra, desbocado e de saco cheio da própria Criação? Pior, com um plano de exterminar a humanidade. Essa é a comédia de humor negro “Matando Deus” (“Matar a Dios”, 2017): o Todo-Poderoso invade a noite de Ano Novo de uma família disfuncional que é o microcosmo de todas as mazelas do demasiado humano. Depois de muitos dilemas morais, o grupo chega a uma conclusão: eles precisam matar Deus. Uma narrativa que combina humor negro com o melhor do slasher dos filmes B. E suscitando leituras tanto nietzschianas como gnósticas.

quarta-feira, outubro 28, 2020

O obscuro vazio lacaniano do desejo no filme 'The Special'


Alguém lhe entrega um saco de ouro. Uma grande responsabilidade e você não pode desperdiça-la. Um tesouro ou uma oportunidade perdida? O filme “The Special” (2020) parte desse conto moral simples para transformar em uma experiência de terror corporal: desconfiado que sua esposa está o traindo, Jerry decide se vingar: ele e seu amigo vão a um misto de prostíbulo e gabinete de uma vidente chamada Madame Zorah. Porém, a principal atração não são as prostitutas, mas uma misteriosa caixa preta chamada “The Special”. Uma simples caixa que revela ser um estranho dispositivo que lhe dá a maior experiência sexual da sua vida. “The Special” é uma história de um homem que descobre que não está no controle de sua compulsão quando experimenta uma estranha forma de prazer pela primeira vez. A misteriosa caixa é uma das melhoras metáforas cinematográficas sobre o obscuro objeto do desejo – o desejo como o vazio tal como descrito por Lacan: o impulso que por aproximações tenta recuperar alguma coisa que foi perdido entre o Real, o Simbólico e o Imaginário. O desejo de algo que nem o próprio desejo sabe o que é.

quarta-feira, outubro 07, 2020

"Rent-a-Pal": a manipulação psicológica através do 'Efeito Forer' na era da solidão midiática


O diretor e roteirista Jon Stevenson encontrou um vídeo VHS de 1987 chamado “Rent-a-Friend” (“Alugue um Amigo”) cujo conceito era insólito: você apenas alugaria um amigo. Levaria a fita para casa e falaria com um personagem na fita. Era uma conversa unilateral, mas para os anos 80 era interativa. Isso inspirou o filme “Rent-a-Pal” (2020), passado em 1990 no auge do videocassete e das videolocadoras. Mas que discute o tema atual da solidão e incomunicabilidade em plena Era da Informação: David passa dias solitários cuidando de uma mãe idosa e que sofre de demência, enquanto procura uma garota em uma espécie de Tinder em VHS. Até que encontra na videolocadora a fita “Rent-a-Pal”, cujos “diálogos” começam a plantar sementes de amargura e ressentimento na mente de David, criando a dinâmica do ódio que alimenta grupos atuais como os “Incels” (celibatários involuntários) da Deep Web – matéria-prima do atual protofascismo que dá energia à extrema-direita. Técnica psicológica de manipulação chamada “Efeito Forer”. Uma eficiente técnica de “validação subjetiva”, largamente usada por astrólogos, videntes e coaches motivacionais.

domingo, setembro 20, 2020

Curta da Semana: 'Lady Gaga: 911" - o esotérico airbag mental diante da morte


Basicamente a estética videoclipe consiste na passagem de significante a significantes (alusões, referências etc.), sem apresentar significados, criando jogo para as referências culturais presentes no repertório do espectador. Essa é a chave do sucesso da cultura pop:  a metonímia no lugar do aprofundamento de metáforas. O novo videoclipe de Lady Gaga, “911” (faixa do seu novo álbum “Chromatica”) confirma essa lógica, mas vai além ao aproximar a fórmula metonímica pop da linguagem freudiana dos sonhos e do fenômeno esotérico da “tela mental” criada no momento da morte – o “airbag” emocional criado pela mente como proteção diante do medo da morte, do mergulho no desconhecido. Dos filmes de Jodorowsky (“El Topo” e “A Montanha Sagrada”) o videoclipe pega inúmeros simbolismos cristãos, budistas, zen, magia negra, paganismo etc. E dos filmes “The Wave” e “A Passagem”, o tema do fenômeno da “tela mental” no momento da morte. Criando um final ambíguo: Lady Gaga foi ressuscitada pelos paramédicos ou está morta num limbo entre vida e morte?

sábado, setembro 12, 2020

Na série 'Ares', 'O Guia Pervertido da Ideologia' de Zizek encontra-se com as sociedades secretas


O documentário “O Guia Pervertido da Ideologia” (2012), com o filósofo Slavoj Zizek, no qual mapeia uma série de filmes para explicar a natureza atual da ideologia, certamente contaria com a série holandesa “Ares” (2020-) como mais um exemplo audiovisual. Disponível na Netflix, acompanha uma jovem e ambiciosa estudante de Medicina que, apesar de não carregar um sobrenome com pedigree, é convidada a entrar numa sociedade secreta de universitários que mais parece um culto. Cujos participantes são capazes de identificar seus tataravôs na conhecida pintura de Rembrandt “Ronda Noturna”. Um terror psicológico que sintetiza a ideologia cínica que permeia todas as elites: “Eu sei muito bem o que estou fazendo, mas mesmo assim faço”. Uma sociedade secreta que gira em torno de um culto aparentemente demoníaco cujo propósito principal é a expiação do sentimento de culpa - o legado do colonialismo da história da Holanda na sua elite: uma riqueza fundada historicamente na exploração, escravidão e violência.  

segunda-feira, setembro 07, 2020

Os infinitos mundos interiores da mente em "Estou Pensando em Acabar com Tudo"


Uma estória simples e direta: Jake quer apresentar a sua namorada para seus pais. Cruzam uma noite gelada de neve em direção à fazenda dos pais em uma pequena cidade. Porém, estamos em um filme do diretor e roteirista Charlie Kaufman: nada é tão simples ou parece ser o que aparenta. O filme “Estou Pensando em Acabar com Tudo” (I’m Thinking of Ending Things, 2020), disponível na Netflix, carrega todas as obsessões temáticas e ousadias formais dos filmes anteriores de Kaufman (“Quero Ser John Malkovich”, “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” etc.) – personagens presos nos labirintos do próprio psiquismo. Explorações sobre arrependimento, fracassos e solidão contadas através de narrativas surrealistas que parecem dobrar sobre si mesmas em infinitos mundos interiores. Por isso, muitos sentem-se “bugados” ao assistir a um filme “confuso” e “enigmático”. O “Cinegnose” explica.

terça-feira, agosto 18, 2020

Em "Um Amor Inesperado" a quebra do elo geracional amplia a intransitividade do amor


O filme argentino “Um Amor Inesperado” ("El Amor Menos Pensado", 2018) aparentemente é mais uma comédia romântica, um subgênero marcado por clichês e personagens estereotipados. Mas essa produção mostra que ainda é possível fazer uma comédia romântica sofisticada para adultos. Quando o filho único deixa a casa para estudar na Espanha, seus pais chegam à conclusão que o único motivo para estarem juntos se foi. Síndrome do ninho vazio? O filme vai além das situações tragicômicas de um casal recém-separado em desventuras amorosas: coloca em questão como o esvaziamento da função de elo geracional dos pais potencializa duas facetas da condição humana: a angústia existencial e a intransitividade do desejo e do amor.

segunda-feira, agosto 10, 2020

Por que comemos pipoca no cinema?

 

Por que o impulso de comer pipoca no cinema? Ou em casa, assistindo a um filme em uma plataforma de streaming com um balde de pipoca ao lado? Por que a experiência do cinema é acompanhada pela pipoca? A história social da pipoca e a psicanálise do cinema nos ajudam a entender que essa conexão não é assim tão natural como imaginamos. No início, os cinemas resistiram à ideia de comer pipoca dentro da sala de projeção, enquanto espectadores escondiam os saquinhos nos bolsos. Desde as origens da sociedade do espetáculo (circos e feiras no século XIX) a pipoca tornou-se sinônimo de entretenimento. O impulso voyeurista de olhar para o que é exibido acompanhado pelo prazer oral da pipoca é um fenômeno psíquico que tem a ver com a própria lógica mercadológica da sociedade de consumo. A psicanálise do cinema pode ajudar a entender por que essa dupla cinema/pipoca funciona tão bem. 

segunda-feira, julho 27, 2020

De predador o alien se transforma em metáfora política no filme "Sputnik"


Aliens como criaturas que parasitam o corpo humano são famosos no gênero sci-fi desde o clássico “Alien” (1979), de Ridley Scott. Mas na produção russa “Sputnik” (2020), a criatura não é mais um predador, mas agora um sobrevivente. Para ganhar o status de uma poderosa metáfora política. No auge da Guerra Fria, cosmonautas soviéticos sofrem um estranho incidente em órbita, para um deles retornar carregando em seu corpo um parasita. Que se alimenta do medo (mais especificamente, o cortisol, hormônio produzido pelo cérebro), a matéria-prima de toda propaganda política, principalmente no regime totalitário soviético. Num planeta onde historicamente o medo sempre foi a principal emoção no qual se fundamenta a submissão política, a criatura extraterrestre encontrará uma alimentação farta... Filme sugerido pelo nosso leitor Alexandre Von Keuken.

quinta-feira, julho 16, 2020

Os porões e sótãos do inconsciente nos vigiam em "I See You"



Desde o lançamento, o filme "I See You" (2019) é considerado um filme praticamente impossível de ser vendido: como falar dele sem incorrer em spoilers que estragarão totalmente a experiência? Passou a ser promovido como um filme de terror... mas não é! O filme brinca com a percepção do espectador explorando todos os clichês do subgênero “casa invadida”: a típica família de um subúrbio de classe média lutando contra uma força maligna invasora - uma mãe em um relacionamento familiar fraturado. Ela teve um caso, há uma criança desaparecida, coisas estranhas começam a acontecer na sua casa. Mas nada é o que parece. Há um inconsciente social e familiar pulsando no sótão e porão daquela afluente casa de subúrbio.

domingo, julho 12, 2020

Don't F**k With Cats: mais do que a morte, tememos a solidão


O serial killer vitoriano Jack, O Estripador jamais procurou a notoriedade: vivia no anonimato o seu inferno pessoal de violência e culpa e jamais foi descoberto. Muito diferente da sociedade midiática em que vivemos, onde assassinos seriais querem dar visibilidade aos seus atos para virarem celebridades - numa cultura em que a popularidade midiática é sinônimo de amor. A minissérie documental da Netflix “Don’t F**k With Cats: Uma Caçada Online” (2019) mostra como um exército de detetives on-line tentaram rastrear um assassino de gatos em aterradores vídeos postados na Internet. E ingenuamente retroalimentaram com a visibilidade até o assassino partir para humanos. Um documentário que ajuda a refletir como os psicóticos caçadores da fama não são apenas “lobos solitários” que a qualquer preço tentam fugir da própria infelicidade. Mas também são produtos de um sistema de entretenimento. Principalmente no contexto digital das redes sociais no qual os cliques e os likes passam a ser os novos vetores da fama e sinônimos de amor ou amizade. Confirmando o insight freudiano: mais do que a morte, o que homem mais teme é a solidão.

quarta-feira, junho 10, 2020

Curta da Semana: "Wannabe" - a três segundos da celebridade



Com tanta gente produzindo conteúdo, fala-se que um vídeo na Internet deve conquistar a atenção do público nos primeiros três segundos. Segundos que podem ser a fronteira que separa o anonimato da fama: um influenciador digital com milhões de seguidores. O desejo pela celebridade não é um fenômeno novo na sociedade, mas na era digital assume características distintas. É o que mostra o curta-metragem alemão “Wannabe” (2017), de Jannis Lenz – um projeto transmídia conectanto o curta com vídeos on line de Coco, uma adolescente aspirante ao estrelato. Para ela, a fama e o sucesso não são consequências naturais do talento. São fins em si mesmos. É a forma dela fugir da sua vida e até de si mesma. Um drama pós-moderno: de tanto criar simulacros de si mesma naqueles três segundos decisivos, esqueceu de quem ela é. 

terça-feira, maio 12, 2020

Curta da Semana: "Quarantine Dog Good Boy" - no confinamento os pets são nossos espelhos


Um curta produzido na quarentena e vencedor do festival on line nos EUA chamado “Filmes Sem Precedentes”. “Quarantine Dog Good Boy” é um curta estranho, bizarro e irônico – a relação com os pets nesse momento de confinamento e isolamento social: para muitos, eles se tornam a companhia constante que compensa a solidão. Mas, como será o ponto de vista do cão ao ver a rotina do entorno mudar e sentir o medo e ansiedade em seus donos? Um curta irônico, porque mergulha na psicologia humana do relacionamento com nossos animais de estimação: como são humanizados como fossem espelhos das mazelas humanas. Porém, eles podem perigosamente refletir de volta o demasiado humano.

sábado, maio 02, 2020

Cinegnose faz um pequeno inventário da recorrência de sonhos na quarentena COVID-19


Não é apenas a nossa consciência que desperta para o atual momento da pandemia global. Também os nossos sonhos estão traduzindo o momento difícil pelo qual passamos. Nesse momento, psicólogos, historiadores, artistas e estudiosos de diversas áreas estão percebendo a recorrência de símbolos nos sonhos que se assemelham historicamente aos períodos de guerra ou totalitarismo político. Começam a surgir esforços para a criação de banco de dados em todo o mundo, com relatos de sonhos da COVID-19. Por exemplo, pesquisadores da USP criaram o “Inventário dos Sonhos”, enquanto na Universidade de Harvard temos o projeto “Pandemic Dreams” com relatos de sonhos de todo o mundo. “Os sonhos são o sismógrafo do presente”, como afirmava a berlinense Charlotte Beradt em seu livro “Os Sonhos do Terceiro Reich”. Assim como o psicanalista Carl Jung nas análises dos sonhos de seus pacientes, ambos anteviram a ascensão do nazismo. Por isso, também esse Cinegnose iniciou um pequeno inventário de relatos oníricos da quarentena. Nessa postagem, uma análise das primeiras recorrências simbólicas do nosso material pesquisado. Estaríamos diante de um sonho/pesadelo coletivo?

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