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quinta-feira, fevereiro 08, 2018

Curtas da Semana: " Restart" e "Einstein-Rosen" - uma sensibilidade gnóstica do Tempo-Espaço


Uma jovem é sequestrada e levada para um bunker subterrâneo para ser uma cobaia humana em experiência de loop temporal pelo obscuros interesses corporativos de uma empresa. E em 1982, junto com seu irmão, um menino procura um " buraco de minhoca" no tempo-espaço de uma área do prédio em que mora. Para jogar através da passagem a bola que recuperará 35 anos depois no mesmo local. Esses são os curtas espanhóis "Restart" e " Einstein-Rosen" de Olga Osorio. Duas produções que mostram como a mitologia gnóstica hoje tornou-se o "espírito do tempo": uma nova sensibilidade ou olhar para a realidade tanto política quanto existencial.

domingo, janeiro 14, 2018

Após 200 anos, "Frankenstein" continua o Prometeu acorrentado


Nesse mês comemoram-se os 200 anos da primeira edição impressa em janeiro de 1818 do romance de Mary Shelley “Frankenstein ou o Prometeu Moderno”, cujo impacto na cultura moderna começou com as primeiras adaptações ao teatro. Mas o filme “Frankenstein” de 1931, com as correntes galvânicas, trovões, um cientista louco gritando “Está vivo!” e a icônica maquiagem de Boris Karloff, definitivamente consolidaram o personagem e suas variações (zumbis, autômatos, replicantes etc.) na cultura popular.  Porém, nesses dois séculos as adaptações do livro clássico invariavelmente giraram em torno da crítica à arrogância humana e científica do homem querer se equiparar a Deus. E a punição e sofrimento, assim como no mito de Prometeu acorrentado e punido pelos deuses. Por isso, ainda o cinema deve uma adaptação fiel ao imaginário romântico de “Frankenstein”: a criatura como um Prometeu desacorrentado que sintetizou o espírito revolucionário do Romantismo: a rejeição tanto do cristianismo quanto do materialismo iluminista através do sincretismo da ciência com o terreno espiritual - Alquimia, Cabala e Gnosticismo. Pauta sugerida pelo nosso leitor Eduardo G.

terça-feira, dezembro 19, 2017

Bebês, repolhos e Papai Noel no cruel mundo adulto de "Patch Town"



Bebês, pés de repolhos e Papai Noel numa fábula sobre um mundo adulto que prepara crianças para o futuro cruel que as espera – a exploração física e psíquica pelo trabalho e sociedade de consumo. Um filme que combina a iconografia da era soviética, folclore europeu oriental, a mitologia gnóstica do demiurgo, Papai Noel e elfos. Um mundo no qual bebês são recolhidos em campos de repolhos para serem vendidos como bonecas para crianças de todo o mundo. Para depois serem recolhidas pelo “Coletor de Crianças”, a memória delas apagada e em seguida exploradas em uma fábrica que produzirá mais bonecas com bebês presos em seu interior. Tudo com pitadas de cenas musicais e dança. Este é o estranho filme canadense “Patch Town” (2014): um cruzamento da estética “dark” de Tim Burton com as atmosferas opressivas de Terry Gilliam. 

quinta-feira, novembro 09, 2017

A vida entre o milagre e o caos em "The Frame"



Cada vez mais filósofos, físicos e matemáticos suspeitam que o Universo seria um gigantesco game de computador ou algum tipo de simulação tecnológica. Qual a principal evidência? A capacidade humana de também criar simulações e ilusões narrativas como o Cinema, TV e games de computador. Em “The Frame” (2014), Jamin Winans (“Ink”) propõe uma espécie de quebra-cabeças metafísico inspirado no célebre “Princípio da Correspondência” do Hermetismo: assim como roteiristas escrevem narrativas e dramas de protagonistas enquadrados pelos planos de câmera vistos pelos espectadores no cinema e na TV, será que da mesma forma nossas vidas seriam, nesse momento, roteirizadas e editadas como algum tipo de série assistida por alguma divindade malévola no além? Os produtos audiovisuais funcionariam como pequenos fractais – tal como o fracta na geometria, um fragmento que reproduz dentro de si, infinitamente, o padrão do todo. Esta é a curiosa “narrativa em abismo” gnóstica proposta por Jamin Winans em “The Frame”.

sábado, novembro 04, 2017

Fantasma do Gnosticismo ronda CERN: para pesquisadores Universo não deveria existir!


Quanto mais a Ciência se distancia do antigo modelo mecanicista de Universo, curiosamente mais se aproxima da antiga Cosmogênese do Gnosticismo e da mitologia grega na qual mesmo o poderoso Zeus estava submetido às leis do Senhor do Tempo – Cronos. Pesquisadores do CERN perplexos afirmam: o Universo não deveria existir! Sem conseguirem encontrar assimetria entre matéria e anti-matéria, os pesquisadores atestam que o Universo deveria ter se auto-aniquilado no segundo seguinte à Criação após o Big Bang. Ao mesmo tempo, cientistas do Instituto Max Planck na Alemanha chagaram a dados relativos à energia interna de um buraco negro que inesperadamente confirmam a hipótese do Universo Holográfico – em algum lugar nos limites do Universo existiu uma superfície 2D que “codificou” toda a informação que descreve a nossa realidade 3D + Tempo. A improbabilidade do Universo seria mais uma evidência do cosmos ser uma simulação finita? 

quarta-feira, novembro 01, 2017

As 10 revelações gnósticas na série "Philip K. Dick's Electric Dreams"


Philip K. Dick escreveu seus contos sob a sombra do macarthismo da Guerra Fria onde a lealdade e confiança eram as principais armas contra a traição e delação de um sistema totalitário. Mas para ele, esse sistema não era apenas político, mas cósmico – obra de um Deus demente, um Demiurgo Criador que nos aprisiona por meio da ilusão moral (culpa) e ontológica (o princípio de realidade). A nova série da rede britânica Channel 4 “Philip K. Dick’s Electric Dreams” (2017-) adapta esses contos de ficção científica que conduziram o escritor até a violenta epifania mística em 1974, na qual teve visões, sonhos e revelações místico-religiosas que o levaram ao gnosticismo cristão. Os 10 contos que compõem a primeira temporada da série apresentam não só a atmosfera do anticomunismo da Guerra Fria do momento em que foram escritos. Mas didaticamente nos mostra os 10 grandes princípios da Revelação Gnóstica que orientaram toda a obra do escritor. Por isso Philip K. Dick tornou-se visionário: cada vez mais a realidade atual se assemelha a um conto dele.

sábado, outubro 21, 2017

Replicantes, mulheres empoderadas e o Feminino Divino em "Blade Runner 2049"


Por que as mulheres são as personagens principais de “Blade Runner 2049”? Depois de os replicantes amarem a própria vida mais do que os humanos a si mesmos, descobrem que ser inteligentes, fortes e resistentes só os tornam ainda mais escravos dos humanos. Os replicantes Nexus 8 vão ao encontro daquilo que é essencialmente humano, embora esquecido por todos nós: amor, nascimento e alma. Fiel ao Gnosticismo de Philip K. Dick no livro que inspirou a saga “Blade Runner”, Denis Villeneuve e o roteirista Hampton Fancher constroem uma narrativa baseada na oposição central da Cosmologia Gnóstica: a diferença entre “Criar” e “Emanar”: a Wallace Corporation cria ou fabrica replicantes, enquanto os replicantes descobrem tudo aquilo que pode ser “emanado” – aquilo que não se cria, mas nasce: amor e alma. Esse é o centro do conflito de “Blade Runner 2049”, no qual o mito gnóstico do Feminino Divino (assim como em “Mother!” de Aronofsky) é fundamental. Mulheres empoderadas, tanto para o bem quanto para o mal. 

domingo, outubro 08, 2017

Em "Mãe!" o conflito cósmico no psiquismo de cada um de nós


Com “Mãe!” (Mother!, 2017), o diretor Darren Aronofsky (“Pi”, “Fonte da Vida” e “Noé”) confundiu crítica e público: enquanto os distribuidores classificavam o filme como “terror” ou “mistério” para o público, os críticos tentam entendê-lo como alguma coisa entre Polanski e De Palma. Mais uma vez, o diretor desafia a todos com sua hermética simbologia herética e gnóstica com incursões pela mitologia judaica, cabalística e cristã. A novidade é que “Mãe!” alcança o nível mais alto de abstração da carreira cinematográfica de Aronofsky ao transformar um casarão em metáfora do centro do conflito da Cosmologia gnóstica: a tensão entre Sophia (o Feminino Divino) e o Demiurgo (a divindade inferior com os seus agentes, os Arcontes). Conflito que acompanha o mundo desde a sua Queda, Criação, Destruição e Recomeço. E o mistério que envolve os moradores daquele casarão (um poeta e sua esposa) como a parábola de como essa tensão cósmica se reflete no psiquismo de cada um de nós.

domingo, agosto 27, 2017

Na web série "The Vault" reality show é o rito de passagem pós-moderno


O tema reality show já foi virado pelo avesso em filmes e séries, quase se transformando num sub-gênero. Quando pensávamos que o tema já estava esgotado, eis que surgiu a web série “The Vault” (2011-2014) demonstrando que o tema ainda tem múltiplas facetas para serem abordadas. No início “The Vault” parece uma espécie de "spin off" do clássico “The Cube” (1997): jovens universitários estão na segunda fase de um inédito reality show na qual cada participante está preso em uma sala totalmente branca com objetos aparentemente arbitrários (relógios, bicicletas ergométricas, aquários de peixes etc.). Todas as salas estão no interior de um imenso cofre, totalmente isolado do mundo exterior. Os participantes devem resolver juntos o enigma em torno do propósito de todos aqueles objetos. “The Vault” suscita uma reflexão sobre a função social dos atuais reality shows, híbridos de processos seletivos corporativos: um mix de rito de passagem e circo romano pós-moderno no qual cristãos agora são jogados contra leões do próprio psiquismo humano. Série mais uma vez sugerida pelo nosso incansável leitor Felipe Resende.

terça-feira, agosto 08, 2017

Como escapar da Matrix: 10 definições de "gnose" através do cinema


Desde os clássicos filmes gnósticos “Show de Truman” e “Matrix” a espécie humana é representada como prisioneira em uma gigantesca ilusão cósmica – tecnológica, psíquica ou midiática. Como escapar dela? Para o Gnosticismo, através da “gnosis” (“conhecimento”). Mas que tipo de conhecimento é esse? Uma epifania místico-religiosa? Algum tipo de comunhão secreta com o Divino? Iluminação espiritual? O Cinegnose reuniu dez definições de estudiosos sobre o conceito de “gnose” e como os filmes gnósticos figuram essa espécie de rota espiritual de fuga: quem éramos, o que nos tornamos, onde estávamos, para onde fomos lançados, para onde estamos indo, do que estamos libertos, o que é o nascimento e o que é renascimento.

terça-feira, agosto 01, 2017

Fascismo, sexo e poder em "Tras El Cristal"


Um filme com aura maldita e perversa. Quando exibido no Festival de Berlim, o seu diretor, o espanhol Agustí Villaronga, foi insultado e quase agredido por espectadores. “Tras El Cristal” (1986) acompanha um médico pedófilo nazista que, sentindo-se culpado pelas atrocidades cometidas nas experiências com crianças em campos de concentração, tenta um suicídio mal sucedido. Tetraplégico, junto com sua esposa e filha, foge para um casarão no interior da Espanha, preso a um bizarro pulmão de ferro que o mantém vivo. Até que aparece um rapaz soturno que se oferece como enfermeiro. Uma antiga vítima do carrasco procurando vingança? Seria um clichê hollywoodiano muito tranquilizador. Villaronga opta por caminhos bem incômodos – a perversa conexão psíquica entre sexo e o fascínio pelo poder, a violência irracional que esconde sempre um desejo alienado e a metáfora de como a sociedade pode ser lentamente seduzida pelo ardil do fascismo.

"O sexo liga as pessoas nos primeiros tempos, mas o que mantém o interesse, a longo prazo, entre elas, é o poder" (Chiang Ching)

sábado, junho 17, 2017

"Einstein's God Model": Relatividade Quântica contra Deus e a morte


Imagine um thriller tecnocientífico que contasse com a consultoria de cientistas como Einstein, Thomas Edison, Niels Bohr e Nikola Tesla. Mas não há colisores de partículas ou fórmulas matemáticas. Há avançados experimentos na busca pela vida pós-morte. Esse é o curioso filme indie “Einstein’s God Model” (2016) do diretor Philip Johnson: como a busca de existências após a morte por meio de um Spectrographic EMF Receiver construído por Edison nos anos 1920 revive o velho conflito entre o modelo divino de Einstein contra o modelo ateu quântico de Bohr. Um grupo bizarro de “cientistas” (um físico renegado, um anestesista e um médium cego) irá confrontar Relatividade, Mecânica Quântica e Teoria das Cordas para buscar o mito da “segunda chance” (corrigir em mundos paralelos erros cometidos nesse mundo) e  uma interpretação gnóstica da Física que empurra os modelos teóricos para além da maior falha da Criação: a seta do Tempo. Filme sugerido pelo nosso leitor Felipe Resende.

quinta-feira, fevereiro 02, 2017

Realidade é esquecimento consensual no filme "Os Esquecidos"


Desculpe, caro leitor, o trocadilho involuntário mas o filme “Os Esquecidos” (The Forgotten, 2004) acabou sendo esquecido pela crítica e público. E com razão! Foi um filme que explorou elementos clássicos do gnosticismo pop hollywoodiano. Mas naquele momento, a safra de filmes gnósticos revelava filmes muito mais memoráveis como as sequências de “Matrix”, “A Passagem”, “Vanilla Sky” ou “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”. O filme conta com um argumento poderoso (a mãe que lembra do filho morto em um acidente, mas todos ao redor insistem em dizer que a criança jamais existiu), mas o roteiro é inverossímil sem conseguir definir o tom narrativo – alguma coisa entre sci fi, mistério e thriller policial. Apesar disso, “Os Esquecidos” é uma filme didático: mostra como os temas do esquecimento, paranoia e conspirações são articulados dentro de uma narrativa gnóstica. Ecoando filmes clássicos como “Dark City” e “Amnésia” de Christopher Nolan, mostra que a chamada “realidade” pode ser o produto de um esquecimento consensual.

terça-feira, janeiro 03, 2017

O Gnosticismo politicamente incorreto em "Festa da Salsicha"


Uma das teses do Cinegnose é que as animações atuais cada vez mais exploram temas gnósticos de desconstrução da realidade. Afinal, em relação aos filmes live action, as animações são meta-ilusões dos movimentos reais criadas pela ilusão do desenho e computação gráfica. “Festa da Salsicha” (“Sausage Party”, 2016) leva essa tendência às últimas consequências. Alimentos antropomorfizados em gôndolas de um supermercado estão imersos em uma religião na qual acreditam que serão escolhidos por “deuses” (os clientes do supermercado) e levados para o “Grande Além”. Lá viverão na paz e amor, em comunhão com os “deuses”. Mas a religião esconde um destino cruel: os deuses são monstros insaciáveis que comem alimentos para ficarem fortes. Uma comédia politicamente incorreta e desbocada na qual o espectador cria forte empatia com o drama das salsichas – será que vivemos também em um gigantesco supermercado? Como elas, também partilhamos de ilusões religiosas apenas porque nos tornam felizes e otimistas?

terça-feira, dezembro 27, 2016

Na série "The OA" a obsessão científica pelas experiências de quase morte


Desde “ET” e “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” Spielberg transformou os subúrbios de classe média dos EUA, com suas bikes BMX e jovens aventureiros, em ícones da cultura pop, revividos de forma retro em séries atuais como “Strange Things”. Na série Netflix “The OA” (2016) esses ícones são retomados, porém de forma sombria: casas com famílias cada vez mais vazias que tentam manter à força a coesão. Até surgir uma jovem que ficou desaparecida por sete anos e mudar a vida de um grupo de inadaptados àquela comunidade suburbana. Uma protagonista que sobreviveu a sucessivas Experiências de Quase Morte (EQM) feitas por um cientista obcecado em provar cientificamente a existência pós-morte. Mas por algum motivo ela pretende retornar àquele pesadelo científico para recuperar alguma coisa de natureza espiritual que lhe foi roubada. A série “The OA” é mais um exemplo de como o Netflix vem arriscando em temáticas estranhas e gnósticas narradas em linguagens pouco convencionais.

sábado, dezembro 17, 2016

Na série "Westworld" o labirinto da mente bicameral das máquinas e humanos


Um dos raros exemplos em que a refilmagem supera o original – o filme de 1973 “Westworld – Onde Todos Não Têm Alma” baseado no livro de Michel Crichton, criador do subgênero tecno-thriller depois de se inspirar em uma visita que fez à NASA e Disneylândia em 1970. Mas a série HBO “Westworld” (2016) foi além do filme clássico, ao associar o drama dos “hospedes” humanos e “anfitriões” androides em um parque temático “high tech” com a mitologia gnóstica, cientificamente baseada na arqueologia da consciência do filósofo Julian Jaynes – a Teoria da Mente Bicameral. Diferente de 1973, a série concentra-se na jornada espiritual interior dos androides, na busca da consciência através de simbolismos xamânicos como o labirinto, a espiral e a serpente: romper com a narrativa das linhas algorítmicas de programação como uma voz externa divina e descobrir a narrativa interior em cada um de nós, androides e humanos.

sexta-feira, novembro 18, 2016

Em "Sid & Nancy" lixo e fúria no drama gnóstico do Punk Rock


Poucos meses depois da suspeita de ter matado a própria namorada, Nancy Spungen, o baixista da banda punk Sex Pistols, Sid Vicious, morreu numa overdose de heroína aos 21 anos. O que lhe valeu um lugar no panteão dos ícones trágicos, ao lado de James Dean, Marilyn Monroe e Elvis Presley. Nele, lixo e fúria se encontraram em um drama muito maior do que a história de um menino que não estava preparado para a fama. “Sid & Nancy – O Amor Mata” (1986), de Alex Cox, mais do que um Romeu e Julieta entre cuspes e palavrões, expõe um drama arquetípico para todas as sociedades: o drama gnóstico do último grito de revolta do jovem antes de ser sacrificado nos rituais de passagem para a vida adulta sem esperança. E como a Luz espiritual do jovem (alegria, confiança, boa fé, fúria e revolta) é roubada como combustível que dá vida a uma indústria de entretenimento vazia, assim como mostrado em filmes gnósticos como “Show de Truman” e “Matrix” – protagonistas prisioneiros para servirem de estoque de energia para manter funcionando seja um reality show ou um mundo virtual.

sábado, novembro 05, 2016

Neon e maquiagem mascaram a morte em "Demônio de Neon"


O mundo da Moda como máquina que tritura a inocência e juventude de modelos é um tema nada novo no cinema. Mas ao contar a história de uma modelo iniciante que entra no universo de estilistas e fotógrafos de Los Angeles que mais parece um clube soturno relacionado com o ocultismo de Aleister Crowley ou o satanismo de Charles Manson, o filme “Demônio de Neon” (2016) aproxima-se da mitologia gnóstica – rostos robóticos e sorrisos frios de um mundo sem vida que necessita sugar vitalidade e inocência dos mais jovens. Um mundo que necessita do neon e maquiagem para criar a aparência de glamour e brilho, para atrair a juventude que ponha em funcionamento um mundo que aprisiona a todos. Filme sugerido pelo nosso leitor Felipe Resende

domingo, outubro 30, 2016

Curta da Semana: "How to Make A Nightmare" - De onde vêm os pesadelos?


O Halloween está chegando, uma data festiva criada midiaticamente a partir da matéria-prima dos nossos pesadelos. E de onde eles vêm? Do inconsciente? Ou... alguém ou alguma coisa os produz para ao mesmo tempo se alimentar do nosso medo e nos manter “na linha” nesse mundo? O curta “How To Make A Nightmare” (2014) pretende abordar essa questão. O curta é mais uma evidência de como a sensibilidade gnóstica vem transformando gêneros como o terror e ficção-científica – se esses gêneros foram tributários do viés da psicanálise freudiana, nos últimos tempos tudo está mudando: sonhos e pesadelos não são mais produtos do inconsciente mas agora construções elaboradas por alguém que não nos ama.

segunda-feira, outubro 24, 2016

Uma viagem no tempo quântica e noir em "Synchronicity"


Nos últimos anos, os filmes sci-fi de baixo orçamento estão apresentando uma verdadeira revolução na abordagem do tema viagem no tempo: caros efeitos especiais digitais são substituídos por roteiros desafiadores e inteligentes; e a abordagem relativística (Einstein) do tempo é trocada pelos desafios e paradoxos do tempo quântico: dimensões paralelas com um número infinito de possibilidades coincidindo simultaneamente. O filme “Synchronicity” (2015) é mais um exemplo dessa tendência no gênero. O tema da viagem no tempo com referencias ao “sci-fi noir” do clássico “Blade Runner”, de Ridley Scott. Como nos filmes “noir” clássico, “Synchronicity” faz a narrativa girar em torno da mulher fatal, que é a encarnação cinematográfica do mito gnóstico de Sophia – uma mulher que serve de ponte para o protagonista atravessar os diversos mundos dimensionais em busca de si mesmo, enfrentando seus diversos “duplos”.

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